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Da medicina não hospitalar ao hospital médico: uma leitura das análises de Michel Foucault sobre a história da medicina

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Previous issue date: 2008-04-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study aims to present, having Michael Foucault s work as basis, to
present the transition from classic medicine (centuries XVII and XVIII) to modern
medicine (centuries XIX and XX), as a turning point, opposed to the teleologic
evolution thesis proposed by the traditional medical historiography. On institutional
basis, we will approach the dichotomy between medical practices and the classic
hospital institutions, placing the creation of therapeutic hospital as a fact of modern
age.
This dissertation tries to show that classic medicine which classifies
pathological species was a knowledge based in natural history and reached its top at
the end of Classic Age, when the knowledge from biology, such as anatomy and
physiology, were applied to the study of pathologies creating the modern empirical
medicine. Modern medicine was constituted as a different knowledge with subject,
object, concepts and methods completely distinct. However this change hasn´t
happened due to the improvement of knowledge and practice, but because of studies
that were developed outside the medical field, apart from the medical reason.
Therefore it is not justificable to think about the history of medicine in terms of
evolutionary continuity, being best described, on the contrary, as a discontinuous and
not progressive history / Este estudo tem por objetivo, a partir da leitura da obra de Michel Foucault,
apresentar a transição da medicina clássica (séculos XVII e XVIII) à medicina
moderna (séculos XIX e XX), como momento de ruptura, em oposição à tese da
evolução teleológica proposta pela historiografia médica tradicional. No plano
institucional, serão abordadas as dicotomias entre as práticas médicas e as
instituições hospitalares clássicas, situando o nascimento do hospital médico
terapêutico como um fato próprio da modernidade.
Esta dissertação procura explicitar que a medicina clássica classificatória das
espécies patológicas, era um saber fundamentado na história natural e chegou ao
seu limite no final da Idade Clássica, quando saberes originários da biologia, a
exemplo da anatomia e da fisiologia, foram aplicados ao estudo das patologias
criando a medicina empírica moderna. A medicina moderna se constituiu como um
saber de outra ordem, com sujeito, objeto, conceitos e métodos absolutamente
distintos. Contudo, essa mutação não se deu em virtude do aperfeiçoamento dos
conhecimentos e das práticas, mas por meio de estudos desenvolvidos fora do
campo médico, alheios à intencionalidade da razão médica. Não se justificaria,
portanto, pensar a história da medicina em termos de continuidade evolutiva,
cabendo descrevê-la, ao contrário, como uma história descontínua e não
progressiva

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/11769
Date07 April 2008
CreatorsSouza, Washington Luis
ContributorsMuchail, Salma Tannus
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia, PUC-SP, BR, Filosofia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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