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A vida, o corpo e a morte como objetos de apropriação da medicinaCamargo, Maria Cristina von Zuben de Arruda, 1949- 01 July 1998 (has links)
Orientador: Newton Aquiles Von Zuben / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-24T09:15:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: O homem da Medicina, seja o médico, o estudante ou o doente, é apenas um corpo biológico, um organismo vivo, determinado e sujeito às leis da física, da química, do ambiente físico em que vive. Respira, se alimenta, se reproduz, recebe e transmite uma herança genética. Esse corpo-máquina, no caso do médico, é sujeito aos sistemas de saúde presentes na maioria dos países, elaborados freqüentemente por tecnocratas, sem qualquer participação do médico, cabendo a ele apenas o trabalho especializado mecânico e repetitivo. Quando se trata do enfermo, é submetido a medidas intervencionistas, muitas vezes dolorosas, sem ser consultado. A ambos é negada a oportunidade de escolher livremente seu caminho. São apenas corpos anatômicos. Não são pessoas. Os grandes pesquisadores do final deste século não temem infundadamente sobre o futuro moral da ciência e, essa situação de "risco" é agravada quando se trata da existência humana em uma região geográfica de extrema pobreza. Transcender esta realidade é tarefa árdua, porém viável; trata-se de exercitar o movimento de libertar-se. A liberdade é ponto de partida e de chegada, onde se alicerçam as relações entre as pessoas. Ela só é possível baseada na reciprocidade, na responsabilidade, no compromisso, ou seja, no outro. A pessoa só é liberta no coletivo onde o outro não é o limite, mas é condição de liberdade. A vida humana é composta de uma dimensão biológica que interage com outras dimensões, trazendo-lhe a característica única de se expandir em múltiplas expressões e possuir horizontes ilimitados de possibilidades. Mas, acima de tudo, trata-se da vida de um ser pessoal. Através do homem como pessoa, é que se compreende o valor e o significado de sua vida. Esse é um modo singular e irrepetível de vida (ainda que biológica), o que faz com que nenhum ser humano possa estar submetido ou em função de outros. Cada pessoa é dona de sua própria vida, incluindo, evidentemente, a vida biológica, e é chamada a administrá-la com liberdade. A coletividade, enquanto tal tem a função de assegurar a cada pessoa os bens necessários para desenvolver todas as suas potencialidades. A justificativa do valor ético da vida humana é de signo apriorístico. A dimensão ética do viver surge mediante o reconhecimento respeitoso do que existe. O reconhecimento do outro e o reconhecimento de si mesmo fazem passar a vida humana do valor pré-moral para o valor ético. O fato de que o viver humano não resulta indiferente, introduz a vida humana, no sistema de preferências básicas que configuram o universo da ética. A Medicina, às vésperas do terceiro milênio, começa a se dar conta da importância da qualidade da vida, questionando sua sacralidade, dimensão divina e apropriação social. Um caráter peculiar à condição humana é a corporalidade que abrange a totalidade do homem, tanto na relação consigo mesmo quanto no seu relacionamento com os outros. Ela coloca-se basicamente porque o homem não pode pensar sem ser, nem ser sem seu corpo, através do qual ele se expõe a si próprio e ao mundo. As concepções da sociedade a respeito da vida e, conseqüentemente, do corpo, mantêm estreita relação com a visão de morte, exercendo papel determinante na aceitação pelo indivíduo da sua própria morte e dos seus entes queridos. Aqueles que a avistam como possibilidade existencial, não acham que ela seja um acontecimento particular, situável no início ou no término de um ciclo próprio dos seres vivos. Mas, presente na vida humana de modo a dotá-la de características fundamentais. As conseqüências da concepção mecanicista do homem e tecnicista da Medicina atingiram indistintamente os alunos das escolas médicas, os médicos e os enfermos por eles atendidos, tornando a todos, vítimas do modelo mecanicista de saúde. Os problemas morais da biomedicina vêm sendo orientados, desde a muito tempo, pela moral religiosa e códigos deontológicos. Apesar dos aspectos positivos que estas abordagens possam, eventualmente, ter oferecido, a Bioética se configura pela desconfessionalização da ética, ao mesmo tempo em que a liberta dos grilhões dos códigos deontológicos. A escola médica, que trabalha diretamente a questão da vida, do corpo, da morte, da dor e sofrimento humanos deveria manter, com a estrutura social, uma relação crítica, histórica e política, como o faz o próprio homem. A tentativa de divorciar a saúde e a doença da realidade social é a negação de que o ato médico possa se converter em uma ação educativa, do qual o doente
sairá fortalecido não apenas do ponto de vista biológico, mas preparado para o exercício do cuidado consigo e com os outros e para a livre disposição de seu corpo. Será inexequível um projeto de atenção médica que desconsidere o ser humano enquanto pessoa e, se o aluno do curso médico não for tratado como pessoa. O conteúdo programático de um curso de Bioética deverá fundar-se num novo paradigma biomédico: centrar-se no bem-estar, na saúde e no uso criterioso de tecnologias, abandonando o modelo ilusório, quixotesco, da "cura sempre e a qualquer preço, ainda que a revelia do doente". Preferencialmente será compacto e contemplará tópicos essenciais que componham a base do conhecimento de Bioética e temas de interesse profissional específico. O docente de Bioética, além de transmitir conhecimentos de Bioética de forma sistematizada, esclarecerá médicos e estudantes de Medicina sobre: a abrangência da questão da ética da vida; os direitos e deveres decorrentes da cidadania que iguala médicos e doentes; o enriquecimento do viver humano a partir da pluriversalidade; a ideologia presente nas posturas deontológicas maniqueístas; a característica de pluralidade do ser humano e, conseqüentemente, da moral por ele gerada. O docente de Bioética, debaterá com alunos e profissionais situações próprias do existir humano e para as quais o homem não quer e não pode ter soluções unânimes, levando o aluno à aquisição e introjeção de conceitos morais, secularizados e pluriversalizados sobre a vida humana e, conseqüentemente sobre a morte, além de vivenciar com os alunos um relacionamento hominizado cuja experiência deverá ser transferida para seu relacionamento com o outro, especialmente com os doentes. / Abstract: Not informed. / Doutorado / Filosofia e História da Educação / Doutor em Educação
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Medicina : da mistica sacral a mistica cientifico-tecnologicoArizono, Adriana Davoli 17 February 1997 (has links)
Orientador: João Francisco Regis de Morais / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-22T06:04:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Esta dissertação se constitui numa aproximação analítica à medicina alopática contemporânea, tendo em vista sua identificação epistemológica com a racional idade científico-tecnológica moderna.
A recuperação de aspectos históricos que definiram a medicina visa contribuir para o entendimento dos aspectos ideológicos que a mantém, no imaginário sócio-cultural, como conhecimento e prática aparentemente totalizadores, mas, na verdade, reducionistas em relação à saúde. Nas Idades Antiga e Média, consoante com a mentalidade hegemônica dessas épocas, a atuação médica se pautava pelo entendimento sacral da relação do homem com as enfermidades. Com a revolução científica a medicina se dessacralizou. Seus conhecimentos, sua atuação, seus objetivos e seus valores foram reordenados de acordo com a racional idade científica, implicando em uma mudança significativa de abordagem: da pessoa para a doença.
Os fatores que contribuíram para a mitificação da ciência e da tecnologia no imaginário sócio-cultural contemporâneo são analisados, tendo a medicina como seu reflexo. Assinala-se a problemática da medicina científico-tecnológica, enquanto prática reducionista, e a importância da retomada de uma visão de totalidade do homem, sugerindo um repensar da educação médica / Mestrado / Filosofia e História da Educação / Mestre em Educação
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Necessidades de saude e diagnosticos medicos : crianças em idade escolar, seus incomodos e o desejo de comunicação com a medicinaChacra, Fernando Cesar 31 May 1995 (has links)
Orientador: Maria Aparecida Affonso Moyses / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-20T11:40:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1995 / Resumo: Este trabalho parte de uma série de insatisfações com relação às práticas de saúde voltadas para a criança em idade escolar. De tais insatisfações surge o primeiro movimento do trabalho, o levantamento de 2867 diagnósticos atribuidos a 782 crianças da faixa etária de 4 a 14 anos. Pretendia-se com o estudo do perfil de morbidades revelar quais seriam as necessidades de saúde do grupo. Entretanto, chegou-se a conclusão de que não bastava levantar diagnósticos médicos para se compreender necessidades de saúde. Foi necessário transformar o objeto de estudo bem como a metodologia para abordá-lo, a partir dos sujeitos envolvidos. A criança em idade escolar precisou ser compreendida como sujeito. O objeto de estudo, suas necessidades de saúde, teve que ser conceituado a partir de diferentes ângulos de visão. Desta busca de referenciais surge o conceito de necessidade que irá fundamentar os movimentos seguintes do trabalho: a necessidade de serviços de saúde passa a ser compreendida como desejo de comunicação com uma medicina. O segundo movimento do trabalho parte deste objeto de estudo transformado, tentando compreender como tais necessidades de comunicação se constituem a partir de incômodos percebidos nos corpos até se apresentarem aos serviços. As necessidades de saúde uma vez constituidas, ao apresentarem-se aos serviços médicos, confrontam-se com a realidade dos mesmos. Este confronto constitui o terceiro movimento do trabalho: o processo diagnóstico. A racionalidade médica e as dificuldades afetivas da relação médico"paciente" completam a configuração de um dilema: podem as necessidades de saúde como desejo -de comunlcação serem compreendidas pelo arcabouço institucional e tecnológico da medicina atual? / Abstract: This work springs from a course of dissatisfactions with regard to the heaIth practices directed to the chiId in school age. From these dissatisfactions arises the first movement of the work, the survey of 2867 dignosis attributed to 782 chiIdren in the age group from 4 to 14 years old. It was intended with the study of the morbidities profile, to reveal which would be the health needs of the group. However, it was brought to a conclusion that surveying medical diagnosis was not enough to comprehend health needs. It was necessary to transform the study object as well as the methodology -to broach it, starting from the involved- subjects.The child in school age needed to be comprehended as subject. The study object, her health needs, had to be conceited from different points of view. From this search of references arises the concept of necessity that will found the next movements of the work. The necessity of health services has come to be comprehended as desire of communication with a medicine.The second movement of the work springs from this study object transformed, trying to comprehend how these communication needs are constituted from the discomforts noticed in the bodies up to when they are presented to the services.The health needs once constituted, when presented to the medical services, face the reality of these. This confrontation constitutes the third movement of the work: the dignosis processo The medical rationality and the affective difficulties of the relationship doctor-"patient" complete the configuration of a - diIemma: can the heal th needs as desire of communication be comprised by the techological and institutional framework of the current medicine? / Mestrado / Mestre em Medicina
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Corpos disponíveis : análise foucaultiana do discurso do sanitarismo, da genética e da eugenia / Rogério Pereira Xavier ; orientadora, Inês Lacerda AraújoXavier, Rogério Pereira January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2006 / Inclui bibliografia / A presente dissertação busca analisar o discurso biomédico, notadamente a genética e o sanitarismo, com base no pensamento do filósofo francês Michel Foucault e suas categorias analíticas de biopoder e de controle populacional. Abordar esses temas situand
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Michel Foucault e a medicina: sobre o nascimento da clínica moderna / Michel Foucault and medicine: on the birth of the modern clinicBranco, Rosele Maria 27 August 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-09-26T10:04:41Z
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Previous issue date: 2018-08-27 / This work starts from the death experiences and the encounter with Michel Foucault thoughts, to interrogate the medical discursive practices about the pretension of the construction of a totalizing and hegemonic knowledge about the individuals. This thesis followed two parallel projects: one seeking to understand the descriptions of the book Naissance de la Clinique about modern medicine, denominated by Foucault as clinical medicine; and the other, concerned to contribute with medical formation. It was decided to organize the work following Foucault demarcations about the medical knowledge that are, mainly, in the book L’archéologie du savoir, because they made sense to explain the generalized dispersion of the medical knowledge in our days. References to Foucault biopolitics studies were included, whereas this moment indicates another important theme from the reflection about medicine. It was concluded that the power of the medical knowledge is in the way that it perceives, penetrates and approaches the body, even though its truths might be partial and provisory. Two dialogue directions are proposed to a new medical art, more flexible, critical and fair: one in the discussion of the new layers that can be added to the medical knowledge, and another, in the analysis of the experiences of medical practices / Partiu-se das vivências da morte e do encontro com o pensamento de Michel Foucault, para interrogar as práticas discursivas médicas sobre a pretensão da construção de um saber totalizante e hegemônico sobre os indivíduos. A tese seguiu dois trajetos paralelos: um buscando compreender as descrições do livro Naissance de la clinique sobre a medicina moderna, denominada por Foucault de medicina clínica; e o outro, preocupado em contribuir com a formação dos médicos. Apostou- se em organizar o trabalho seguindo as demarcações de Foucault acerca do saber médico que constam, principalmente, no livro L’archéologie du savoir, porque faziam sentido para explicar a dispersão generalizada do saber médico na atualidade. Incluíram-se referências aos estudos biopolíticos de Foucault, visto que esse momento indica outro tema importante da reflexão acerca da medicina. Concluiu-se que a força do saber médico está na forma como ele percebe, penetra e apreende o corpo, a despeito de que suas verdades sejam parciais e provisórias. Propõem-se duas direções de diálogo para uma nova arte médica mais flexível, crítica e justa: uma na discussão de novas camadas que possam ser acrescentadas ao saber médico; outra, na análise das vivências da prática médica
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Da medicina não hospitalar ao hospital médico: uma leitura das análises de Michel Foucault sobre a história da medicinaSouza, Washington Luis 07 April 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-04-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study aims to present, having Michael Foucault s work as basis, to
present the transition from classic medicine (centuries XVII and XVIII) to modern
medicine (centuries XIX and XX), as a turning point, opposed to the teleologic
evolution thesis proposed by the traditional medical historiography. On institutional
basis, we will approach the dichotomy between medical practices and the classic
hospital institutions, placing the creation of therapeutic hospital as a fact of modern
age.
This dissertation tries to show that classic medicine which classifies
pathological species was a knowledge based in natural history and reached its top at
the end of Classic Age, when the knowledge from biology, such as anatomy and
physiology, were applied to the study of pathologies creating the modern empirical
medicine. Modern medicine was constituted as a different knowledge with subject,
object, concepts and methods completely distinct. However this change hasn´t
happened due to the improvement of knowledge and practice, but because of studies
that were developed outside the medical field, apart from the medical reason.
Therefore it is not justificable to think about the history of medicine in terms of
evolutionary continuity, being best described, on the contrary, as a discontinuous and
not progressive history / Este estudo tem por objetivo, a partir da leitura da obra de Michel Foucault,
apresentar a transição da medicina clássica (séculos XVII e XVIII) à medicina
moderna (séculos XIX e XX), como momento de ruptura, em oposição à tese da
evolução teleológica proposta pela historiografia médica tradicional. No plano
institucional, serão abordadas as dicotomias entre as práticas médicas e as
instituições hospitalares clássicas, situando o nascimento do hospital médico
terapêutico como um fato próprio da modernidade.
Esta dissertação procura explicitar que a medicina clássica classificatória das
espécies patológicas, era um saber fundamentado na história natural e chegou ao
seu limite no final da Idade Clássica, quando saberes originários da biologia, a
exemplo da anatomia e da fisiologia, foram aplicados ao estudo das patologias
criando a medicina empírica moderna. A medicina moderna se constituiu como um
saber de outra ordem, com sujeito, objeto, conceitos e métodos absolutamente
distintos. Contudo, essa mutação não se deu em virtude do aperfeiçoamento dos
conhecimentos e das práticas, mas por meio de estudos desenvolvidos fora do
campo médico, alheios à intencionalidade da razão médica. Não se justificaria,
portanto, pensar a história da medicina em termos de continuidade evolutiva,
cabendo descrevê-la, ao contrário, como uma história descontínua e não
progressiva
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Investigação epistemológica sobre as dualidades conceptuais normal/patológico e saúde/doença em Freud: uma perspectiva lewiniana / Epistemological research on the conceptual dualities normal/pathological and health/illness in Freud: a perspective lewinianAlbuquerque, Kelly Moreira de January 2012 (has links)
ALBUQUERQUE, Kelly Moreira de. Investigação epistemológica sobre as dualidades conceptuais normal/patológico e saúde/doença em Freud: uma perspectiva lewiniana. 2012. 122f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-25T13:13:52Z
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2012-DIS-KMALBUQUERQUE.pdf: 1155745 bytes, checksum: 8316916ef6742d4e73993b755c02eaea (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-25T13:50:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / We search here about two kinds of conceptual dualities in Freud: health/disease and normality/pathology. By means of Kurt Lewin’s epistemological perspective, we seek to know how these dualities could correspond to Galilean and Aristotelian ways of scientific thought. Having evidenced that Freud had shown an oscillation between the modes of scientific thought, we have sought, through Freud’s own works, some indication which would help as a supplementary Galilean reference. We considerate, then, that Freud’s view on plasticity and adhesiveness of libido present the idea of a continuum between the two phenomena. That is, instead of opposing them in the way of the Aristotelian dichotomies, Freud has dialectically connected them as dualities and series of phenomena which show internal and continuous variation among themselves. This testifies the existence of some phases of transition between normality and pathology and health and disease. Once Freud had only conceived but never formalized his idea in epistemological terms, we have tried to do this. By means of Canguilhem theory life normativity and the differences between normality and health as well as abnormality and pathology, we have found out that: (1) the above mentioned dualities correspond to the Galilean way of thought; this occurs mainly when Freud refers to neurosis; Freud conceived them as a series of phenomena that show internal and continued interconnection. (2) Despite the difference between their fields of reference, the logic found in Freud is somewhat comparable to what Canguilhem attributed to life normativity. / Trata-se de uma investigação sobre as dualidades conceptuais saúde/doença e normal/patológico em Freud. Mediante a perspectiva epistemológica de Kurt Lewin, buscamos saber o quanto estas dualidades expressariam o modo de pensamento galiléico e o que há do modo aristotélico. Ora, uma vez que Freud oscilou entre as duas formas de pensamento, procuramos, no seu próprio texto, algumas indicações que pudessem servir como referência galiléica suplementar. Consideramos que ao falar sobre plasticidade e adesividade libidinais, ele teria estabelecido um continuum entre estas categorias em relação: em vez de opô-las em dicotomias aristotélicas, ele as teria conectado dialeticamente como verdadeiras dualidades ou séries de fenômenos que compreenderiam uma variação contínua entre si. Tal justificaria o reconhecimento de que fases de transição estariam sempre presentes entre a normalidade e a patologia, e saúde e doença, respectivamente. Supondo que Freud tenha apenas raciocinado mediante tal lógica, não chegando a formalizá-la epistemologicamente, tentamos formalizá-la com a ajuda do que Canguilhem expôs sobre a normatividade de vida e as diferenças entre normalidade e saúde e, anormalidade e patologia. Verificamos que (1) as dualidades acima referidas expressam amplamente o modo de pensamento galiléico, mormente quanto às neuroses; ele as concebeu como séries de fenômenos que compreendem uma variação contínua entre si. (2) Apesar da distinção entre seus campos de referência, a lógica que descobrimos haver em Freud é algo comparável com o que Canguilhem atribuiu à normatividade vital.
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