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Qualidade de vida e função sexual em mulheres com câncer do colo uterino = Quality of life and sexual function in women with cervical cancer / Quality of life and sexual function in women with cervical cancer

Orientadores: Aarão Mendes Pinto-Neto, Luiz Francisco Cintra Baccaro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-28T02:15:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: Introdução: O câncer cervical é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres brasileiras e a radioterapia pélvica é uma das principais modalidades terapêuticas disponíveis. Com a diminuição da mortalidade associada à doença, a avaliação da qualidade de vida e da função sexual ganha cada vez mais importância. Vários estudos descrevem estes aspectos após o tratamento do tumor, porém, há poucos relatos sobre os fatores que influenciam a qualidade de vida e a função sexual antes do início do tratamento radioterápico. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os fatores associados à função sexual e à qualidade de vida em mulheres com câncer do colo uterino antes do início da radioterapia. Métodos: estudo de corte-transversal com 80 mulheres portadoras de câncer do colo do útero, com idade de 18 a 75 anos, encaminhadas para tratamento radioterápico no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM-UNICAMP) de janeiro/2013 a março/2014. As variáveis dependentes foram a função sexual, avaliada através do Índice de Função Sexual Feminino (IFSF), e a qualidade de vida, avaliada através da versão abreviada do questionário da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-bref). As variáveis independentes foram os dados sociodemográficos, os hábitos de saúde e as características da neoplasia. A análise estatística foi realizada através dos testes T de Student, Mann-Whitney, ANOVA e regressão linear múltipla. Resultados: A média etária foi de 48,1 anos, 57,5% das mulheres se encontravam na pré-menopausa e 55% apresentavam estadio clínico IIIB. A maioria das mulheres (62%) relatou ter parceiro sexual e 30% se encontravam sexualmente ativas nos três meses prévios à radioterapia. Os principais sintomas durante as relações sexuais foram sangramento (41,7%), falta de prazer (33,3%), dispareunia (25%) e secura vaginal (16,7%). A avaliação pelo IFSF mostrou que as 18 mulheres que se encontravam sexualmente ativas no último mês, apresentavam disfunção sexual significativa (escore total = 25,6). Ter realizado cirurgia antes da radioterapia se associou negativamente com os domínios satisfação (p = 0,02) e excitação (p = 0,01) do IFSF. Mulheres com sangramento vaginal durante a relação sexual tiveram menores escores nos domínios orgasmo (p = 0,04) e satisfação (p = 0,03). Apresentar qualquer sintoma adverso durante a relação sexual se associou negativamente com o domínio dor (p = 0,02). Falta de prazer às relações se associou negativamente com o domínio orgasmo (p = 0,04) e fumar se associou positivamente com o escore total do IFSF (p = 0,04). Estadio clínico avançado, uso de medicação crônica e não ter realizado cirurgia correlacionaram-se negativamente com a qualidade de vida. Ter maior renda familiar, maior nível de escolaridade e não fumar correlacionaram-se positivamente com a qualidade de vida. Conclusão: um terço das mulheres com câncer de colo do útero mantinham relações sexuais três meses antes da radioterapia, porém apresentavam disfunção sexual significativa. Fatores relacionados à doença e ao seu tratamento foram os principais responsáveis pela deterioração da função sexual. A qualidade de vida sofre influência não apenas dos fatores relacionados à neoplasia, mas também de hábitos de vida, presença de comorbidades e características sociodemográficas como baixa renda familiar e escolaridade / Abstract: Introduction: cancer of the cervix is the third most common gynecological tumor in Brazilian women and pelvic radiotherapy is one its major therapeutic methods. With the decreasing mortality associated with the disease, evaluation of quality of life and sexual function is becoming increasingly important. Several studies describe these aspects after the tumor treatment, however, there are few reports about the factors influencing quality of life and sexual function before the start of radiotherapy. The objectives of this study were to evaluate the factors associated with sexual function and quality of life in women with cervical cancer before the start of radiotherapy. Methods: a cross-sectional study was conducted with 80 women with cervical cancer, aged 18-75 years, referred for radiotherapy at the Women's Hospital Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM-UNICAMP), from January 2013 to March 2014. The outcome variables were sexual function, assessed using the Female Sexual Function Index (FSFI), and quality of life, assessed using the abbreviated version of the World Health Organization (WHOQOL-BREF) questionnaire. The independent variables were sociodemographic data, health related habits and the characteristics of the neoplasm. Statistical analysis was carried out using Student's T test, Mann-Whitney test, ANOVA and multiple linear regression. Results: The mean age was 48.1 years, 57.5% were premenopausal and 55% had clinical stage IIIB. Thirty percent had been sexually active in the three months prior to their interviews. The majority of women (62%) reported having sexual partner and 30% had been sexually active in the three months prior to their interviews. The main adverse events during sexual intercourse were bleeding (41.7%), lack of pleasure (33.3%), dyspareunia (25%), and vaginal dryness (16.7%). The 18 women who had been sexually active in the previous month showed significant sexual dysfunction (total mean FSFI score = 25.6). Having undergone surgery before radiotherapy was negatively associated with arousal (p = 0.01) and satisfaction (p = 0.02) domains. Women with vaginal bleeding during intercourse had significantly lower scores in the orgasm (p = 0.04) and satisfaction (p = 0.03) domains. Women with any adverse symptoms during intercourse had lower scores in the pain domain (p = 0.02). Lack of pleasure during intercourse was negatively associated with the orgasm domain (p = 0.04) whereas smoking was positively associated with total FSFI score (p = 0.04). Advanced clinical stage, using any chronic medication and not having undergone surgery for cancer were negatively correlated with QOL. Higher family income, a longer duration of schooling and no smoking were positive correlated with QOL. Conclusion: one third of women with cervical cancer were sexually active three months prior to their interviews, but have concomitant significant sexual dysfunction. Factors related to the disease and its treatment were mainly responsible for the deterioration in sexual function. Quality of life is influenced not only by factors related to cancer, but also by lifestyle habits, comorbidities and sociodemographic characteristics such as low family income and schooling / Mestrado / Fisiopatologia Ginecológica / Mestra em Ciências da Saúde

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313678
Date28 August 2018
CreatorsGrion, Regina Celia, 1963-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Baccaro, Luiz Francisco Cintra, 1980-, Pinto-Neto, Aarão Mendes, 1952-, Uemura, Gilberto, Zeferino, Luiz Carlos
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format66 f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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