Return to search

Osteoporose, quedas e fraturas em mulheres acima de 50 anos na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil = um estudo de base populacional = / Osteoporosis, falls and fractures in women over 50 years of age in the city of Campinas, São Paulo, Brazil : a population-based household survey

Orientador: Aarão Mendes Pinto Neto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-22T22:16:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Baccaro_LuizFranciscoCintra_D.pdf: 2072530 bytes, checksum: 31649568918c18e7bd2825dac90d7e60 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: Objetivos: Conhecer a prevalência e os fatores associados à ocorrência de osteoporose, quedas e fraturas por fragilidade óssea em mulheres brasileiras com 50 anos ou mais. Identificar os fatores associados ao desenvolvimento precoce de osteoporose. Método: inquérito populacional transversal que incluiu mulheres com 50 anos ou mais, conduzido na cidade de Campinas, São Paulo, Brasil de 10/05/2011 a 31/10/2011. As mulheres foram entrevistadas por assistentes de pesquisa treinadas, após o sorteio de 66 setores censitários do município. As mulheres que não responderam ao questionário por problemas pessoais e aquelas com incapacidade cognitiva ou demência foram excluídas do estudo. A variável dependente osteoporose foi classificada como osteoporose autorrelatada, independente da realização de exame de densitometria óssea, ou como osteoporose diagnosticada através de densitometria óssea. As demais variáveis dependentes foram ocorrências de quedas no último ano e de fraturas por fragilidade óssea após os 50 anos de idade. As variáveis independentes foram às características sociodemográficas, hábitos pessoais, problemas de sáude, autopercepção de saúde e avaliação da capacidade funcional. A análise estatística foi realizada através do teste qui-quadrado, regressão de Cox e regressão de Poisson com critério de seleção de variáveis backward. Resultados: Seiscentas e vinte e duas mulheres responderam ao questionário e constituíram a amostra final. A média etária das mulheres foi de 64,1 anos. A prevalência de osteoporose autorrelatada, independente da realização da densitometria óssea foi de 21,3%, e a prevalência de osteoporose diagnosticada através da densitometria óssea foi de 16,7%. A prevalência de quedas no último ano foi de 24,6% e a de fraturas por fragilidade óssea de 10,8%. No modelo estatístico final, os fatores associados à maior prevalência de osteoporose, independente da realização de densitometria óssea, foram ter maior tempo de menopausa (RP 1,04; 95% IC 1,03 - 1,05; p<0,001), autopercepção de saúde regular/ruim/péssima (RP 1,73; 95% IC 1,29 - 2,33; p<0,001), artrose (RP 1,83; 95% IC 1,30 - 2,59; p<0,002) e ter problemas para manter o equilíbrio quando toma banho ou desce escadas (RP 1,52; 95% IC 1,07 - 2,14; p=0,02). Os fatores associados com maior prevalência de osteoporose diagnosticada por densitometria óssea foram possuir maior tempo de menopausa (RP 1,04; 95% IC 1,03 - 1,05; p < 0,001), apresentar artrose (RP 1,80; 95% IC 1,20 - 2,68; p = 0,005), ter problemas para correr / levantar peso / fazer esportes / trabalho pesado (RP 1,82; 95% IC 1,14 - 2,90; p = 0,012) e possuir problemas para manter o equilíbrio quando se está tomando banho ou descendo escadas (RP 1,52; 95% IC 1,04 - 2,23; p = 0,031). As variáveis associadas ao desenvolvimento precoce de osteoporose foram autopercepção de saúde regular/ruim/péssima (coeficiente 0,77; p<0,001), tratamento para menopausa com medicamentos naturais (coeficiente 1,01; p<0,001), fumar atualmente ou no passado mais de vinte cigarros por dia (coeficiente 1,02; p=0,003) e ter problemas para correr / levantar peso / fazer esportes / trabalho pesado (coeficiente 0,60; p=0,029). Os fatores relacionados com maior prevalência de quedas foram ter problemas de equilíbrio quando anda (RP 1,87; 95% IC 1,33 - 2,63; P < 0,001), consumo de álcool (RP 1,69; 95% IC 1,25-2,28; P < 0,002), ter sido internada no último ano (RP 1,46; 95% CI 1,09 - 1,96; P = 0,012), e apresentar catarata (RP 1,40; 95% IC 1,05 - 1,87; P = 0.021). Os fatores relacionados à menor prevalência de quedas foram ter convênio médico (RP 0,67; 95% IC 0,50 - 0,89; P = 0,007) e realizar algum tipo de tratamento para os sintomas da menopausa (RP 0,42; 95% IC 0,19 - 0,92; P = 0,031). Os fatores relacionados à maior prevalência de fraturas foram apresentar maior tempo de menopausa (RP 1,03; 95% IC 1,01-1,05; P=0,003) e apresentar osteoporose (RP 1,97; 95% IC 1,27-3,08; P=0,003). Conclusões: a prevalência de osteoporose e fraturas por fragilidade óssea na população estudada foi semelhante à relatada pelos últimos estudos nacionais. A prevalência de quedas foi discretamente menor do que a relatada pelos últimos estudos nacionais e internacionais. Os fatores associados à osteoporose foram ter maior tempo de menopausa, autopercepção de saúde regular/ruim/péssima, relatar artrose, ter problemas para manter o equilíbrio e apresentar diminuição da capacidade funcional. Os fatores associados ao desenvolvimento precoce da osteoporose foram autopercepção de saúde regular/ruim/péssima, tratamento com medicamentos naturais para a menopausa, fumar mais de vinte cigarros (atualmente ou no passado) e apresentar diminuição da capacidade funcional. Os fatores associados à maior prevalência de quedas foram problemas de equilíbrio, consumir bebidas alcoólicas, ter sido internada nos últimos doze meses e referir catarata. Realizar algum tipo de tratamento para a menopausa e possuir convênio médico se associaram a menor prevalência de quedas. Os fatores clínicos associados à maior prevalência de fraturas por fragilidade óssea foram ter osteoporose e maior tempo de menopausa. Os resultados deste estudo indicam a necessidade da realização de programas de saúde pública que incentivem hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares, de programas contra o tabagismo e o alcoolismo, além do acompanhamento médico de rotina de mulheres com 50 anos ou mais / Abstract: Objectives: This study was performed to determine the prevalence and factors associated with the occurrence of osteoporosis, falls, and fragility fractures in Brazilian women aged 50 years or older and obtain information on factors related to the early onset of osteoporosis. Methods: A cross-sectional population survey that included women aged 50 years or older was conducted in the city of Campinas, São Paulo, Brazil from 10 May 2011 to 31 October 2011. Women were interviewed by trained research assistants after a draw of 66 census sectors in the city. Women who did not respond to the questionnaire for personal reasons and those with cognitive impairment or dementia were excluded. The dependent variable osteoporosis was classified either as self-reported regardless of bone densitometry, or as osteoporosis diagnosed by bone densitometry. The other dependent variables were the occurrence of falls in the last year and the occurrence of fragility fractures after 50 years of age. The independent variables were sociodemographic data, health-related habits and problems, self-perception of health, and evaluation of functional capacity. Statistical analysis was carried out by the chi-square test, Cox multiple regression model, and Poisson regression analysis using backward selection criteria. Results: A total of 622 women completed the questionnaire and constituted the final sample. The mean age of the women was 64.1 years. The prevalence of self-reported osteoporosis regardless of bone densitometry was 21.3%, and the prevalence of osteoporosis diagnosed by bone densitometry was 16.7%. The prevalence of falls in the last year was 24.6%, and the prevalence of fragility fractures was 10.8%. In the final statistical model, the factors associated with a higher prevalence of osteoporosis regardless of bone densitometry were a longer period of time since menopause (PR, 1.04; 95% CI, 1.03-1.05; p < 0.001), self-perception of health as fair/poor/very poor (PR, 1.73; 95% CI, 1.29-2.33; p < 0.001), arthrosis (PR, 1.83; 95% CI, 1.30-2.59; p < 0.002), and problems maintaining balance when taking a bath or going down stairs (PR, 1.52; 95% CI, 1.07-2.14; p = 0.02). The factors associated with a higher prevalence of osteoporosis diagnosed by bone densitometry were a longer period of time since menopause (PR, 1.04; 95% CI, 1.03-1.05; p < 0.001), arthrosis (PR, 1.80; 95% CI, 1.20-2.68; p = 0.005), problems running/lifting something heavy/practicing sports/doing heavy work (PR, 1.82; 95% CI, 1.14-2.90; p = 0.012), and problems maintaining balance when taking a bath or going down stairs (PR, 1.52; 95% CI, 1.04-2.23; p = 0.031). The variables associated with early onset of the disease were self-perception of health as fair/poor/very poor (coefficient, 0.77; p < 0.001), menopausal treatment with natural remedies (coefficient, 1.01; p < 0.001), smoking or having smoked >20 cigarettes/day (coefficient, 1.02; p = 0.003), and problems running/lifting something heavy/practicing sports/doing heavy work (coefficient, 0.60; p = 0.029). The factors associated with a higher prevalence of falls were trouble maintaining balance when walking (PR, 1.87; 95% CI, 1.33-2.63; p < 0.001), alcohol consumption (PR, 1.69; 95% CI, 1.25-2.28; p < 0.002), admission to a hospital in the last 12 months (PR, 1.46; 95% CI, 1.09-1.96; p = 0.012), and cataracts (PR, 1.40; 95% CI, 1.05-1.87; p = 0.021). Having health insurance (PR, 0.67; 95% CI, 0.50-0.89; p = 0.007) and using some form of medication to treat menopausal symptoms (PR, 0.42; 95% CI, 0.19-0.92; p = 0.031) were associated with a lower prevalence of falls. A longer period of time since menopause (PR, 1.03; 95% CI, 1.01-1.05; p = 0.003) and having osteoporosis (PR, 1.97; 95% CI, 1.27-3.08; p = 0.003) were associated with a higher prevalence of fragility fractures. Conclusions: The prevalence of osteoporosis and fragility fractures in this study population was similar to that reported by recent national studies. The prevalence of falls was slightly lower than that reported by recent national and international studies. The factors associated with osteoporosis were a longer period of time since menopause, self-perception of health as fair/poor/very poor, arthrosis, trouble maintaining balance, and reduced functional capacity. Factors associated with early onset of the disease were self-perception of health as fair/poor/very poor, treatment with natural remedies for menopause, smoking >20 cigarettes/day (currently or in the past), and reduced functional capacity. The factors associated with a higher prevalence of falls were trouble maintaining balance when walking, alcohol consumption, admission to a hospital in the last 12 months, and cataracts. Administration of some type of treatment for menopause and having health insurance were associated with a lower prevalence of falls. The clinical factors associated with a higher prevalence of fragility fractures were osteoporosis and a longer period of time since menopause. The results of this study indicate the need to carry out public health programs that encourage healthy habits such as regular physical exercise, programs that discourage smoking and alcoholism, and the performance of routine medical monitoring of women aged 50 years or older / Doutorado / Fisiopatologia Ginecológica / Doutor em Ciências da Saúde

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/308902
Date28 May 2013
CreatorsBaccaro, Luiz Francisco Cintra, 1980-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Pinto-Neto, Aarão Mendes, 1952-, Zeferino, Luiz Carlos, Barros, Marilisa Berti de Azevedo, Machado, Rogério Bonassi, Neto, Jorge Nahas
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageMultilíngua
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format141 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds