Orientadores: Ilza Maria Urbano Monteiro, Maria Yolanda Makuch / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-28T02:22:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: INTRODUÇÃO: Sangramento menstrual abundante (SMA) é uma queixa comum entre as mulheres e pode comprometer a qualidade de vida (QV), além de levar à diminuição da concentração sérica de hemoglobina (Hb), causando anemia e fadiga. OBJETIVO: Verificar a prevalência de anemia, taxas baixas de ferro e ferritina entre as mulheres com e sem SMA, e comparar a QV e fadiga em mulheres anêmicas e não anêmicas com SMA confirmada. MÉTODOS: Foram realizados dois cortes transversais em mulheres com queixa de SMA, entre 18 e 55 anos, atendidas no Ambulatório de Hemorragia Uterina da UNICAMP. No primeiro estudo, foi realizada uma revisão de prontuários das mulheres atendidas entre 2011 e 2014 e extraídos os dados sobre os sintomas e hemograma. As mulheres foram divididas em três grupos: SMA (n=160), sem SMA (n=45), confirmados pelo Pictorial Blood Loss Assessment Chart (PBAC), e SMA subjetivo (n=160) sem confirmação do PBAC. No segundo estudo, entre 2013 e 2014, as mulheres com SMA confirmado pelo PBAC responderam a uma ficha de avaliação, ao questionário SF-36, à escala de fadiga FACIT-F e realizaram hemograma. Foram formados dois grupos: com anemia (GCA) apresentando níveis de Hb sérica menor que 12 g/dL (n=24) e sem anemia (GSA) com níveis de Hb sérica maior ou igual a 12 g/dL (n=51). RESULTADOS: No primeiro estudo os níveis médios de Hb e ferro séricos estiveram em torno do normal e semelhantes nos três grupos, enquanto os níveis de ferritina sérica foram mais baixos no grupo SMA. As frequências de anemia foram 33,1%, 28,9% e 40% nos grupos SMA, sem SMA e SMA subjetivo, respectivamente, sem diferenças significativas. Da mesma forma, não houve diferença significativa nos percentuais de mulheres com níveis de ferro e ferritina séricos baixos. No segundo estudo, as médias de Hb, ferro e ferritina séricos foram significativamente menores no GCA. Apesar do resultado médio de ferro e ferritina séricos nos dois grupos estarem dentro da normalidade, a frequência de mulheres com ferro e ferritina séricos baixos foi maior no GCA. No questionário SF-36 não houve diferença significativa entre os grupos, com variação de escore entre 20 e 63 nos oito domínios. O escore da escala de fadiga FACIT-F também não teve diferença significativa entre os grupos (26,3 no GCA e 30,6 no GSA), mas no GCA o escore foi abaixo de 30, ou seja, apresentou fadiga grave. CONCLUSÃO: Estes resultados reforçam a hipótese de que a queixa de SMA deve ser valorizada, independentemente da anemia, uma vez que apenas um terço das mulheres com SMA apresenta Hb abaixo do normal. Como o SMA torna-se uma condição crônica em muitas mulheres, a anemia não chega a comprometer a qualidade de vida e fadiga, uma vez que esta já estava afetada pelo próprio sangramento excessivo / Abstract: BACKGROUND: Heavy menstrual bleeding (HMB) is a common complaint among women and may compromise the quality of life (QoL). It can lead to decreased serum hemoglobin (Hb) level, resulting to anemia and fatigue. OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of anemia and iron deficiency in women with and without confirmed HMB and to compare QoL and fatigue in anemic and non-anemic women with HMB. METHODS: Two cross-sectional studies were conducted with women with HMB complaint between 18 and 55 years old at the Department of Obstetrics and Gynecology, School of Medical Sciences, UNICAMP. In the first study, we reviewed medical charts between 2011 and 2014 and data on symptoms and blood counts were extracted. Women were separated into three groups: HMB (n=160), Non-HMB (n=45), both confirmed by the Pictorial Blood Loss Assessment Chart (PBAC), and subjective HMB (Subj-HMB) (n=160) without PBAC confirmation. In the second study, between 2013 and 2014, women with HMB confirmed by PBAC completed an evaluation form, the SF-36 health survey questionnaire, the Functional Assessment of Chronic Illness Therapy-Fatigue (FACIT-F) scale and were evaluated by the blood count. They were divided into two groups: anemic (hemoglobin <12 g/dl; n=24) and non-anemic (hemoglobin ?12 g/dl; n=51). RESULTS: In the first study, mean serum hemoglobin and iron levels were similar in all three groups, while serum ferritin levels were lower in the HMB group. Frequencies of anemia were 33.1%, 28.9% and 40% in the HMB, non-HMB and subj-HMB groups, respectively, with no statistically significant differences. Likewise, there were no significant differences in the percentages of women with low serum iron levels or low serum ferritin levels. In the second study, mean serum hemoglobin, iron and ferritin levels were significantly lower in the anemic group. Although mean serum iron and ferritin levels were within the normal limits in both groups, there were more women with low serum iron and ferritin levels in the anemic group. The SF-36 questionnaire scores ranged from 20 to 63, with no significant difference between the groups. The FACIT-F score was also similar for both groups, 26.3 in the anemic group and 30.6 in the non-anemic group, however in the anemic group the score was below 30, ie, severe fatigue. CONCLUSION: These results give strength to the hypothesis that the complaint of HMB must be valorized irrespective of its association with anemia, since only 30% of women with HMB show low hemoglobin levels. HMB has become a chronic condition in many women, so anemia does not influence QoL and fatigue because the excess bleeding itself already affects these women¿s conditions / Mestrado / Fisiopatologia Ginecológica / Mestra em Ciências da Saúde
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/309687 |
Date | 08 November 2015 |
Creators | Montalti, Camila Stein, 1988- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Makuch, Maria Yolanda, Monteiro, Ilza Maria Urbano, 1965-, Gomes, Daniela Yela, Machado, Rogério Bonassi |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 66 f. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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