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Fatores associados com multimorbidades e autopercepção de saúde em mulheres com 50 anos ou mais = estudo de base populacional no município de Campinas, São Paulo = Factors associated with multimorbidities and self-perception of health in women of 50 years of age or more: a population-based study in Campinas, São Paulo / Factors associated with multimorbidities and self-perception of health in women of 50 years of age or more : a population-based study in Campinas, São Paulo

Orientadores: Aarão Mendes Pinto-Neto, Ana Lúcia Ribeiro Valadares / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T14:39:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Objetivos: Avaliar a presença de multimorbidades e autopercepção de saúde e seus fatores associados em mulheres brasileiras com 50 anos ou mais em uma cidade do sudeste brasileiro. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de base populacional, utilizando entrevista domiciliar em uma amostra de 622 mulheres com 50 anos ou mais. Os dados foram obtidos através de autorrelato. O número de doenças crônicas referidas foram avaliadas (hipertensão arterial, artrose, catarata, diabetes mellitus, osteoporose, glaucoma, bronquite crônica ou asma, acidente vascular cerebral, incontinência urinária, câncer, infarto agudo do miocárdio, enfisema pulmonar) e classificadas em nenhuma, uma ou duas ou mais morbidades (multimorbidades). A autopercepção da saúde foi avaliada como muito boa, boa, regular, ruim ou péssima Os fatores sociodemográficos, comportamentais e clínicos associados também foram avaliados. O teste qui-quadrado e a regressão de Poisson foram utilizados para selecionar os principais fatores associados com o número de morbidades e a autopercepção de saúde, com nível de significância de 5%. Resultados: Nesta amostra, 15,8% não reportaram nenhuma doença crônica, 26% referiram apenas uma doença crônica e 58,2% referiram duas ou mais doenças crônicas. Na análise bivariada estiveram associados à presença de multimorbidades: envelhecimento (p<0,001), escolaridade menor que oito anos (p=0,034), sobrepeso ou obesidade aos 20-30 anos (IMC > 25 mg/m2; p<0,002), obesidade atual (IMC > 30 mg/m2; p=0,009), tabagismo prévio ou atual (p<0,002), possuir convênio médico (p= 0,049) e estar na pós-menopausa (p<0,001). Na regressão de Poisson, nota-se que para cada ano de vida acrescentado às mulheres acima de 50 anos aumenta a chance de associação com multimorbidades em 3% (RP 1,03; IC 95% 1,02-1,04), e para cada 1kg/m2 acrescentado ao IMC dessas mulheres também se aumenta a chance de associação com multimorbidades em 3% (RP 1,03; IC 95% 1,02-1,04). Das mulheres da amostra, 58,7% avaliaram sua saúde como muito boa ou boa, 34,6% como regular e 6,7% como ruim ou péssima. Na análise bivariada, os fatores associados à presença autopercepção da saúde regular/ruim/péssima foram escolaridade até 8 anos (p< 0,001), renda mensal até R$ 1500,00 (p< 0,001), sobrepeso aos 20-30 anos (p< 0,002), obesidade atual (p=0,035), ausência da prática semanal de atividade física (p< 0,001), atividade física com frequência até 2 dias por semana (p< 0,001), presença de multimorbidades (p<0,001), ausência de convênio médico (p< 0,001). A análise de regressão de Poisson mostrou que a probabilidade de associação de doenças crônicas com autopercepção de saúde regular/ruim/péssima comparada à percepção de saúde muito boa/boa foi 97% maior quando 2 ou mais morbidades estavam presentes (RP 1,97; 95%CI:1,48-2,63). Ainda, para cada kg/m2 adicionado ao IMC destas mulheres, a probabilidade de associação do IMC com autopercepção de saúde regular/ruim/péssima aumentou em 2% (RP 1,02; 95%CI: 1,01 - 1,04). A chance de associação com autopercepção de saúde regular/ruim/péssima comparada à percepção de saúde muito boa/boa, diminui em 50 % em mulheres com mais de 8 anos de escolaridade (RP 0,50; 95% CI= 0,36-0,70), diminui em 29% nas mulheres com convênio médico (RP 0,71; 95% CI= 0,59-0,86), e diminui em 32% em mulheres que praticam exercícios físicos semanalmente (RP 0,68, 95% CI= 0.54-0.86). Conclusão: O envelhecimento e o aumento do IMC estiveram associados à presença de multimorbidades. A presença de multimorbidades e aumento de IMC estiveram associados à pior autopercepção da saúde. Maior escolaridade, possuir convênio médico e praticar exercícios físicos semanais estiveram associados à melhor autopercepção da saúde / Abstract: Objectives: To evaluate multimorbidity and self-perception of health and associated factors in Brazilian women of 50 years of age or more. Methods: A cross-sectional, population-based study using self-reports. A total of 622 women of 50 years of age or more were included. Multimorbidity was defined as 2 or more of the following morbidities: hypertension, osteoarthrosis, cataract, diabetes mellitus, osteoporosis, glaucoma, chronic bronchitis or asthma, urinary incontinence, cancer, myocardial infarction, stroke and pulmonary emphysema. The women's perception of their own health (very good, good, fair, poor or very poor) were also assessed. Sociodemographic, clinical and behavioral factors were evaluated. Data were analyzed using the chi-square test and Fisher's exact test, and a Poisson multiple regression analysis was used to select the principal factors associated with multimorbidity and a poorer perception of health at a significance level of 5%. Results: In this sample, 15.8% of participants reported no morbidities, while 26% reported having one morbid condition and 58.2% reported multimorbidity. In the bivariate analysis, the following factors were associated with the presence of multimorbidity: aging (p<0.001), having fewer than 8 years of schooling (p=0.034), having been overweight or obese at 20-30 years of age (BMI ? 25 kg/m2; p<0.002), being currently obese (BMI ? 30 kg/m2, p = 0.009), smoking (never having smoked or being a past smoker or a current smoker) (p<0.002), having private medical insurance (p=0.049) and being postmenopausal (p<0.001). The Poisson multiple regression analysis showed that for each additional year of life, the likelihood of multimorbidity increased by 3% (PR 1,03; 95%CI: 1.02 - 1.04). Furthermore, for each additional kg/m2 added to their BMI, women's likelihood of multimorbidity also increased by 3% (PR 1,03; 95% CI: 1.02 - 1.04). Overall, 58.7% of the women in this sample evaluated their health as very good or good, while 34.6% described it as fair and 6.7% as poor or very poor. In the bivariate analysis, the factors associated with the woman's self-perception of her health as fair/poor/very poor as compared to very good/good were: having ? 8 years of schooling (p<0.001), a monthly income ? R$1500 (p<0.001), not performing physical activity on a weekly basis (p<0.001), performing physical activity less than twice a week (p<0.001), having been overweight at 20-30 years of age (p<0.002), being currently obese (p=0.035), presence of multi-morbidities (p<0.001) and lack of private medical insurance (p<0.001). Poisson regression analysis showed that the probability of association of chronic diseases with a fair/poor/very poor self-rated perception of health compared to a very good/good perception was 97% greater (PR 1.97; 95%CI: 1.48 - 2.63) when two or more morbidities were present compared to having no morbidity or only one morbidity. In addition, for each kg/m2 added to the BMI of a woman over 50 years of age, the probability of association of BMI with a fair/poor/very poor self-rated perception of health increased 2% (PR 1.02; 95%CI: 1.01 - 1.04). The probability of association of the variables schooling, medical insurance and physical exercise with a fair/poor/very poor self-rated perception of health rather than a good/very good perception decreased by 50% if the woman had more than eight years of schooling (PR 0.50; 95%CI: 0.36 - 0.70), by 29% if she had medical insurance (PR 0.68; 95%CI: 0.59 - 0.86) and by 32% if she practiced physical exercise on a weekly basis (PR 0.71; 95%CI: 0.54 - 0.86).Conclusion: Multimorbidity was principally associated with aging and obesity. The presence of multimorbidities and a higher BMI increased the probability of association with a woman's poorer perception of her own health, while having more than 8 years of schooling, having medical insurance and performing physical exercise weekly decreased the probability of association with a poorer perception of health / Doutorado / Fisiopatologia Ginecológica / Doutora em Ciências da Saúde

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313676
Date23 August 2018
CreatorsMachado, Vanessa de Souza Santos, 1980-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Pinto-Neto, Aarão Mendes, 1952-, Cecatti, José Guilherme, Guariento, Maria Elena, Júnior, José Maria Soares, Maciel, Gustavo Arantes Rosa
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageMultilíngua
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format125 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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