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Previous issue date: 2008-05-12 / A antropologia teol?gica crist? apresenta a premissa de que o ser humano s? se realiza plenamente enquanto relacional. Criado ? imagem e semelhan?a de Deus, o homem somente alcan?a a sua verdadeira e m?xima felicidade quando responde fielmente ao seu chamado original, numa abertura a todas as dimens?es que lhe constituem como pessoa. Em resumo, o ser humano s? ? enquanto relacional. No caminho do homem, no entanto, est? o pecado, como realidade que o faz viver de modo inadequado tais dimens?es, e na qual ele se nega, a partir do ego?smo e do imediatismo, ? abertura total ? relacionalidade. O pecado, portanto, desumaniza o ser humano, tornando-o menos do que ele ? chamado a ser. Na raiz dessa nega??o, encontram-se posturas que dividem ou separam a ess?ncia do homem, como o dualismo e seus unilateralismos. A pessoa, em sua iman?ncia, ? aut?noma, mas n?o pode prescindir da sua transcend?ncia, que lhe ? inerente. Chamada a realizar a si mesma, a pessoa s? consegue faz?-lo na medida em que se autotranscende, na rela??o com Deus, com o outro e com o mundo. Na medida em que o ser humano se fecha a qualquer uma das suas rela??es, caminha na dire??o contr?ria do seu devir, tornando-se menos humano, pois ? na relacionalidade, inclusive, que a pessoa se compreende como tal. O individualismo, cuja origem recente remonta ? modernidade e ao antropocentrismo, ? o principal modo de nega??o da relacionalidade. E, nos tempos atuais, que o fil?sofo franc?s Gilles Lipovetsky denomina de hipermodernos, o individualismo ? vivido ao extremo, sob as regras do mercado e do neoliberalismo, bem como sob a influ?ncia sempre maior da raz?o tecno-cient?fica das novas tecnologias. Da? porque se denomina o per?odo atual de hipermodernidade, numa alus?o ? exacerba??o da modernidade. Mas ? justamente nesse contexto de hiperindividualismo narc?sico que o homem de hoje se encontra desorientado, correndo atr?s de uma felicidade paradoxal e alcan?ando, no mais das vezes, a pr?pria decep??o. Donde a f? crist? aponta que somente numa perspectiva integrada de sua personalidade, inclusiva de todas as suas dimens?es constitutivas, ? que o ser humano pode se permitir alcan?ar a sua plena realiza??o existencial. E a resposta pessoal ? plenitude do homem se encontra em Jesus Cristo. Eis o que ensina a Gaudium et Spes: o mist?rio do homem s? no mist?rio do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente; Cristo revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua voca??o sublime; e tais verdades t?m nele a sua fonte e nele atingem a sua plenitude. ? Jesus Cristo quem convida o ser humano para uma vida verdadeiramente digna e feliz. Em cada uma das rela??es essenciais do ser humano com Deus, com o outro, com o mundo e consigo mesmo , Jesus Cristo mostra-lhe o caminho da aut?ntica humanidade, que n?o se op?e a Deus e ?s demais criaturas, mas que justamente se lhes dirige. ? em Jesus Cristo que se realizam em seu extremo a liberdade e a possibilidade humanas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.pucrs.br:tede/5812 |
Date | 12 May 2008 |
Creators | Raupp, Klaus da Silva |
Contributors | Susin, Luiz Carlos |
Publisher | Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul, Programa de P?s-Gradua??o em Teologia, PUCRS, BR, Faculdade de Teologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 6612572701811579737, 500, 600, -8154469551295213001 |
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