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Festa, a manifestação de um povo : a hospitalidade do imigrante italiano em São Paulo

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Previous issue date: 2004-08-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho visa focalizar aspectos da hospitalidade da
Festa de N. Sra. de Casaluce, realizada pela igreja do mesmo
nome na cidade de São Paulo, no bairro do Brás, há mais de
cem anos, e que tem no mundo somente uma equivalente,
realizada pela outra única igreja consagrada à Madona de
Casaluce, na cidade homônima. Para apreender a dimensão
dessa festa, buscar-se-á também qual o significado para
aqueles que a organizam e para aqueles que dela participam,
pois não se pode esquecer que a Festa de Casaluce,
ambiente hospitaleiro por excelência, só o é em virtude das
pessoas que compõem todo um mosaico de alegria,
expansibilidade, de bem receber e de aceitar aquilo que lhe é
ofertado. A compreensão de festa, porém, passa naturalmente
pela busca das circunstâncias da vinda do imigrante italiano,
especialmente aquele que chegou entre 1870 e 1900, e trouxe
para o Brasil o culto à Madona Negra. Imigrantes
provenientes não só da cidade de Casaluce, pertencente à
província de Caserta, mas também da região de Nápoles, uma
vez que, pela proximidade, a colônia napolitana, além de ter
como padroeiro San Genaro, também presta culto a N. Sra.
de Casaluce. Em sua nova terra, em 1900, por meio da
construção de uma igreja por pessoas integrantes da
comunidade napolitana, e da realização de uma festa em
homenagem à sua santa de devoção, ele, imigrante, externava
um sentimento religioso de uma forma acolhedora, pois
recebia de braços abertos quem desejasse participar das
comemorações. A hospitalidade, nesse caso, apresenta-se
em dois aspectos distintos: em um primeiro momento, a partir
da chegada dos imigrantes ao Brasil, sua acolhida pelos
habitantes do novo país, bem como sua adaptação e
integração à nova vida; em um segundo momento, quando da
implantação em sua nova terra, da festa de N. Sra. de
Casaluce, na qual São Paulo e seus habitantes, que
acolheram os estrangeiros, foram presenteados por eles com
um gesto amplo de hospitalidade ao não restringirem as
comemorações somente à colônia napolitana, mas
estendendo o convite para participar a todo aquele que assim
o desejasse. A Festa de Casaluce, como toda festa, é vista
como um momento mágico, em que o tempo não obedece
aos padrões do cotidiano, onde as pessoas tornam-se atores
de um espetáculo que nunca se repete da mesma maneira,
apesar de já terem sido realizadas 104 festas, nos 104 anos
da inauguração da igreja pelos imigrantes napolitanos. Em
termos metodológicos, foi utilizada pesquisa bibliográfica,
incluindo, além de livros e documentos, filmes, registros
fonográficos e pesquisa qualitativa, com entrevistas feitas com
o pároco e os colaboradores da igreja de Casaluce, bem
como com os organizadores da festa.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:sitios.anhembi.br:TEDE/1467
Date16 August 2004
CreatorsDick, álvaro Augusto Dozzo
ContributorsBueno, Marielys Siqueira
PublisherUniversidade Anhembi Morumbi, Mestrado em Hospitalidade, UAM, BR, Planejamento e Gestão Estratégica em Hospitalidade
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ANHEMBI, instname:Universidade Anhembi Morumbi, instacron:ANHEMBI
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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