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Fatores de risco associados à nefrotoxicidade em pacientes Tratados com polimixina B / Risk factors associated with nephrotoxicity in patients treated with polymyxin B

Submitted by Rosangela Silva (rosangela.silva3@unioeste.br) on 2018-05-24T17:46:38Z
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Previous issue date: 2018-03-08 / In the last 20 years, with the emergence of multiresistant gram-negative
bacteria, polymyxins, which had fallen into disuse due to their high toxicity, were
once again used as an alternative for the treatment of these infections. This antibiotic
group is active against most enterobacteria and non-fermenting gram-negative
bacteria, ocular, urinary tract, meninges, and bloodstream infections. The
recommended dose of polymyxin B (PMB) in patients with normal renal function is
1.5 to 2.5 mg.kg-1.day-1 and the dose can be divided twice. For patients with impaired
renal function, it is recommended to adjust the dose according to creatinine
clearance. Because nephrotoxicity is the major limiting factor in the use of this class
of antibiotics, a retrospective observational study was conducted to identify possible
risk factors for the development of acute renal injury (ARF) in patients using the
antibiotic PMB. The necessary information was collected to perform the study in
medical records, medical prescriptions and results of laboratory tests from the
patients who used PMB in a period of 5 years in a Brazilian hospital. Inclusion criteria
for the study were: patients over 18 years of age who used intravenous PMB for
more than 72 hours. To classify ARI levels, baseline creatinine was calculated by the
average of the last five serum creatinine tests before the first dose of the antibiotic.
This calculated value and the highest level of serum creatinine during treatment were
used to identify and classify renal damage according to the criteria of the RIFLE
(Risk, Injury and Failure and Loss and End-stage renal disease) filtration rate. The
study included 120 patients, most of them male (89; 74.2%) with an average age of
50 years. The most frequent pre-existing comorbidities were systemic hypertension
(50; 41.7%), diabetes mellitus (21; 17.5%), nephropathies (14; 11.7%) and obesity
(13; 10.8%). The main infection was pneumonia (35.8%) and the most frequently
identified infectious agent was Acinetobacter baumannii (67.9%). PMB treatments
were performed for 13 days and the average daily dose was 191.5 mg. The high
incidence of mortality in the studied population (46.7%) may be related to the critical
clinical status of the patients, because at some point of hospitalization, 111 patients
(92.5%) needed intensive care. In the population studied to evaluate risk factors, 12
patients (13.5%) presented risk, 22 (25.0%) injury, 30 (34.1%) renal failure,
according to RIFLE criteria. In addition, in the group that patients developed ARF,
51.9% died, whereas in the group that did not present, only 12.5% died. There was a
statistically significant difference between the groups that developed or not ARF, for
the following variables: treatment time greater than 10 days, accumulated PMB dose,
hypoalbuminemia and concomitant use of furosemide. However, the variables that
remained in the final multivariate logistic regression model were treatment time
greater than 10 days and hypoalbuminemia. Several factors inherent to the patient
and the drug are related to ARF and strategies should be created in order to
minimize these effects. The monitoring of renal function in all patients, especially
those at risk, and the follow-up of the infection to reduce the time of treatment are
highlighted. / Nos últimos 20 anos, com o surgimento de bactérias gram-negativas
multirresistentes, as polimixinas, que tinham caído em desuso pela elevada
toxicidade, voltaram a ser utilizadas como uma alternativa para tratamento dessas
infecções. Esse grupo de antibiótico é ativo contra a maioria das enterobactérias e
das bactérias gram-negativas não fermentadoras, em infecções oculares, do trato
urinário, das meninges e da corrente sanguínea. A dose recomendada de polimixina
B (PMB), em pacientes com função renal normal, é de 1,5 a 2,5 mg Kg-1 dia-1 e a
dose pode ser dividida em duas vezes. Para os pacientes com alteração da função
renal, recomenda-se ajustar a dose de acordo com a depuração de creatinina. Como
a nefrotoxicidade é o maior limitante do uso dessa classe de antibióticos, um estudo
observacional retrospectivo foi realizado com o objetivo de identificar os possíveis
fatores de risco para o desenvolvimento de injúria renal aguda (IRA) em pacientes
que utilizaram o antibiótico PMB. Foram coletadas as informações necessárias para
realizar o estudo em prontuários, prescrições médicas e resultados de exames
laboratoriais dos pacientes que utilizaram PMB em um período de 5 anos em um
hospital brasileiro. Os critérios de inclusão para o estudo foram: pacientes maiores
de 18 anos que utilizaram PMB por via endovenosa por mais de 72 horas. Para
classificar os níveis de IRA, a creatinina basal foi calculada pela média entre os
cinco últimos exames de creatinina sérica antes da primeira dose do antibiótico.
Esse valor calculado e o maior nível de creatinina sérica durante o tratamento foram
usados para identificar e classificar o dano renal segundo os critérios da taxa de
filtração glomerular de RIFLE (Risk, Injury and Failure and Loss, and End-stage renal
disease). Foram inclusos no estudo 120 pacientes, a maioria do sexo masculino (89;
74,2%) com média de idade de 50 anos. As comorbidades pré-existentes presentes
com maior frequência foram hipertensão arterial sistêmica (50; 41,7%), diabetes
mellitus (21; 17,5%) nefropatias (14; 11,7%) e obesidade (13; 10,8%). A principal
infecção tratada foi pneumonia (35,8%) e o agente infeccioso mais identificado foi o
Acinetobacter baumannii (67,9%). Os tratamentos com a PMB foram realizados
durante 13 dias e a dose média diária de 191,5 mg. A alta incidência de mortalidade
da população estudada (46,7%) pode estar relacionada ao estado clínico crítico dos
pacientes, pois, em algum momento do internamento, 111 pacientes (92,5%)
precisaram de cuidados intensivos. Na população estudada para avaliar os fatores
de risco, 12 pacientes (13,5%) apresentam risco, 22 (25,0%) injúria, 30 (34,1%)
falência renal, segundo os critérios de RIFLE. Além disso, no grupo que os pacientes
desenvolveram IRA, 51,9% foram a óbito, enquanto que no grupo que não
apresentou foram apenas 12,5%. Houve diferença estatisticamente significativa
entre os grupos que desenvolveram, ou não, IRA, para as seguintes variáveis:
tempo de tratamento superior a 10 dias, dose acumulada de PMB, hipoalbuminemia
e uso concomitante de furosemida. Porém, as variáveis que permaneceram no
modelo final de regressão logística multivariável foram o tempo de tratamento
superior a 10 dias e a hipoalbuminemia. Vários fatores inerentes ao paciente e à
droga estão relacionados à IRA e estratégias devem ser criadas com o intuito de
minimizar esses efeitos. Destacam-se a monitorização da função renal em todos os
pacientes, principalmente os de risco, e o acompanhamento da infecção para
diminuir o tempo de tratamento.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/3697
Date08 March 2018
CreatorsMoresco, Isabel Cristina
ContributorsSanches , Andréia Cristina Conegero, Possagno, Gerusa Clazer Halila, Castor, Lidyane Regina Gomes, Possagno, Gerusa Clazer Halila
PublisherUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 6588633818200016417, 500, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, UNIOESTE, Brasil, Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7878055067573953101, 600, 600, 600, -8940439713387849267, 6997636413449754996

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