This thesis aims to analyze Michel Foucault's basic principles of pedagogy of history in
"archaeological period", which is developed in the writings of the 1960s and whose starting
point is Madness and Civilization (1961). It is used as primary sources the works, articles,
conferences, and other writings of the author produced until 1961; as a secondary source, the
tradition of commentators and biographers. In the first section, we seek to draw up an
introductory, from a reflection that is dispersed in the author's work, the sense of a pedagogy
of history, ie clarify their conception of history and the role it plays in formation of people.
The second section breaks of problematizations that arise from the confrontation of the
writings of the French philosopher and education, appropriations that educationalists make of
his work, to make a critical assessment of this tradition. The third section is a literature review
of how the historiographical field analyzes Foucault's work, giving it the most diverse labels
(mentalities, cultural history, etc.) and removing the specificity of archeology. The fourth
section demonstrates how the historicity regime emerges in the work of Foucault through an
intense debate between phenomenology, history of science, particularly in the history of
psychology, and psychoanalysis. This debate is constituted as a starting point to a particular
interpretation that the author makes of the Kantian philosophy, present in its complementary
thesis Genesis and structure of Kant's Anthropology (1961), and establishing the fundamental
principles of its historiographical route. The fifth section is an analysis of how these principles
come to embody the archaeological method in Madness and Civilization (1961),
demonstrating how the story on the one hand, operates a system of exclusion which is based
on rationalism of Western culture and, on the other, reveals a discursive structure and social
practices of a historical period - hardly a history of continuous progress and humanization
through the acquisition of "scientific truth", the story introduces discontinuities, structures,
speeches revealing the conditions of possibility knowledge of an era. The last section
concludes that the emergence of the archaeological program puts an intense debate between
the history of science, phenomenology and structuralism, and Foucault's pedagogy of history
operates from the historical a priori and file description, a critical radical philosophical
anthropology and its historiographical counterpart focused on the idea of the subject of the
story - rather than constitutive of history, man is first made from her. / Esta dissertação tem como objetivo analisar os princípios basilares da pedagogia da história
de Michel Foucault no “período arqueológico”, que se desenvolve nos escritos da década de
1960, cujo marco inicial é História da loucura (1961). Utiliza-se como fontes primárias as
obras, artigos, conferências, entre outros escritos do autor produzidos até 1961; como fonte
secundária, a tradição de comentadores e biógrafos. Na primeira seção, busca-se elaborar, a
partir de uma reflexão que se encontra dispersa na obra do autor, o sentido de uma pedagogia
da história, ou seja, esclarecer qual a sua concepção de história e o papel que ela cumpre na
formação de pessoas. Na segunda seção, parte-se das problematizações que surgem do
confronto dos escritos do filósofo francês e a educação, das apropriações que pedagogos
fazem de sua obra, para se fazer um balanço crítico dessa tradição. A terceira seção é uma
revisão de literatura sobre a forma como o campo historiográfico analisa a obra de Foucault,
atribuindo-lhe os mais diversos rótulos (mentalidades, história cultural etc.). A quarta seção
demonstra como o regime de historicidade emerge na obra de Foucault por meio de um
intenso debate entre a fenomenologia, a história das ciências, particularmente na história da
psicologia e a psicanálise. Esse debate se constitui como ponto de partida para uma
interpretação particular que o autor faz da filosofia kantiana, presente em sua tese
complementar Gênese e estrutura da Antropologia, de Kant (1961), que estabelece os
princípios fundamentais de seu percurso historiográfico. A quinta seção faz uma análise de
como esses princípios passam a dar corpo ao método arqueológico em História da loucura
(1961), demonstrando como a história, por um lado, opera um sistema de exclusão que tem
por base o racionalismo da cultura ocidental e, por outro, evidencia uma estrutura discursiva e
de práticas sociais de um período histórico. A última seção conclui que a emergência do
programa arqueológico se coloca num intenso debate entre a história das ciências, a
fenomenologia e o estruturalismo, sendo que a pedagogia da história foucaultiana opera, a
partir do a priori histórico e da descrição do arquivo, uma crítica radical da antropologia
filosófica e de seu correlato historiográfico – ao invés de constitutivo da história, o homem é,
antes, constituído por ela.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/4758 |
Date | 19 April 2016 |
Creators | Nascimento, Victor Wladimir Cerqueira |
Contributors | Freitas, Itamar |
Publisher | Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Educação, UFS, Brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0028 seconds