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[en] CARE AND NEGLIGENCE IN INFANCY: WHAT DO PARENTS OF HOSPITALIZED CHILDREN THINK? / [pt] CUIDADOS E NEGLIGÊNCIA NA INFÂNCIA: O QUE PENSAM OS PAIS DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS?

[pt] A valorização do infantil na criança na sociedade contemporânea criou
novas expectativas relacionadas às demandas de cuidados diferenciados a serem
oferecidos à criança. Concomitantemente, situações envolvendo diversas formas
de maus-tratos contra a infância ganharam maior destaque na sociedade. No
contexto hospitalar, muitas crianças internadas são vítimas de violência e de
negligência que, frequentemente, acontecem dentro de casa. Esta pesquisa tem
como objetivo investigar como pais ou principais cuidadores compreendem o que
sejam cuidados adequados a serem dispensados à criança e como significam as
diversas formas de maus-tratos contra a infância, sobretudo a negligência infantil.
Realizamos um estudo de campo, entrevistando nove cuidadores responsáveis –
dentre eles sete mães, um pai e uma avó paterna - que acompanhavam crianças
internadas em hospital estadual de emergência, com idades entre dois meses e
quatros anos. Buscamos entender como esses cuidadores percebem os fenômenos
da violência e da negligência contra criança, considerando os possíveis
desdobramentos para o desenvolvimento infantil. O material discursivo coletado
nas entrevistas foi analisado. Emergiram oito categorias de análise: fatores de
risco e fragilidades do corpo infantil; sentimentos relacionados à concepção de
cuidados; cuidados gerados pelas demandas de afeto; o papel das famílias; o
papel das instituições; negligência em questão; violência física e abuso sexual;
violência psicológica. Constatamos que as prioridades nas relações de cuidados
estão diretamente relacionadas às realidades sócio-econômicas dos cuidadores e às
especificidades de cada fase do desenvolvimento. De acordo com a percepção dos
entrevistados, os maus-tratos na infância são considerados extremamente danosos
ao desenvolvimento infantil. / [en] The valorization of children s infantile aspect in contemporary society has
created expectations regarding the demands for differentiated care to be offered
for children. Simultaneously, situations involving several forms of mistreatment
against infancy have been emphasized in society. In the hospitalar context, many
children are victims of violence and negligence, which frequently occur inside
their homes. This research has the goal to investigate how parents and main
caretakers understand the meaning of adequate care to be offered to children, and
how they make sense of the several forms of mistreatment against infancy, mainly
children s negligence. One field study was conducted, during which we
interviewed nine caretakers – seven mothers, one father, and a paternal
grandmother – who accompanied hospitalized children in a state emergency
hospital. Children aged from two months to four years-old. The objective was to
understand how these caretakers perceive the phenomena of violence and
negligence against children, considering the possible outcomes for children s
development. The discursive data collected in interviews was analyzed. Eight
categories of analysis emerged: risk factors and frailty of infantile body; feelings
related to care conceptions; care practices generated by demands of affect; the
role of families; the role of institutions; negligence in question; physical violence
and sexual abuse; psychological violence. We concluded that the priorities in care
relationships are directly related to the caretakers social-economic realities, as
well as the specificities of each developmental phase. According to the perception
of interviewed participants, mistreatment in infancy is considered extremely
harmful to children s development.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:29107
Date10 February 2017
CreatorsFERNANDA VIANA MARTINS DE AZEVEDO
ContributorsANDREA SEIXAS MAGALHAES, ANDREA SEIXAS MAGALHAES, ANDREA SEIXAS MAGALHAES
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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