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Estudo retrospectivo entre o fibroma ossificante, displasia fibrosa, displasia cemento-ossificante e lesões centrais de células gigantes / Retrospective study between ossifying fibroma, fibrous dysplasia, cemento-osseous dysplasia and central giant cell lesion

Pinho, Rodrigo Finger de Carvalho 29 June 2018 (has links)
As lesões ósseas são doenças raras, mas com um grande destaque, que afetam a região maxilofacial. Dentre elas podemos destacar as Lesões Centrais de Células Gigantes e as Lesões Fibro-Ósseas Benignas (Displasia Cemento-Ossificante, Fibroma Ossificante e Displasia Fibrosa). O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar os dados encontrados nas fichas de encaminhamento clínico presentes no Serviço de Patologia Oral e Maxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Foram avaliados 89.265 casos em um período que variou de 1950 até 2016, utilizando as categorias de gênero, idade, etnia, sintomatologia, hipótese diagnóstica e localização anatômica. Após as exclusões, os casos selecionados somavam 773 casos divididos em: 267 casos de Lesão Central de Células Gigantes, 231 casos de Displasia Cemento Ossificante, 142 casos de Fibroma Ossificante e 133 de Displasia Fibrosa. Os resultados do estudo estão de acordo com o que está descrito na literatura, exceto nos casos de Displasia Fibrosa que foi encontrado uma predileção maior sexo feminino do que o masculino, mesmo que a literatura expresse que não existe tal predileção. Já nos casos de Displasia Cemento-Ossificante, o presente estudo mostrou que a maior prevalência de idade é entre a 4ª e 5ª década de vida e não entre a 3ª e 4ª como encontrado na literatura. Os casos de Displasia Cemento-Ossificante, em relação à etnia dos pacientes, mostraram que a maioria dos pacientes encontrados pelos autores eram leucodermas e não melanodermas como relata a literatura. Os resultados mostraram que mesmo em um centro de referência como o Serviço de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, as lesões ósseas são raras e alguns fatores como idade em pacientes com Displasia Fibrosa e Displasia Cemento-Ossificante e etnia em pacientes com Displasia Cemento-Ossificante não correspondem ao encontrado na literatura mundial. / Bone lesions are rare but important diseases that affect the maxillofacial region. Among them we can highlight the Central Giant Cells Lesion and the Benign Fibro-Osseous Lesions (Cemento-Osseous Dysplasia, Ossifying Fibroma and Fibrous Dysplasia). The objective of this study was to describe and analyze the data found in the clinical referral forms present at the Oral and Maxillofacial Pathology Service of the Faculty of Dentistry of the University of São Paulo. We evaluated 89.265 cases in a period ranging from 1950 to 2016, using the categories of gender, age, ethnicity, symptomatology, diagnostic hypothesis and anatomical location. After the exclusions, the selected cases totaled 773 cases divided into 267 cases of Central Giant Cell Lesion, 231 cases of Cemento-Osseous Dysplasia, 142 cases of Ossyfing Fibroma and 133 cases of Fibrous Dysplasia. The results of the study are in agreement with what is described in the literature, except in the cases of Fibrous Dysplasia that a predilection was found greater female than the male, even if the literature expresses that there is no such predilection. In the cases of Cemento-Osseous Dysplasia, the present study showed that the highest prevalence of age is between the 4th and 5th decade of life and not between the 3rd and 4th as found in the literature. The cases of Cemento-Osseous Dysplasia, in relation to the ethnicity of the patients, showed that the majority of the patients found by the authors were white and not black as reported in the literature. The results showed that even in a reference center such as the Oral Pathology Service of the Faculty of Dentistry of the University of São Paulo, bone lesions are rare and some factors such as age in patients with Fibrous Dysplasia and Cement-Ossificante Dysplasia and ethnicity in patients with Cement-Ossific Dysplasia do not correspond to that found in the world literature.
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Estudo retrospectivo entre o fibroma ossificante, displasia fibrosa, displasia cemento-ossificante e lesões centrais de células gigantes / Retrospective study between ossifying fibroma, fibrous dysplasia, cemento-osseous dysplasia and central giant cell lesion

Rodrigo Finger de Carvalho Pinho 29 June 2018 (has links)
As lesões ósseas são doenças raras, mas com um grande destaque, que afetam a região maxilofacial. Dentre elas podemos destacar as Lesões Centrais de Células Gigantes e as Lesões Fibro-Ósseas Benignas (Displasia Cemento-Ossificante, Fibroma Ossificante e Displasia Fibrosa). O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar os dados encontrados nas fichas de encaminhamento clínico presentes no Serviço de Patologia Oral e Maxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Foram avaliados 89.265 casos em um período que variou de 1950 até 2016, utilizando as categorias de gênero, idade, etnia, sintomatologia, hipótese diagnóstica e localização anatômica. Após as exclusões, os casos selecionados somavam 773 casos divididos em: 267 casos de Lesão Central de Células Gigantes, 231 casos de Displasia Cemento Ossificante, 142 casos de Fibroma Ossificante e 133 de Displasia Fibrosa. Os resultados do estudo estão de acordo com o que está descrito na literatura, exceto nos casos de Displasia Fibrosa que foi encontrado uma predileção maior sexo feminino do que o masculino, mesmo que a literatura expresse que não existe tal predileção. Já nos casos de Displasia Cemento-Ossificante, o presente estudo mostrou que a maior prevalência de idade é entre a 4ª e 5ª década de vida e não entre a 3ª e 4ª como encontrado na literatura. Os casos de Displasia Cemento-Ossificante, em relação à etnia dos pacientes, mostraram que a maioria dos pacientes encontrados pelos autores eram leucodermas e não melanodermas como relata a literatura. Os resultados mostraram que mesmo em um centro de referência como o Serviço de Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, as lesões ósseas são raras e alguns fatores como idade em pacientes com Displasia Fibrosa e Displasia Cemento-Ossificante e etnia em pacientes com Displasia Cemento-Ossificante não correspondem ao encontrado na literatura mundial. / Bone lesions are rare but important diseases that affect the maxillofacial region. Among them we can highlight the Central Giant Cells Lesion and the Benign Fibro-Osseous Lesions (Cemento-Osseous Dysplasia, Ossifying Fibroma and Fibrous Dysplasia). The objective of this study was to describe and analyze the data found in the clinical referral forms present at the Oral and Maxillofacial Pathology Service of the Faculty of Dentistry of the University of São Paulo. We evaluated 89.265 cases in a period ranging from 1950 to 2016, using the categories of gender, age, ethnicity, symptomatology, diagnostic hypothesis and anatomical location. After the exclusions, the selected cases totaled 773 cases divided into 267 cases of Central Giant Cell Lesion, 231 cases of Cemento-Osseous Dysplasia, 142 cases of Ossyfing Fibroma and 133 cases of Fibrous Dysplasia. The results of the study are in agreement with what is described in the literature, except in the cases of Fibrous Dysplasia that a predilection was found greater female than the male, even if the literature expresses that there is no such predilection. In the cases of Cemento-Osseous Dysplasia, the present study showed that the highest prevalence of age is between the 4th and 5th decade of life and not between the 3rd and 4th as found in the literature. The cases of Cemento-Osseous Dysplasia, in relation to the ethnicity of the patients, showed that the majority of the patients found by the authors were white and not black as reported in the literature. The results showed that even in a reference center such as the Oral Pathology Service of the Faculty of Dentistry of the University of São Paulo, bone lesions are rare and some factors such as age in patients with Fibrous Dysplasia and Cement-Ossificante Dysplasia and ethnicity in patients with Cement-Ossific Dysplasia do not correspond to that found in the world literature.
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Controle dos níveis pressóricos em pacientes hipertensos nos municípios de São Paulo e Campinas: um grande estudo transversal / Blood pressure control in hypertensive patients in the municipalities of São Paulo and Campinas: a large cross-sectional study

Costa Filho, Francisco Flávio 27 July 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica é a principal causa evitável de morbimortalidade cardiovascular no mundo contemporâneo, principalmente nos países de baixa renda. Avaliações populacionais das taxas de sucesso no controle dessa entidade precisam ser instituídas e continuamente realizadas. A compreensão do comportamento epidemiológico da hipertensão arterial sistêmica em coortes contemporâneas é importante para o planejamento de novas medidas de intervenção populacional. O presente estudo visa, como objetivo primário, a avaliar a eficácia no controle da hipertensão arterial sistêmica e a determinar preditores independentes associados ao melhor controle pressórico, em uma população de hipertensos sob tratamento medicamentoso derivada do Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular. Como objetivo secundário, o estudo visa a avaliar a taxa de sujeitos sem diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica que apresentam a primeira medida pressórica alterada, assim como a determinar os preditores independentes desse achado. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, em que foram avaliados os participantes do Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular dos municípios de São Paulo e Campinas. Foram incluídos nessa análise sujeitos com mais de 18 anos de idade, residentes nos municípios de São Paulo e Campinas. Para responder ao objetivo primário, foram analisados hipertensos com diagnóstico prévio e uso de medicamento anti-hipertensivo. Para responder ao objetivo secundário, foram analisados os sujeitos sem diagnóstico prévio de hipertensão e que não estavam em uso de medicações anti-hipertensivas. Utilizou-se análise multivariada para identificar preditores associados ao controle pressórico. RESULTADOS: Identificou-se 43.647 sujeitos hipertensos em uso de medicação, sendo que 40,9% destes estavam com níveis pressóricos controlados, considerando a meta de pressão arterial sistólica < 140 mmHg e pressão arterial diastólica < 90 mmHg. Entre os hipertensos não controlados, 42,5% apresentaram hipertensão arterial sistêmica em estágios II ou III (pressão arterial sistólica > 160 mmHg ou pressão arterial diastólica > 100 mmHg). Em análise multivariada, mostraram-se preditores independentes para melhor controle pressórico: idade < 60 anos [razão de chance (RC) 1,14, intervalo de confiança (IC) 95% 1,09-1,18], atividade física de moderada intensidade (RC 1,18, IC 95% 1,13-1,23), antecedente de doença cardiovascular (RC 1,09, IC 95% 1,04-1,13) e ingesta de frutas diariamente (RC 1,05, IC 95% 1,01-1,10). Mostraram-se preditores para controle pressórico inadequado: sexo masculino (RC 0,69, IC 95% 0,66-0,72), diabetes (RC 0,83, IC 95% 0,80-0,87), etnia negra (RC 0,88, IC 95% 0,83-0,94) ou parda (RC 0,92, IC 95% 0,87-0,97) em relação à branca e obesidade (RC 0,73, IC 95% 0,70-0,76). Entre 45.021 participantes sem diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica, 27,6% apresentaram a primeira medida pressórica elevada (pressão arterial > 140 x 90 mmHg). Mostraram-se preditores independentes para esse achado: sexo masculino (RC 2,05, IC 95% 1,96-2,15), idade > 60 anos (RC 1,88, IC 95% 1,78-1,98), etnia negra (RC 1,15, IC 95% 1,06-1,24) ou parda (RC 1,11, IC 95% 1,06-1,17) em relação à branca, obesidade (RC 2,08, IC 95% 1,98-2,19), diabetes (RC 1,09, IC 95% 1,01-1,18), antecedente de doença cardiovascular (RC 0,91, IC 95% 0,87-0,96) e atividade física de moderada intensidade (RC 0,87, IC 95% 0,83-0,92). CONCLUSÕES: Menos da metade dos hipertensos em tratamento estavam com seus níveis pressóricos controlados. Preditores independentes associados ao controle pressórico foram identificados, sendo três deles modificáveis. Estratégias populacionais devem ser implantadas para o controle efetivo desse importante fator de risco cardiovascular. / INTRODUCTION: Systemic arterial hypertension is the leading avoidable cause of cardiovascular morbidity and mortality in the contemporary world, mainly in low-income countries. Population evaluation of efficient strategies for blood pressure control should be implemented, and continually evaluated. Epidemiological understanding of systemic arterial hypertension in large cohorts plays important role for planning new interventions in the population level. The study objective is to evaluate the effectiveness of blood pressure control and to determine independent predictors, associated with better blood pressure control, in hypertensive patients on medical treatment from the Cardiovascular Risk Assessment in Sao Paulo and Campinas. The secondary objective is to access the rate of patients without previous diagnosis of systemic arterial hypertension in whom the blood pressure measurement is above recommended values, as well as determining independent predictors related with this finding. METHODS: The study design is an observational cross-sectional strategy in the municipalities of São Paulo and Campinas. Patients over the age of 18 living in São Paulo and Campinas, with previous diagnosis of systemic arterial hypertension and use of anti-hypertensive were included. Patients without previous diagnosis of hypertension and not using anti-hypertensive medication were also included. It was conducted a multivariate analysis to identify independent predictors associated with blood pressure control. RESULTS: We identified 43,647 hypertensive subjects on anti-hypertensive treatment. Of these 17,835 (40.9%) had controlled blood pressure levels, considering a target systolic blood pressure <140 mmHg and diastolic blood pressure < 90 mmHg. Among patients with uncontrolled hypertension, 42.5% were categorised as stage II or III hypertension (systolic blood pressure >=160 mmHg or diastolic BP >=100 mmHg). In a multivariate analysis, the following independent predictors were identified indicating better blood pressure control: age< 60 years [odds ratio (OR) 1.14, confidence interval (CI) 95% 1.09-1.18], moderate physical activity (OR 1.18, CI 95% 1.13-1.23), pre-existing atherosclerotic cardiovascular disease (OR 1.09, CI 95% 1.04-1.13) and daily consumption of fruit (OR 1.05, CI 95% 1.01-1.10). Predictors of poorer BP control were male sex (OR 0.69, CI 95% 0.66-0.72), diabetes mellitus (OR 0.83, CI 95% 0.80-0.87), African ethnicity (OR 0.88, CI 95% 0.83-0.94) or mixed African ethnicity (OR 0.92, CI 95% 0.87- 0.97) when compared to Caucasian ethnicity, obesity (OR 0.73, CI 95% 0.70-0.76). Among 45,021 participants without previous diagnosis of hypertension, 27.6% presented abnormal levels of blood pressure at the first measurement (BP >= 140/90 mmHg). The following independent predictors were identified: male sex (OR 2.05, CI 95% 1.96-2.15), age > 60 years (OR 1.88 CI 95% 1.78-1.98), African ethnicity (OR 1.15, CI 95% 1.06-1.24) or mixed African ethnicity (OR 1.11, CI 95% 1.06-1.17) when compared to Caucasian, obesity (OR 2.08, CI 95% 1.98-2.19), diabetes (OR 1.09, CI 95% 1.01-1.18), previous history of cardiovascular disease (OR 0.91, CI 95% 0.87-0.96) and moderate physical activity (OR 0.87, CI 95% 0.83-0.92). CONCLUSIONS: Less than half of hypertensive patients in treatment had controlled blood pressure. Independent predictors associated with blood pressure control were identified and three of them are modifiable. Population strategies should be implemented for effective control of this clinically relevant cardiovascular risk factor.
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Qual a importância da detecção de lesões iniciais de cárie em crianças pré-escolares? Evidências de um estudo de coorte com 2 anos de acompanhamento / What is the importance of detecting initial caries lesions in preschool children? Evidences from a cohort study with 2 years of follow-up

Renata Saraiva Guedes 27 August 2015 (has links)
Os objetivos desse estudo de coorte realizado em crianças pré-escolares foram: (1) avaliar a validade preditiva e de constructo utilizando um critério de avaliação de atividade de lesões de cárie associado ao Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie (ICDAS, do inglês International Caries Detection and Assessment System); (2) avaliar o risco de superfícies hígidas, com lesões iniciais de cárie (escores 1 e 2 do ICDAS) e lesões moderadas (escores 3 e 4) progredirem para lesões cavitadas em dentina (escores 5 e 6 do ICDAS) em dentes decíduos; (3) avaliar a influência da presença de lesões iniciais no risco de desenvolvimento de lesões de cárie; (4) avaliar se o impacto da cárie dentária na qualidade de vida de crianças se altera com o incremento de novas lesões ao longo do tempo; e (5) avaliar o impacto da cárie dentária em diferentes estágios de severidade na piora da qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças. Um exame inicial foi realizado por 15 examinadores durante o Dia Nacional de Vacinação em junho de 2010, na cidade de Santa Maria (RS). Nesse dia, 639 crianças de um a cinco anos de idade foram examinadas utilizando o ICDAS para detecção das lesões de cárie e um critério adicional para avaliação da atividade das lesões de cárie. Outras variáveis demográficas e socioeconômicas relacionadas a cada criança foram coletadas com os pais das crianças. Um questionário para avaliar o impacto das condições bucais na qualidade de vida das crianças (ECOHIS, do inglês Early Childhood Oral Health Impact Scale) também foi aplicado aos pais. Após dois anos, as mesmas crianças foram reexaminadas por quatro examinadores treinados e recalibrados para a avaliação das condições relacionadas à cárie dentária. O questionário ECOHIS também foi reaplicado. A associação entre as diversas variáveis explanatórias e os desfechos foram avaliadas usando análises de regressão de Poisson apropriadas (regular ou de multinível) que permitiram o cálculo dos valores de risco relativo e respectivos intervalos de confiança a 95%. Após dois anos, um total de 469 crianças foram reavaliados (taxa de acompanhamento positivo de 73,4%). As lesões de cárie ativas não cavitadas na superfície oclusal apresentaram um risco duas vezes maior de progressão quando comparado com as lesões inativas. Também foi observado que lesões não cavitadas em crianças com lesões de cárie severa no início do estudo apresentaram três vezes maior risco de progressão do que crianças com apenas lesões iniciais. Além disso, crianças com lesões moderadas ou severas apresentaram maior risco de desenvolverem novas lesões comparadas a crianças livres de cárie. Esse efeito foi observado em crianças com lesões iniciais quando eram menores de três anos. Quando o desfecho foi o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, as crianças que tiveram novas lesões apresentaram piora na qualidade de vida quando comparadas com aquelas crianças que não desenvolveram novas lesões cariosas, e isso foi relacionado à severidade. Considerando os diferentes estágios da doença cárie na avaliação longitudinal da qualidade de vida, apenas as crianças com lesões moderadas ou crianças com lesões severas no início do estudo apresentaram piora na qualidade de vida após dois anos. Em conclusão, o sistema de atividade de cárie adicional associado ao ICDAS apresenta validade preditiva e de constructo em dentes decíduos. No entanto, as lesões de cárie iniciais de um modo geral apresentam baixa taxa de progressão, e essas lesões têm maior risco de progressão em crianças com pelo menos uma lesão moderada ou severa em outro dente. Outro fato é que a presença de lesões moderadas ou severas é um importante preditor para o surgimento de novas lesões de cárie. No entanto, comparado a crianças livres de cárie, crianças com apenas lesões iniciais de cárie aparentemente possuem maior risco de desenvolverem novas lesões somente nas idades mais precoces (até três anos de idade). Ainda, pôde-se constatar que o maior número de novas lesões de cárie provoca uma piora da qualidade de vida em crianças pré-escolares. Entretanto, a presença de lesões iniciais não causa um impacto na qualidade de vida após dois anos, mas a presença de lesões moderadas e extensas provocam essa piora. / The aims of the present cohort study carried out in preschool children were: (1) to evaluate predictive and construct validity of an additional criteria to assess caries lesions activity associated to the International Caries Detection and Assessment System (ICDAS); (2) to evaluate the risk of sound surfaces, initial (scores 1 and 2 of ICDAS) and moderate caries lesions (ICDAS scores 3 and 4) to progress to dentin cavitated lesions (ICDAS scores 5 and 6) in primary teeth; (3) to investigate the influence of presence of initial caries lesions on risk of occurrence of new caries lesions; (4) to evaluate if the impact of dental caries on quality of life of children suffers worsening due to the occurrence of new caries lesions; and (5) to investigate the impact of dental caries in different stages of progression on worsening of oral health-related quality of life. An initial examination was conducted by 15 examiners during the National Children\'s Vaccination Day in June, 2010, in Santa Maria (RS). At this day, 639 children aged from one to five years were examined using the ICDAS for the detection of caries lesions and with an additional criteria for evaluation of caries lesions activity. Other demographic and socioeconomic variables related to each child were collected with the children\'s guardians. A questionnaire to evaluate the impact of oral health on quality of life of the children (Early Childhood Oral Health Impact Scale - ECOHIS) was also applied for the parents. After two years, the same children were reexamined by four trained and recalibrated examiners to evaluate the oral conditions related to the dental caries. ECOHIS was also answered again. Association among the explanatory and the outcome variables were assessed through Poisson regression analysis (regular or multilevel), which permitted to calculate the relative risk values and respective 95% confidence intervals. After two years, a total of 469 children were re-evaluated (follow-up rate of 73.4%). Active non-cavitated caries lesions in occlusal surfaces presented a twice higher risk of progression when compared with inactive lesions. It was also observed that non-cavitated caries lesions in children presenting extensive caries lesions at the baseline had thrice higher risk of progression than in children with only initial caries lesions. Moreover, children with moderate or extensive caries lesions showed higher risk of having new caries lesions than caries free children. This effect was observed in children who were younger than three years old. When the variable outcome was the impact of oral health on quality of life, children who had new caries lesions presented worsening on quality of life when compared with children who had not developed new caries lesions, and this was related to the severity. Considering the different stages of dental caries on the longitudinal evaluation, only children with moderate or extensive caries lesions at the baseline presented worsening on the quality of life after two years. In conclusion, the additional criteria system to assess caries activity used with the ICDAS presents predictive and construct validity in primary teeth. Nevertheless, initial caries lesions generally present a low progression rate, and these lesions have higher risk of progression in children with at least one moderate or extensive caries lesion in other tooth. Other fact is that the presence of moderate or extensive caries lesions is an important predictor for caries incidence. Nonetheless, compared with caries-free children, children with only initial caries lesions apparently have higher risk of developing new caries lesions only at the earlier ages (up to three years old). In addition, it was observed that higher number of new caries lesions provokes worsening on quality of life of preschool children. However, presence of only initial caries lesions does not cause impact on quality of life after two years, but presence of moderate and extensive caries lesions does cause.
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Qual a importância da detecção de lesões iniciais de cárie em crianças pré-escolares? Evidências de um estudo de coorte com 2 anos de acompanhamento / What is the importance of detecting initial caries lesions in preschool children? Evidences from a cohort study with 2 years of follow-up

Guedes, Renata Saraiva 27 August 2015 (has links)
Os objetivos desse estudo de coorte realizado em crianças pré-escolares foram: (1) avaliar a validade preditiva e de constructo utilizando um critério de avaliação de atividade de lesões de cárie associado ao Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie (ICDAS, do inglês International Caries Detection and Assessment System); (2) avaliar o risco de superfícies hígidas, com lesões iniciais de cárie (escores 1 e 2 do ICDAS) e lesões moderadas (escores 3 e 4) progredirem para lesões cavitadas em dentina (escores 5 e 6 do ICDAS) em dentes decíduos; (3) avaliar a influência da presença de lesões iniciais no risco de desenvolvimento de lesões de cárie; (4) avaliar se o impacto da cárie dentária na qualidade de vida de crianças se altera com o incremento de novas lesões ao longo do tempo; e (5) avaliar o impacto da cárie dentária em diferentes estágios de severidade na piora da qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças. Um exame inicial foi realizado por 15 examinadores durante o Dia Nacional de Vacinação em junho de 2010, na cidade de Santa Maria (RS). Nesse dia, 639 crianças de um a cinco anos de idade foram examinadas utilizando o ICDAS para detecção das lesões de cárie e um critério adicional para avaliação da atividade das lesões de cárie. Outras variáveis demográficas e socioeconômicas relacionadas a cada criança foram coletadas com os pais das crianças. Um questionário para avaliar o impacto das condições bucais na qualidade de vida das crianças (ECOHIS, do inglês Early Childhood Oral Health Impact Scale) também foi aplicado aos pais. Após dois anos, as mesmas crianças foram reexaminadas por quatro examinadores treinados e recalibrados para a avaliação das condições relacionadas à cárie dentária. O questionário ECOHIS também foi reaplicado. A associação entre as diversas variáveis explanatórias e os desfechos foram avaliadas usando análises de regressão de Poisson apropriadas (regular ou de multinível) que permitiram o cálculo dos valores de risco relativo e respectivos intervalos de confiança a 95%. Após dois anos, um total de 469 crianças foram reavaliados (taxa de acompanhamento positivo de 73,4%). As lesões de cárie ativas não cavitadas na superfície oclusal apresentaram um risco duas vezes maior de progressão quando comparado com as lesões inativas. Também foi observado que lesões não cavitadas em crianças com lesões de cárie severa no início do estudo apresentaram três vezes maior risco de progressão do que crianças com apenas lesões iniciais. Além disso, crianças com lesões moderadas ou severas apresentaram maior risco de desenvolverem novas lesões comparadas a crianças livres de cárie. Esse efeito foi observado em crianças com lesões iniciais quando eram menores de três anos. Quando o desfecho foi o impacto da saúde bucal na qualidade de vida, as crianças que tiveram novas lesões apresentaram piora na qualidade de vida quando comparadas com aquelas crianças que não desenvolveram novas lesões cariosas, e isso foi relacionado à severidade. Considerando os diferentes estágios da doença cárie na avaliação longitudinal da qualidade de vida, apenas as crianças com lesões moderadas ou crianças com lesões severas no início do estudo apresentaram piora na qualidade de vida após dois anos. Em conclusão, o sistema de atividade de cárie adicional associado ao ICDAS apresenta validade preditiva e de constructo em dentes decíduos. No entanto, as lesões de cárie iniciais de um modo geral apresentam baixa taxa de progressão, e essas lesões têm maior risco de progressão em crianças com pelo menos uma lesão moderada ou severa em outro dente. Outro fato é que a presença de lesões moderadas ou severas é um importante preditor para o surgimento de novas lesões de cárie. No entanto, comparado a crianças livres de cárie, crianças com apenas lesões iniciais de cárie aparentemente possuem maior risco de desenvolverem novas lesões somente nas idades mais precoces (até três anos de idade). Ainda, pôde-se constatar que o maior número de novas lesões de cárie provoca uma piora da qualidade de vida em crianças pré-escolares. Entretanto, a presença de lesões iniciais não causa um impacto na qualidade de vida após dois anos, mas a presença de lesões moderadas e extensas provocam essa piora. / The aims of the present cohort study carried out in preschool children were: (1) to evaluate predictive and construct validity of an additional criteria to assess caries lesions activity associated to the International Caries Detection and Assessment System (ICDAS); (2) to evaluate the risk of sound surfaces, initial (scores 1 and 2 of ICDAS) and moderate caries lesions (ICDAS scores 3 and 4) to progress to dentin cavitated lesions (ICDAS scores 5 and 6) in primary teeth; (3) to investigate the influence of presence of initial caries lesions on risk of occurrence of new caries lesions; (4) to evaluate if the impact of dental caries on quality of life of children suffers worsening due to the occurrence of new caries lesions; and (5) to investigate the impact of dental caries in different stages of progression on worsening of oral health-related quality of life. An initial examination was conducted by 15 examiners during the National Children\'s Vaccination Day in June, 2010, in Santa Maria (RS). At this day, 639 children aged from one to five years were examined using the ICDAS for the detection of caries lesions and with an additional criteria for evaluation of caries lesions activity. Other demographic and socioeconomic variables related to each child were collected with the children\'s guardians. A questionnaire to evaluate the impact of oral health on quality of life of the children (Early Childhood Oral Health Impact Scale - ECOHIS) was also applied for the parents. After two years, the same children were reexamined by four trained and recalibrated examiners to evaluate the oral conditions related to the dental caries. ECOHIS was also answered again. Association among the explanatory and the outcome variables were assessed through Poisson regression analysis (regular or multilevel), which permitted to calculate the relative risk values and respective 95% confidence intervals. After two years, a total of 469 children were re-evaluated (follow-up rate of 73.4%). Active non-cavitated caries lesions in occlusal surfaces presented a twice higher risk of progression when compared with inactive lesions. It was also observed that non-cavitated caries lesions in children presenting extensive caries lesions at the baseline had thrice higher risk of progression than in children with only initial caries lesions. Moreover, children with moderate or extensive caries lesions showed higher risk of having new caries lesions than caries free children. This effect was observed in children who were younger than three years old. When the variable outcome was the impact of oral health on quality of life, children who had new caries lesions presented worsening on quality of life when compared with children who had not developed new caries lesions, and this was related to the severity. Considering the different stages of dental caries on the longitudinal evaluation, only children with moderate or extensive caries lesions at the baseline presented worsening on the quality of life after two years. In conclusion, the additional criteria system to assess caries activity used with the ICDAS presents predictive and construct validity in primary teeth. Nevertheless, initial caries lesions generally present a low progression rate, and these lesions have higher risk of progression in children with at least one moderate or extensive caries lesion in other tooth. Other fact is that the presence of moderate or extensive caries lesions is an important predictor for caries incidence. Nonetheless, compared with caries-free children, children with only initial caries lesions apparently have higher risk of developing new caries lesions only at the earlier ages (up to three years old). In addition, it was observed that higher number of new caries lesions provokes worsening on quality of life of preschool children. However, presence of only initial caries lesions does not cause impact on quality of life after two years, but presence of moderate and extensive caries lesions does cause.
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Controle dos níveis pressóricos em pacientes hipertensos nos municípios de São Paulo e Campinas: um grande estudo transversal / Blood pressure control in hypertensive patients in the municipalities of São Paulo and Campinas: a large cross-sectional study

Francisco Flávio Costa Filho 27 July 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica é a principal causa evitável de morbimortalidade cardiovascular no mundo contemporâneo, principalmente nos países de baixa renda. Avaliações populacionais das taxas de sucesso no controle dessa entidade precisam ser instituídas e continuamente realizadas. A compreensão do comportamento epidemiológico da hipertensão arterial sistêmica em coortes contemporâneas é importante para o planejamento de novas medidas de intervenção populacional. O presente estudo visa, como objetivo primário, a avaliar a eficácia no controle da hipertensão arterial sistêmica e a determinar preditores independentes associados ao melhor controle pressórico, em uma população de hipertensos sob tratamento medicamentoso derivada do Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular. Como objetivo secundário, o estudo visa a avaliar a taxa de sujeitos sem diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica que apresentam a primeira medida pressórica alterada, assim como a determinar os preditores independentes desse achado. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, em que foram avaliados os participantes do Mutirão de Avaliação de Risco Cardiovascular dos municípios de São Paulo e Campinas. Foram incluídos nessa análise sujeitos com mais de 18 anos de idade, residentes nos municípios de São Paulo e Campinas. Para responder ao objetivo primário, foram analisados hipertensos com diagnóstico prévio e uso de medicamento anti-hipertensivo. Para responder ao objetivo secundário, foram analisados os sujeitos sem diagnóstico prévio de hipertensão e que não estavam em uso de medicações anti-hipertensivas. Utilizou-se análise multivariada para identificar preditores associados ao controle pressórico. RESULTADOS: Identificou-se 43.647 sujeitos hipertensos em uso de medicação, sendo que 40,9% destes estavam com níveis pressóricos controlados, considerando a meta de pressão arterial sistólica < 140 mmHg e pressão arterial diastólica < 90 mmHg. Entre os hipertensos não controlados, 42,5% apresentaram hipertensão arterial sistêmica em estágios II ou III (pressão arterial sistólica > 160 mmHg ou pressão arterial diastólica > 100 mmHg). Em análise multivariada, mostraram-se preditores independentes para melhor controle pressórico: idade < 60 anos [razão de chance (RC) 1,14, intervalo de confiança (IC) 95% 1,09-1,18], atividade física de moderada intensidade (RC 1,18, IC 95% 1,13-1,23), antecedente de doença cardiovascular (RC 1,09, IC 95% 1,04-1,13) e ingesta de frutas diariamente (RC 1,05, IC 95% 1,01-1,10). Mostraram-se preditores para controle pressórico inadequado: sexo masculino (RC 0,69, IC 95% 0,66-0,72), diabetes (RC 0,83, IC 95% 0,80-0,87), etnia negra (RC 0,88, IC 95% 0,83-0,94) ou parda (RC 0,92, IC 95% 0,87-0,97) em relação à branca e obesidade (RC 0,73, IC 95% 0,70-0,76). Entre 45.021 participantes sem diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica, 27,6% apresentaram a primeira medida pressórica elevada (pressão arterial > 140 x 90 mmHg). Mostraram-se preditores independentes para esse achado: sexo masculino (RC 2,05, IC 95% 1,96-2,15), idade > 60 anos (RC 1,88, IC 95% 1,78-1,98), etnia negra (RC 1,15, IC 95% 1,06-1,24) ou parda (RC 1,11, IC 95% 1,06-1,17) em relação à branca, obesidade (RC 2,08, IC 95% 1,98-2,19), diabetes (RC 1,09, IC 95% 1,01-1,18), antecedente de doença cardiovascular (RC 0,91, IC 95% 0,87-0,96) e atividade física de moderada intensidade (RC 0,87, IC 95% 0,83-0,92). CONCLUSÕES: Menos da metade dos hipertensos em tratamento estavam com seus níveis pressóricos controlados. Preditores independentes associados ao controle pressórico foram identificados, sendo três deles modificáveis. Estratégias populacionais devem ser implantadas para o controle efetivo desse importante fator de risco cardiovascular. / INTRODUCTION: Systemic arterial hypertension is the leading avoidable cause of cardiovascular morbidity and mortality in the contemporary world, mainly in low-income countries. Population evaluation of efficient strategies for blood pressure control should be implemented, and continually evaluated. Epidemiological understanding of systemic arterial hypertension in large cohorts plays important role for planning new interventions in the population level. The study objective is to evaluate the effectiveness of blood pressure control and to determine independent predictors, associated with better blood pressure control, in hypertensive patients on medical treatment from the Cardiovascular Risk Assessment in Sao Paulo and Campinas. The secondary objective is to access the rate of patients without previous diagnosis of systemic arterial hypertension in whom the blood pressure measurement is above recommended values, as well as determining independent predictors related with this finding. METHODS: The study design is an observational cross-sectional strategy in the municipalities of São Paulo and Campinas. Patients over the age of 18 living in São Paulo and Campinas, with previous diagnosis of systemic arterial hypertension and use of anti-hypertensive were included. Patients without previous diagnosis of hypertension and not using anti-hypertensive medication were also included. It was conducted a multivariate analysis to identify independent predictors associated with blood pressure control. RESULTS: We identified 43,647 hypertensive subjects on anti-hypertensive treatment. Of these 17,835 (40.9%) had controlled blood pressure levels, considering a target systolic blood pressure <140 mmHg and diastolic blood pressure < 90 mmHg. Among patients with uncontrolled hypertension, 42.5% were categorised as stage II or III hypertension (systolic blood pressure >=160 mmHg or diastolic BP >=100 mmHg). In a multivariate analysis, the following independent predictors were identified indicating better blood pressure control: age< 60 years [odds ratio (OR) 1.14, confidence interval (CI) 95% 1.09-1.18], moderate physical activity (OR 1.18, CI 95% 1.13-1.23), pre-existing atherosclerotic cardiovascular disease (OR 1.09, CI 95% 1.04-1.13) and daily consumption of fruit (OR 1.05, CI 95% 1.01-1.10). Predictors of poorer BP control were male sex (OR 0.69, CI 95% 0.66-0.72), diabetes mellitus (OR 0.83, CI 95% 0.80-0.87), African ethnicity (OR 0.88, CI 95% 0.83-0.94) or mixed African ethnicity (OR 0.92, CI 95% 0.87- 0.97) when compared to Caucasian ethnicity, obesity (OR 0.73, CI 95% 0.70-0.76). Among 45,021 participants without previous diagnosis of hypertension, 27.6% presented abnormal levels of blood pressure at the first measurement (BP >= 140/90 mmHg). The following independent predictors were identified: male sex (OR 2.05, CI 95% 1.96-2.15), age > 60 years (OR 1.88 CI 95% 1.78-1.98), African ethnicity (OR 1.15, CI 95% 1.06-1.24) or mixed African ethnicity (OR 1.11, CI 95% 1.06-1.17) when compared to Caucasian, obesity (OR 2.08, CI 95% 1.98-2.19), diabetes (OR 1.09, CI 95% 1.01-1.18), previous history of cardiovascular disease (OR 0.91, CI 95% 0.87-0.96) and moderate physical activity (OR 0.87, CI 95% 0.83-0.92). CONCLUSIONS: Less than half of hypertensive patients in treatment had controlled blood pressure. Independent predictors associated with blood pressure control were identified and three of them are modifiable. Population strategies should be implemented for effective control of this clinically relevant cardiovascular risk factor.
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Avaliação da motilidade esofágica em pacientes idosos e comparação com indivíduos não idosos, ambos sintomáticos nas doenças esofágicas / Evaluation of esophageal motility in elderly patients and comparison with elderly individuals, both symptomatic in esophageal diseases

Kunen, Lúcia Cláudia Barcellos 07 June 2016 (has links)
Introdução: Desde a década de 1960 diversos estudos tentam demonstrar o efeito do envelhecimento na motilidade esofágica, com resultados e populações estudadas discordantes. Objetivos: Avaliar os resultados manométricos em pacientes idosos (>= 60 anos) e comparálos com os achados manométricos de pacientes < 60 anos, correlacionando-os com dados clínicos e exames diagnósticos. Analisar os resultados manométricos do grupo idoso estratificando-os por década e compará-los entre si e com os resultados do grupo não idoso. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, realizado em hospital terciário da cidade de São Paulo, com avaliação de prontuários dos pacientes que realizaram manometria esofágica de janeiro de 2003 a dezembro de 2011. Foram incluídos: idosos (>= 60 anos) e controles não idosos ( < 60 anos) de ambos os sexos. Os critérios de inclusão foram idade >= 18 anos com indicação para manometria esofágica. Foram excluídos se submetidos à cirurgia prévia do trato gastrointestinal (gastrectomia, esofagectomia, miotomia esofágica, fundoplicatura), à procedimentos endoscópicos prévios (dilatação esofágica, injeção de toxina botulínica) e/ou ausência de endoscopia digestiva alta prévia até um ano antes do procedimento. Esses foram avaliados quanto ao sexo, queixa principal para indicação da manometria esofágica, comorbidades, medicações em uso, tabagismo, etilismo, e resultado da endoscopia, da manometria esofágica e da pHmetria de 24 horas. Os dados estatísticos foram analisados com o software SPSS versão 19. Resultados: O estudo incluiu 1175 pacientes (936 idosos e 239 não idosos) com idade entre 19 a 92 anos, sendo 76,5% do sexo feminino no grupo idoso e 72,8% no não idoso. Eram tabagistas ativos 6,1% no grupo idoso e 15,5% no não idoso. Os grupos não diferiram quanto ao etilismo (p=0,412). Disfagia (20,7%) e tosse (12%) foram as queixas mais frequentes no grupo idoso e pirose (57,3%), regurgitação (28,5%) e disfonia (13,8%) no não idoso. Hipertensão Arterial Sistêmica, dislipidemia, osteoartrose, osteoporose, Diabetes Melito, cardiopatia, neoplasia e dispepsia foram as doenças mais frequentes no grupo idoso, e pacientes sem doenças no não idoso. Outros medicamentos, diuréticos, inibidores da enzima conversora da angiotensina, antiinflamatórios não-esteroidais, ácido acetil salicílico, hipoglicemiante, ?-bloqueador, bloqueador do canal do cálcio, hipolipemiante, bifosfonado e cálcio foram as medicações mais frequentes utilizadas por idosos, e nenhuma medicação mais frequente no grupo não idoso. Hérnia hiatal e outros achados foram os resultados de endoscopia do grupo idoso mais frequentes, e resultado Normal e esofagite erosiva grau I de Savary-Miller mais frequentes no não idoso. Na pHmetria, o grupo idoso apresentou médias maiores de DeMeester e % total do tempo com pH < 4,0. Os resultados de exame de Manometria relaxamento do esfíncter inferior do esôfago normal (91,1% vs 84,8%) e peristalse normal (87,4% vs 76%) foram mais frequentes no grupo não idoso. Na conclusão da manometria foram encontrados: Acalásia em 5,9% no grupo idoso e 2,9% no não idoso; Distúrbio Hipercontrátil em 10,4% no grupo idoso e 9,2% no não idoso; Distúrbio Hipocontrátil em 47,6% no grupo idoso e 28,5% no não idoso; e resultado Normal em 36,1% no grupo idoso e 49,4% no não idoso. Quando estratificados por década, os grupos evidenciaram resultados semelhantes à comparação entre idoso e não idoso quanto ao sexo, tabagismo, etilismo, queixas principais, doenças associadas, medicações em uso, e resultados da endoscopia, da pHmetria e da manometria (menor percentual de resultado Normal e maior percentual de Distúrbio Hipocontrátil no grupo idoso; p=0,007). Mesmo quando se excluiu as variáveis que poderiam alterar a motilidade esofágica e as que apresentaram diferença estatisticamente significativa, em relação à conclusão da manometria, se manteve o menor percentual de resultado Normal e maior percentual de Distúrbio Hipocontrátil no grupo idoso em relação ao não idoso. Conclusão: O grupo idoso em relação ao não idoso evidenciou menor percentual de pressão média do corpo esofágico, peristalse normal e relaxamento do esfíncter inferior do esôfago normal. Quanto à conclusão da manometria o grupo idoso apresentou menor percentual de resultado Normal e maior de Distúrbio Hipocontrátil. Mesmo após exclusão das variáveis que poderiam alterar a motilidade esofágica a diferença quanto à conclusão da manometria se manteve. Na estratificação por década (\"60 a 69 anos\", \"70 a 79 anos\" e \">= 80 anos\") na conclusão da manometria houve menor percentual de resultado Normal e maior de Distúrbio Hipocontrátil em relação aos não idosos, porém os grupos idosos não diferiram entre si / Introduction: Since the 1960 several studies attempt to demonstrate the effect of aging on esophageal motility, with results and dissenting populations studied. Objectives: to evaluate the manometric results in elderly patients ( >= 60 years) and compare them with the manometric findings of patients < 60 years, correlating with clinical data and diagnostic tests. Analyze the manometric results of the elderly group stratifying them by decade and compare them with each other and with the non-elderly group. Methods: a retrospective, cross-sectional study, conducted in a tertiary hospital in the city of São Paulo, with evaluation of medical records of patients who performed esophageal manometry of January 2003 to December 2011. Were included: elderly ( >= 60 years) and non-elderly controls ( < 60 years) of both sexes. Inclusion criteria were age >= 18 years with an indication for esophageal manometry. Were excluded if prior surgery of the gastrointestinal tract (gastrectomy, esophagectomy, esophageal myotomy, fundoplication), the prior endoscopic procedures (esophageal dilation, injection of botulinum toxin) and/or absence of upper gastrointestinal endoscopy prior to one year before the procedure. These were assessed as to sex, chief complaint about indication of esophageal manometry, comorbidities, medications in use, smoking, alcoholism, and result of the endoscopy, esophageal manometry and pHmetry. The statistical data were analyzed with SPSS software version 19. Results: the study included 1175 patients (936 elderly and 239 non-elderly) aged between 19 to 92 years, with 76.5% female in the elderly group and 72.8% in the non-elderly. Were smokers 6.1% in the elderly group and 15.5% in the non-elderly. The groups did not differ with regard to alcoholism (p = 0.412). Dysphagia (20.7%) and cough (12%) were the most frequent complaints in the elderly group and heartburn (57.3%), regurgitation (28.5%) and dysphonia (13.8%) in the non-elderly. Hypertension, dyslipidemia, osteoarthritis, osteoporosis, Diabetes Mellitus, heart disease, neoplasia, and dyspepsia were the most frequent diseases in the elderly group and patients without disease in non-elderly. Other medications, diuretics, angiotensin-converting enzyme inhibitors, nonsteroidal anti-inflammatory medications, acetylsalicylic acid, hypoglycemic, beta-blocker, calcium channel blocker, hypolipidemic, biphosphonate and calcium were the most frequently used medications for the elderly, and any medication more often in the non-elderly group. A hiatal hernia and other findings were the results of endoscopy more frequent of the elderly group, and Normal result and Erosive Esophagitis grade I of Savary-Miller more frequent in nonelderly. In pHmetry, the elderly group presented higher averages DeMeester and % total time with pH < 4.0. The results of manometry test relaxation of the lower esophageal sphincter (91.1% vs. 84.8%) and normal peristalsis (87.4% vs. 76%) were more frequent in the non-elderly group. At the conclusion of the manometry were found: achalasia in 5.9% in the elderly group and 2.9% in the non-elderly; Hipercontrátil disorder in 10.4% in the elderly group and 9.2% in non-elderly; Hipocontrátil disorder in 47.6% in the elderly group and 28.5% in non-elderly; and Normal result in 36.1% in the elderly group and 49.4% in non-elderly. When stratified by decade, the groups showed similar results to the comparison between elderly and non-elderly as sex, smoking, alcoholism, main complaints, associated diseases, medications in use, and the results of pHmetry, endoscopy and manometry (lower percentage of Normal result and higher percentage of Hipocontrátil Disorder in the elderly group; p = 0.007). Even when deleted the variables that could alter the esophageal motility and that showed statistically significant difference, in relation to the conclusion of manometry, remained the lowest percentage of Normal result and higher percentage of Hipocontrátil Disorder in the elderly group in relation to the non-elderly. Conclusion: The elderly group in relation to the non-elderly showed lower percentage of average pressure of esophageal body, normal peristalsis and normal relaxation of the lower esophageal sphincter. As to the conclusion of the manometry the elderly group showed lower percentage of Normal result and higher Hipocontrátil Disorder. Even after exclusion of variables that could change the esophageal motility the difference regarding the completion of manometry remained. In the stratification by decade (\"60 to 69 years,\" \"70 to 79 years\" and \">= 80 years\") at the conclusion of the manometry there was less Normal result and higher percentage of Hipocontrátil Disorder in relation to the non-elderly, but the elderly groups did not differ among themselves
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Impacto da transfusão alogênica perioperatória na incidência de complicações em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca / The impact of perioperative allogeneic blood transfusion on the incidence of complications in patients undergoing cardiac surgery: a retrospective cohort study

Zeferino, Suely Pereira 29 September 2016 (has links)
OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi avaliar se a transfusão de hemácias no intraoperatório de cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea está associada a complicações clínicas incluindo choque cardiogênico, arritmia, insuficiência renal aguda, isquemia miocárdica, choque séptico, necessidade de reintubação orotraqueal, acidente vascular cerebral ou mortalidade durante a internação hospitalar. DESENHO: Estudo clínico de coorte retrospectivo e unicêntrico com escore de propensão, realizado no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. PACIENTES: Pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca eletiva com circulação extracorpórea no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2008. DESFECHO PRIMÁRIO: Complicações clínicas durante a internação hospitalar (choque cardiogênico, arritmia, insuficiência renal aguda, isquemia miocárdica, choque séptico, necessidade de reintubação orotraqueal, acidente vascular cerebral ou mortalidade hospitalar). DESFECHO SECUNDÁRIO: 1- Avaliar o efeito da transfusão de hemácias no intraoperatório no tempo livre de inotrópicos e vasopressores, tempo de ventilação mecânica e tempo de permanência na UTI e internação hospitalar. 2- Avaliar o efeito do número das unidades de hemácias transfundidas no intraoperatório na ocorrência de mortalidade hospitalar, choque cardiogênico, arritmia, isquemia miocárdica, choque séptico, acidente vascular cerebral e reintubação orotraqueal. 3- Avaliar o efeito da anemia à admissão e durante internação hospitalar na ocorrência de complicações pós-operatórias. INTERVENÇÃO: Não houve intervenção. RESULTADOS: Foram incluídos 2851 pacientes na análise final, dos quais 1471(51,6%) foram expostos a transfusão de hemácias e 1380 (48,4%) não receberam transfusão no intraoperatório. Os pacientes transfundidos apresentaram maior incidência das seguintes complicações: mortalidade (2,1% vs 0,4%, P < 0,001), insuficiência renal aguda (9,1% vs 3,9%, P<0,001), reintubação orotraqueal (3,8% vs 1,4%, P < 0,001) e choque séptico (2,2% vs 0,4%, P < 0,001). Os pacientes transfundidos também apresentaram maior tempo de internação hospitalar [16 dias (12-23) vs 13 dias (9-18), P < 0,001] e em unidade de terapia intensiva [3 dias (2-6) vs 2 dias (2-4), P < 0,001]. A concentração da hemoglobina menor que 9 g/dL ocorreu em 1847 pacientes (64,7%) durante a internação hospitalar e foi associada a maior risco de insuficiência renal aguda e de acidente vascular cerebral. O escore de propensão identificou 588 pacientes pareados em relação à exposição à transfusão, e essa análise demonstrou que a transfusão intraoperatória de hemácias não aumentou a ocorrência de complicações no período de internação hospitalar. Contudo a transfusão de 4 ou mais unidades de hemácias está associada a maior ocorrência de mortalidade hospitalar, choque cardiogênico e IRA, maior incidência de reintubação orotraqueal, choque séptico e AVC. Além de uma relação direta entre as unidades de hemácias transfundidas e a ocorrência de morte. CONCLUSÃO: Esse estudo observacional demonstrou que a anemia é frequentemente detectada no pós-operatório de cirurgia cardíaca, e está associada a maior incidência de complicações. Além disso, a transfusão de hemácias no intraoperatório não modifica a ocorrência das complicações pós-operatórias em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. No entanto a transfusão de 4 ou mais hemácias está associada a maior incidência de complicações clínicas, além de uma relação dose-dependente. Estratégias como detecção precoce de anemia e emprego de técnicas alternativas à transfusão no manejo devem ser estimuladas no ambiente perioperatório / OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate whether the transfusion of red blood cells in the intraoperative cardiac surgery with extracorporeal circulation is associated with complications after cardiac surgery. DESIGN: A retrospective cohort study with a propensity score analysis, performed at Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. PATIENTS: Adult patients undergoing elective cardiac surgery with cardiopulmonary bypass in the period of January to 2008 December. PRIMARY OUTCOME: Clinical complications during hospital stay (cardiogenic shock, arrhythmia, cardiogenic shock, acute kidney injury, myocardial ischemia, septic shock, tracheal reintubation, stroke or hospital mortality). SECONDARY OUTCOME: 1- Evaluate the effect of intraoperative red blood cell transfusion in inotropic and vasopressor free time, mechanical ventilation time, length of ICU stay and hospital stay. 2- Evaluate the effect of the number of units of transfused red blood cells intraoperatively on the occurrence of hospital mortality, cardiogenic shock, arrhythmia, myocardial ischemia, septic shock, stroke and orotracheal reintubation. 3- Evaluate the effect of anemia on admission and during hospitalization in the occurrence of postoperative complications. RESULTS: In the final analysis, 2851 patients were included. Of these patients, 1471(51.6%) were exposed to red blood cell transfusion (RBC) and 1380 (48.4%) were not exposed to RBC during intraoperative. Transfused patients had higher incidence of the following complications: mortality (2.1% vs. 0.4%, P < 0.001), acute kidney injury (9.1% vs. 3.9%, P < 0,001), tracheal reintubation (3.8% vs. 1.4%, P < 0.001) and septic shock (2.2% vs. 0.4%, P < 0.001). Transfused patients also had a longer length of hospital stay [16 days (12-23) vs. 13 days (9-18), P<0.001] and prolonged intensive care unit stay [3 days (2-6) vs. 2 days (2-4), P < 0.001]. Hemoglobin lower than 9 g/dL was found in 1847 patients (64.7%) during hospital stay and was associated to a higher risk of acute kidney injury and stroke. The propensity score identified 588 paired patients in relation to transfusion exposure, and this analysis demonstrated that intraoperative transfusion of red blood cells did not increase the occurrence of complications during hospitalization. However, transfusion of 4 or more units of red blood cells is associated with a higher occurrence of hospital mortality, cardiogenic shock and acute renal failure, a higher incidence of orotracheal reintubation, septic shock and stroke. In addition to a direct relationship between the units of transfused red blood cells and the occurrence of death. CONCLUSIONS: This observational study demonstrated that anemia is frequently detected in the postoperative period of cardiac surgery, and is associated with a higher incidence of complications. In addition, red blood cell transfusion in the intraoperative does not modify the occurrence of postoperative complications in patients undergoing cardiac surgery. However, transfusion of 4 or more erythrocytes is associated with a higher incidence of clinical complications, in addition to a dose-dependent relationship. Strategies such as early detection of anemia and use of alternative techniques to transfusion in management should be stimulated in the perioperative environment
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Impacto do envelhecimento populacional no atendimento de emergência / The impact of population aging on the emergency department

João Carlos Pereira Gomes 03 December 2018 (has links)
Introdução: O estrato da população com 60 anos ou mais está crescendo mais rapidamente do que grupos etários mais jovens em todo o mundo. Há um aumento desproporcional nas visitas de idosos aos serviços médicos de emergência (SME), com taxas mais altas de resultados adversos. Objetivos: Descrever as características sociodemográficas do usuário do SME de um hospital terciário e investigar diferenças nos desfechos por sexo e idade. Desenho: Estudo analítico observacional transversal. Fonte de dados: Dados administrativos eletrônicos de saúde (2009 a 2013). Local do estudo: Pronto-Socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas, São Paulo, Brasil. Participantes: 222.387 adultos que visitaram o serviço de emergência terciária uma ou mais vezes durante o período. Métodos: As principais variáveis categóricas foram sexo, ano e faixa etária, que incluiu \"adultos jovens\": 18 a 39 anos; \"adultos maduros\": 40-59; \"idosos jovens\": 60-79; e \"muito idosos\": 80- 109. As variáveis contínuas foram idade, tempo de internação e tempo de permanência na UTI. Os desfechos foram hospitalização, estadia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e óbito. Análise estatística: Calculamos a estatística descritiva; em seguida, construímos modelos lineares mistos generalizados (GLMM) para cada desfecho e estimamos as razões de chances (odds ratios - OR) com intervalo de confiança de 95% para as variáveis categóricas independentes. O nível de significância foi estabelecido em 5%, com correção de Bonferroni. Resultados: Analisamos 333.028 atendimentos consecutivos não programados no SME. A proporção dos atendimentos atribuídos aos adultos jovens diminuiu anualmente (44,4% para 38,2%), enquanto a de pessoas com 60 anos ou mais aumentou (24,1% para 29,9%). Os OR para internação, internação em UTI e mortalidade associada a idosos foram 3,49 (IC 95% = 3,15-3,87), 1,27 (1,15-1,39) e 5,93 (5,29-6,66) respectivamente, tendo como referência adultos jovens. O sexo masculino foi discretamente associado a hospitalização (OR= 1.37, IC 95%=1,30-1,44) e a mortalidade (OR=1.14, IC 95%=1,07-1,21). O tempo de permanência na UTI e o tempo de internação não diferiram entre os grupos etários. Conclusões: Entre 2009 e 2013, diminuiu a proporção de visitas dos adultos jovens no SME, enquanto a das pessoas com 60 anos ou mais cresceu. As taxas de hospitalização e de mortalidade aumentaram com a idade em ambos os sexos. A idade é um fator de risco relevante para hospitalização e mortalidade, mas não para internação em UTI. Os muito idosos correm maior risco e demandam estratificação adicional em subgrupos / Background: The stratum of the population aged 60 years or over is growing faster than younger age-groups worldwide. There is a disproportional increase in Emergency Department (ED) visits by older people, with higher rates of adverse outcomes. Objectives: To describe the sociodemographic characteristics of ED users in a tertiary hospital and to investigate differences in outcomes by sex and age. Design: Observational cross-sectional analytic study. Data source: Administrative electronic health data (2009 to 2013). Setting: The ED of the Instituto Central do Hospital das Clínicas, São Paulo, Brazil. Participants: 222,387 adults who visited the tertiary ED one or more times during the period. Measurements: The main categorical variables were sex, year and age-group, which included \'young adults\': 18-39 years; \'adults\': 40-59; \'young-older adults\': 60-79; and \'old-older adults\': 80- 109. The continuous variables were age, length of hospital stay (LOS) and length of Intensive Care Unit stay (LIS). Outcomes were hospitalization, use of intensive care unit (ICU) and mortality. Statistical analysis: We calculated descriptive statistics; then, built generalized linear mixed models for each outcome to produce estimated Odds Ratios (95% confidence interval) for independent categorical variables. The significance level was 5% with Bonferroni correction. Results: We analyzed 333,028 consecutive unscheduled ED visits. The proportion of visits attributed to young adults decreased annually (44.4% to 38.2%), while those of people aged 60 or over increased (24.1% to 29.9%). ORs for hospitalization, intensive care use and mortality associated with old-older adults were 3.49 (95% CI= 3.15-3.87), 1.27 (1.15-1.39) and 5.93 (5.29-6.66) respectively, with young adults as the reference. Male sex was weakly associated with hospitalization (OR= 1.37, 95%CI=1,30-1,44) and mortality (OR=1.14, 95%CI=1,07-1,21). LOS and LIS did not differ among age groups. Conclusions: Between 2009 and 2013, the proportion of \'young adults\' ED visits reduced while those of people aged 60 or over increased. Hospitalization, ICU stay and mortality rates increased with age. Age is an important risk factor for hospitalization and mortality, but not for ICU admission. Old-older people are at the greatest risk and demand further subgroup stratification
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Impacto do envelhecimento populacional no atendimento de emergência / The impact of population aging on the emergency department

Gomes, João Carlos Pereira 03 December 2018 (has links)
Introdução: O estrato da população com 60 anos ou mais está crescendo mais rapidamente do que grupos etários mais jovens em todo o mundo. Há um aumento desproporcional nas visitas de idosos aos serviços médicos de emergência (SME), com taxas mais altas de resultados adversos. Objetivos: Descrever as características sociodemográficas do usuário do SME de um hospital terciário e investigar diferenças nos desfechos por sexo e idade. Desenho: Estudo analítico observacional transversal. Fonte de dados: Dados administrativos eletrônicos de saúde (2009 a 2013). Local do estudo: Pronto-Socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas, São Paulo, Brasil. Participantes: 222.387 adultos que visitaram o serviço de emergência terciária uma ou mais vezes durante o período. Métodos: As principais variáveis categóricas foram sexo, ano e faixa etária, que incluiu \"adultos jovens\": 18 a 39 anos; \"adultos maduros\": 40-59; \"idosos jovens\": 60-79; e \"muito idosos\": 80- 109. As variáveis contínuas foram idade, tempo de internação e tempo de permanência na UTI. Os desfechos foram hospitalização, estadia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e óbito. Análise estatística: Calculamos a estatística descritiva; em seguida, construímos modelos lineares mistos generalizados (GLMM) para cada desfecho e estimamos as razões de chances (odds ratios - OR) com intervalo de confiança de 95% para as variáveis categóricas independentes. O nível de significância foi estabelecido em 5%, com correção de Bonferroni. Resultados: Analisamos 333.028 atendimentos consecutivos não programados no SME. A proporção dos atendimentos atribuídos aos adultos jovens diminuiu anualmente (44,4% para 38,2%), enquanto a de pessoas com 60 anos ou mais aumentou (24,1% para 29,9%). Os OR para internação, internação em UTI e mortalidade associada a idosos foram 3,49 (IC 95% = 3,15-3,87), 1,27 (1,15-1,39) e 5,93 (5,29-6,66) respectivamente, tendo como referência adultos jovens. O sexo masculino foi discretamente associado a hospitalização (OR= 1.37, IC 95%=1,30-1,44) e a mortalidade (OR=1.14, IC 95%=1,07-1,21). O tempo de permanência na UTI e o tempo de internação não diferiram entre os grupos etários. Conclusões: Entre 2009 e 2013, diminuiu a proporção de visitas dos adultos jovens no SME, enquanto a das pessoas com 60 anos ou mais cresceu. As taxas de hospitalização e de mortalidade aumentaram com a idade em ambos os sexos. A idade é um fator de risco relevante para hospitalização e mortalidade, mas não para internação em UTI. Os muito idosos correm maior risco e demandam estratificação adicional em subgrupos / Background: The stratum of the population aged 60 years or over is growing faster than younger age-groups worldwide. There is a disproportional increase in Emergency Department (ED) visits by older people, with higher rates of adverse outcomes. Objectives: To describe the sociodemographic characteristics of ED users in a tertiary hospital and to investigate differences in outcomes by sex and age. Design: Observational cross-sectional analytic study. Data source: Administrative electronic health data (2009 to 2013). Setting: The ED of the Instituto Central do Hospital das Clínicas, São Paulo, Brazil. Participants: 222,387 adults who visited the tertiary ED one or more times during the period. Measurements: The main categorical variables were sex, year and age-group, which included \'young adults\': 18-39 years; \'adults\': 40-59; \'young-older adults\': 60-79; and \'old-older adults\': 80- 109. The continuous variables were age, length of hospital stay (LOS) and length of Intensive Care Unit stay (LIS). Outcomes were hospitalization, use of intensive care unit (ICU) and mortality. Statistical analysis: We calculated descriptive statistics; then, built generalized linear mixed models for each outcome to produce estimated Odds Ratios (95% confidence interval) for independent categorical variables. The significance level was 5% with Bonferroni correction. Results: We analyzed 333,028 consecutive unscheduled ED visits. The proportion of visits attributed to young adults decreased annually (44.4% to 38.2%), while those of people aged 60 or over increased (24.1% to 29.9%). ORs for hospitalization, intensive care use and mortality associated with old-older adults were 3.49 (95% CI= 3.15-3.87), 1.27 (1.15-1.39) and 5.93 (5.29-6.66) respectively, with young adults as the reference. Male sex was weakly associated with hospitalization (OR= 1.37, 95%CI=1,30-1,44) and mortality (OR=1.14, 95%CI=1,07-1,21). LOS and LIS did not differ among age groups. Conclusions: Between 2009 and 2013, the proportion of \'young adults\' ED visits reduced while those of people aged 60 or over increased. Hospitalization, ICU stay and mortality rates increased with age. Age is an important risk factor for hospitalization and mortality, but not for ICU admission. Old-older people are at the greatest risk and demand further subgroup stratification

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