RAMOS FILHO, Vagner Silva. Século Virgulino: o cangaço nas (con)fusões da memória entre comemorações de Lampião no tempo presente. 2017. 238f.– Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em História, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-05-24T15:40:14Z
No. of bitstreams: 1
2017_dis_vsramosfilho.pdf: 3725643 bytes, checksum: bc2f8b74c6ffc51ba342508b370d4033 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2017-05-25T10:53:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2017_dis_vsramosfilho.pdf: 3725643 bytes, checksum: bc2f8b74c6ffc51ba342508b370d4033 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-25T10:53:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2017_dis_vsramosfilho.pdf: 3725643 bytes, checksum: bc2f8b74c6ffc51ba342508b370d4033 (MD5)
Previous issue date: 2017 / This paper aims at contributing to the discussion on the culture of the contemporary memory of cangaço. The cangaço, a banditry phenomenon experienced between the second half of the nineteenth century and the first half of the twentieth century in the Brazilian Northeast, ended decades ago, but its memory survived in several cultural backgrounds. The expansion of this controversy memory’s reframing movement, understood as a regional result of an ever-present past, due to carrying in its heart the dilemma of remembering or forgetting, raises intense questioning, especially regarding the different validations that make it a claimed, dissonant and contested cultural heritage. The research goes over its agreements and conflicts between the 1980s and 2010, whose inflection point are the celebrations of Lampião’s birth centenary in the late 1990s, in a fragment marked particularly by the celebrations to this cangaceiro’s death – its fiftieth anniversary ( 1988), sixtieth (1998) and seventieth (2008). The main objective is to question this memories analyzing its (con)fusions in a strengthening period in the public scenario; their battles on centenary celebrations; and its celebrative cults in the festival’s calendar created after the event. The study of these Cangaço’s Memory, in close relationship with the northeastern time, discusses temporal pieces that claim ruptures, continuities and other branches in the imaginary land of the said regional identities. Starting especially with the assumption of the History of Memory, we examine institutions’ performances, groups and individuals, such as former bandits (cangaceiros), family, popular artists, filmmakers, chroniclers, victims, intellectuals and journalists, through some historical sources - focused in the press, but also articulating with official projects, books, twine, brochures, photographs, movies and interviews – which allow us to think about the problems raised. This paper is developed in the Research Group on Heritage and Memory (GEPPM-UFC/CNPq). / A pesquisa aborda o debate público em torno da cultura da memória do cangaço no tempo presente. O cangaço, fenômeno de banditismo vivenciado entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX na região do Nordeste brasileiro, acabou há décadas, mas sua memória sobreviveu em diversos meios culturais. A dilatação do movimento de ressignificação dessa controversa memória, entendida como produto de “passado que não quer passar” regional por carregar em seu cerne o dilema do lembrar ou esquecer, suscita intensa indagação, sobretudo referente às diferentes valorações que a tornam um patrimônio cultural nordestino reivindicado, dissonante e contestado. A análise desdobra olhares para os seus acordos e conflitos entre as décadas de 1980 e 2010, cujo ponto de inflexão são as comemorações ao centenário de nascimento do cangaceiro Lampião no final dos anos 1990, num recorte balizado particularmente por suas celebrações de morte - cinquentenário (1988), sexagenário (1998) e septuagenário (2008). O objetivo estruturante é interpelar essa memória analisando as suas (con)fusões em período de fortalecimento no cenário público; as suas batalhas nas (contra)comemorações do referido centenário; e os seus (o)cultos celebrativos no calendário festivo surgido após tal efeméride. O estudo desses trabalhos da memória do cangaço em relação intrínseca com a temporalidade nordestina problematiza estratos temporais que reivindicam rupturas, permanências e demais ramificações no terreno imaginário das ditas identidades regionais. Desenvolvida no âmbito do Grupo de Estudo e Pesquisa em Patrimônio e Memória (GEPPM-UFC/CNPq), a investigação parte dos pressupostos da História da Memória para examinar atuações de instituições, grupos e indivíduos, tais como ex-cangaceiros, familiares, artistas populares, cineastas, memorialistas, vítimas, intelectuais e jornalistas, através de algumas fontes históricas - com enfoque na grande imprensa, mas na articulação com projetos oficiais, livros, cordéis, panfletos, fotografias, filmes e entrevistas - que permitem pensar os problemas suscitados.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/22856 |
Date | January 2017 |
Creators | Ramos Filho, Vagner Silva |
Contributors | Nogueira, Antonio Gilberto Ramos |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0033 seconds