Orientadores: Ana Maria Segall Correa, Antonieta Keiko Kakuda Shimo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T02:09:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Constitui prioridade de pesquisa e intervenção no Brasil a transmissão vertical do vírus HIV, infecção que tem aumentado entre as mulheres em idade fértil, resultando em progressiva redução na relação homem/mulher. O objetivo deste trabalho é analisar as ações de prevenção da transmissão vertical do vírus da AIDS durante o pré-natal, parto e puerpério, bem como as ações de vigilância epidemiológica, entre as mulheres grávidas soropositivas ao vírus HIV, residentes em um município do interior do estado de São Paulo. Trata-se de estudo realizado em duas fases, com abordagem quantitativa na primeira e qualitativa na segunda. Na primeira, descreve-se a situação epidemiológica dos 11 municípios pertencentes àquele Departamento, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005, partindo-se das notificações e das fichas epidemiológicas de 112 gestantes portadoras do vírus HIV e das crianças nascidas destas gestações. As informações referem-se à idade das mulheres, local de sua moradia, momento de identificação da infecção, local e data do parto, além daquelas relativas aos procedimentos assistenciais terapêuticos e profiláticos. Na abordagem qualitativa, ou seja, na segunda fase foram realizadas entrevistas nas quais foi utilizado um roteiro padronizado e pré-testado com enfermeiros e médicos que prestam atendimento às gestantes e parturientes nas Unidades Básicas de Saúde e Hospital do município sede do Departamento Regional. Os resultados mostram, entre outras coisas, que todas as gestantes residiam em zona urbana, a maioria era branca (67,9%), de baixa escolaridade, sendo que mais de dois terços não haviam completado o primeiro grau e 42,9% tinham idade abaixo de 25 anos. Mais da metade conhecia seu status de soro-positividade antes da gravidez (53,6%) e para 10,7%, essa era a 2ª gravidez após o diagnóstico. Foram observadas falhas na profilaxia da transmissão vertical na gestação, parto e pós-parto. Nessa última intervenção, 17 mulheres não receberam AZT intravenoso e três recém-nascidos não fizeram profilaxia com AZT oral e outros três iniciaram a profilaxia 24 horas depois do parto. A estimativa de transmissão vertical do HIV foi de 4,5%. Na etapa qualitativa, foi observado que as solicitações de exames anti-HIV eram rotina estabelecida no pré-natal, não havendo, no entanto, aconselhamento pré e pósteste. No momento que antecede o parto, é sempre solicitado teste rápido. A necessidade da profilaxia, a indicação do parto cesariano e a inibição da lactação são de conhecimento dos profissionais, porém, esses profissionais não referem à forma como manejam essas intervenções. Conforme dados epidemiológicos resultantes desta pesquisa, algumas atitudes relacionadas à assistência às gestantes HIV positivas e a seus filhos não atendem as recomendações do Ministério da Saúde para a redução da transmissão vertical e as falas dos profissionais reforçam a necessidade de programas de capacitação e treinamentos na forma de educação continuada sobre o assunto para alcançar o objetivo proposto nas diretrizes nacionais de saúde / Abstract: A priority for public health research and intervention in Brazil is the vertical transmission of the AIDS virus, which has increased among women of reproductive age, resulting in a decreasing male/female ratio. The objective of this study is to analyze actions to prevent the vertical transmission of the AIDS virus during pregnancy, childbirth, and postpartum period, as well as the actions of epidemiological monitoring, of HIV-positive pregnant women residing in a city in the interior of the state of São Paulo. The study has two phases, one quantitative and the other qualitative. The first phase consisted of a descriptive study of the epidemiological situation in 11 municipalities pertaining to the Department of Health in the period from January, 2000, to December, 2005, based on epidemiological notifications and case records of HIV-positive pregnant women and the children resulting from those pregnancies. Information collected included the women's age, residence; time the HIV infection was identified, locale and date of delivery, as well as data on therapeutic and prophylactic care procedures. In the qualitative phase of the study, semi-structured interviews were conducted with nurses and physicians working in Primary Health Care Units and hospitals in the city where the Regional Health Department is located and, who provide care to the pregnant women and newborns. All the pregnant women reside in the urban area, most are White, with low educational levels, and 42.9% were less than 25 years old. More than half were aware of their HIV-positive status before becoming pregnant, and 10.7% of these were in their second pregnancy after having been diagnosed. Errors were observed in prophylactic procedures to prevent vertical transmission during pregnancy, during childbirth, and post-partum. With reference to the latter, 17 women were not given intravenous AZT, three newborns were not given AZT orally, and an additional three initiated prophylaxis 24 hours postpartum. The estimated vertical transmission of HIV was 4.46%. In the qualitative phase, it was observed that requests for anti-HIV tests were routine in pre-natal care, but with no counseling provided before or after the test. A rapid test is routinely requested at the moment just before childbirth, but there are no institutional standardized procedures that obligate staff to follow the recommendations that come with the test. The need for prophylaxis, cesarean birth, and inhibition of lactation are known by the professionals, however they do not refer to the way they normally deal with those procedures with the women. It was also observed that pediatricians deal better than other professionals with patients diagnosed as HIV-positive. The observed failures in health care and epidemiological surveillance for HIV-positive pregnant women and for their children confirm that the Ministry of Health HIV/AIDS protocols were not always followed by the health professionals, which shows the needs for continuing education, as they themselves pointed out / Doutorado / Saude Coletiva / Doutor em Saude Coletiva
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313843 |
Date | 13 August 2018 |
Creators | Feracin, Jussara Cunha Fleury |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Shimo, Antonieta Keiko Kakuda, 1953-, Corrêa, Ana Maria Segall, 1946-, Santiago, Silvia Maria, Lopes, Maria Helena Baena de Moraes, Pereira, Maria Jose Bistafa, Filipe, Elvira Maria Ventura |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 198 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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