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Mídia ativista

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política / Made available in DSpace on 2012-10-22T19:05:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
228803.pdf: 1326272 bytes, checksum: 34f87ef5b5e6730c5c0a72e7017aa854 (MD5) / A entrada definitiva dos atores sociais na internet, como forma de potencializar sua ação política, oferece para a teoria social um campo importante de investigação. A presença de variados websites dedicados às campanhas globais, sejam elas de cunho ambientalista, humanista, pacifista ou voltadas para o combate de regras da economia internacional evidenciam um interessante conflito em torno da informação na sociedade
contemporânea. Ao rivalizarem com a grande imprensa, considerada por esses atores um dos seus adversários principais, eles produzem sobre esta um fator de desestabilização da sua perícia. Ou seja, reivindicam a posse da verdade da informação contra os desvios da comunicação de massa. Mas na produção da informação própria utilizam as convenções legitimadas do jornalismo. Dessa forma, refutam o conteúdo e a orientação editorial da grande imprensa, mas não sua forma. Ao mesmo tempo, vão construindo uma linguagem própria, adequada ao meio internet, que combina perícia e ativismo. Isso tem implicações diretas nos rumos da política, especialmente no que toca aos processos de visibilidade do poder. A partir desse duelo simbólico, a internet pode ser pensada como ciberespaço público, sem, no
entanto, atribuir à sua mera existência a promessa de uma sociedade mais democrática. Mesmo porque os atores sociais que fazem uso dessa tecnologia para se comunicar, ainda que com objetivos bem definidos, não controlam as conseqüências imprevistas que essa ação carrega consigo. Assim, a tese apresenta a forma pela qual os movimentos por justiça global desenvolvem como marca distintiva sua familiaridade com o código jornalístico (com seu frame), assimilando os critérios de noticiabilidade para obter cobertura midiática e ao mesmo tempo construindo uma ação política na internet, valendo-se desse frame noticioso para enunciar suas campanhas e eventos e também para produzir novos significados políticos. Para isso, analisa a trajetória dos protestos, de Seattle ao Fórum Social Mundial, pela dimensão da visibilidade midiática, e também os serviços de contra-informação na internet, e distingue duas formas de mídia ativista: o ativismo de mídia e o jornativismo, como processos de re-frame.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/89289
Date January 2006
CreatorsPrudencio, Kelly
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Scherer-Warren, Ilse.
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatxiii, 193 f.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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