O período pré-natal é uma época de preparação física e psicológica para o parto e a maternidade e, como tal, é um momento de intenso aprendizado e oportunidade para os profissionais da equipe de saúde desenvolverem a educação
como dimensão do processo de cuidar. O Ministério da Saúde preconiza que a atenção obstétrica e neonatal prestada pelos serviços de saúde deve ter como características essenciais o acolhimento, a qualidade e a humanização; o profissional deve ser um instrumento para que a gestante adquira autonomia no agir, aumentando a capacidade de enfrentar situações de estresse e crise, e decida sobre a vida e a saúde. Entre os procedimentos do pré-natal, importância especial precisa
ser dada a um conjunto de orientações sobre questões ligadas aos cuidados durante a gestação e com o bebê, que vão desde as recomendações para o aleitamento materno até as relativas ao uso de medicamentos durante a gestação. Isso só se
torna possível quando o profissional escuta as queixas e dúvidas apresentadas pelas mulheres. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a percepção das mulheres sobre o atendimento recebido no pré-natal, parto e pós-parto, avaliar as práticas assistenciais voltadas ao acolhimento, humanização e integralidade, e conhecer as representações de acolhimento, humanização e integralidade da assistência articuladas pelos profissionais de saúde envolvidos no atendimento às mulheres. Por fim, são analisadas as representações profissionais sobre as
necessidades e práticas no atendimento às demandas reais das mulheres. A análise comparou sobretudo as narrativas das mulheres com as diretrizes preconizadas para o pré-natal na perspectiva da construção da integralidade e da autonomia das
mulheres. As narrativas das entrevistadas mostraram a ausência de sistematização na assistência pré-natal, com grande diversidade de posturas dos profissionais. Muitos temas que deveriam ser objeto de conversa durante o pré-natal não foram
tratados nos atendimentos, e diversas mulheres utilizaram outras fontes de informação que não os serviços de saúde para sanar suas dúvidas. Na conclusão, destaca-se a dificuldade de praticar de modo eficaz as orientações preconizadas no
pré-natal, e busca-se, a partir das pistas obtidas ao longo do trabalho, indicar possíveis fatores-chave para a superação dessa dificuldade. / The prenatal period is a time of physical and psychological preparation for birth and motherhood, and as such, is a time of intense learning and opportunity for professionals in the health care team to develop education as a dimension of caregiving. The Ministry of Health recommends that the obstetric and neonatal care provided by health services should have the essential characteristics of receptiveness, quality and humanization; the professional must be a vehicle to provide the pregnant woman with autonomy in action, increasing the ability to face stressing situations and crises, and to decide on her life and health. Among the
procedures of prenatal care, special importance must be given to a set of guidelines on issues related to care during pregnancy and the baby care, ranging from recommendations for breastfeeding to those relating to the use of medications during pregnancy. This is possible only when the professional listens to complaints and questions submitted by women. This research aims to analyze the women's perceptions of the care they received during prenatal care, childbirth and postpartum care practices, to evaluate health care directed to receptiveness, humanization and integral care, and to know the representations on receptiveness, humanized and comprehensive care provided by health professionals envolved in the womens care. Finally, we analyze the professional performances on the needs and practices in
meeting those womens real demands. The analysis compared the narratives of women with the guidelines recommended for prenatal care in connection with the construction of integral care and the empowerment of women. The narratives of the interviewees showed a lack of systematization in prenatal care, with great diversity of attitudes of professionals. Many issues which should be the subject of conversation during the prenatal period were not treated during the sessions, and several women used other sources of information other than health services for their doubts. In conclusion, we highlight the difficulty of engaging more effectively with the guidelines outlined in pre-natal care, and based on the clues obtained during the work, we seek
to indicating possible key factors for overcoming this difficulty.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:3406 |
Date | 17 November 2009 |
Creators | Luciana Cristina Rafael Ognibeni |
Contributors | Ruben Araújo de Mattos, Rosângela Caetano, Kenneth Rochel de Camargo Junior, Maria Auxiliadora de Souza Mendes Gomes |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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