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Reflexões sobre as dores corporais crônicas fibromiálgicas e suas relações com a melancolia

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Previous issue date: 2013-10-11 / In contemporary practice, we have been faced with new expressions of suffering, in which the body gets featured. Among the recurring phenomena found chronic pain
and fibromialgia. Studies on these subjects feature distinct positions: some consider such pain as hysterical phenomena, others as a manifestation of the body down. We intend to verify the specifics of chronic pain, since the possibility of a hysterical demonstration or depressed, but advancing the hypothesis that they may be manifestations of melancholic framework. Take the theory of Freud as the main source of our studies on the melancholy and cotejaremos also latest authors dealing with the phenomenon of pain, particularly the psychoanalytic literature. Patients who mobilized us to undertake such studies were those that were curious traits: low fluidity pulsional, dismay, pain in various parts of the body, psychosomatic symptoms, anxiety quite expressive and usually marked by a lack of sense, connoting, on the other hand, melancholic traits and somatic symptoms. In melancholy, a loss in pulsional life while suffering from a normal grief, that doesn't happen; libido peels back the object, due to a position occupied by this lost object, in which there was a double job to him directed, of love and hate, so liable to be drafted in the conscious level. In this same text, it shows that in the pathological mourning, the missing object remains invested, libidinalmente, resulting in an attachment to him, without it can be elaborated, causing therefore a shadow of the object about the subject's ego itself. That means there's a hyper narcissistic investment in object, in which the subject is
fixed by pasting it. In a world facing individualism, for narcissism and without ideals is likely to stimulate more this encapsulation, preventing the subject from link. In
contemporary clinical symptoms are more of this nature: are primary, narcissistic character, in which the subject finds himself wrapped in a world empty and without meaning. In this context, we think it's more conducive to speak of melancholy
subjects, distinct from the depressed, because these make a libidinal investment withdrawal, but maintains a relationship with object. / Na clínica contemporânea, temos nos defrontado com novas expressões de sofrimento, nas quais o corpo ganha destaque. Entre os fenômenos recorrentes encontramos a dor crônica e as fibromialgias. Os estudos sobre esses assuntos apresentam posições distintas: uns consideram tais dores como fenômenos histéricos, outros, como uma manifestação do corpo deprimido. Pretendemos verificar as especificidades das dores crônicas, desde a possibilidade de uma manifestação histérica ou depressiva, mas avançando na hipótese de que elas possam ser manifestações do quadro melancólico. Tomaremos a teoria de Freud como principal fonte dos nossos estudos sobre a melancolia e cotejaremos também autores mais recentes que tratam do fenômeno da dor, particularmente os da psicossomática psicanalítica. Os pacientes que nos mobilizaram a empreender tais estudos foram aqueles que apresentavam traços curiosos: pouca fluidez pulsional, desânimo, dores em vários pontos do corpo, sintomas psicossomáticos, ansiedade bastante expressiva e, geralmente, marcados por uma falta de sentido, conotando, de um lado, traços melancólicos e, de outro, sintomas somáticos. Na melancolia, trata-se de uma perda na vida pulsional enquanto que no sofrimento decorrente de um luto normal, isso não acontece; a libido se desprende do objeto, devido a uma posição ocupada por esse objeto perdido, em que havia um duplo trabalho a ele dirigido, de amor e ódio, portanto passível de ser elaborado, no nível consciente. Nesse mesmo texto, ele mostra que no luto patológico, o objeto perdido mantém-se investido, libidinalmente, tendo como consequência um apego a ele, sem que ele possa ser elaborado, causando, portanto, uma sombra do objeto sobre o próprio ego do sujeito. Isso significa que há um hiper investimento narcísico no objeto, no qual o sujeito se fixa colando nele. Num mundo voltado para o individualismo, para o narcisismo e sem ideais é provável que se estimule mais esse encapsulamento, impedindo o sujeito de se vincular. Na clínica contemporânea os sintomas são mais dessa natureza: são primários, de caráter narcísico, no qual o sujeito se vê
encapsulado num mundo vazio e sem significação. Nesse contexto, pensamos ser mais propício falar de sujeitos melancólicos, distinto dos deprimidos, pois estes fazem uma retirada do investimento libidinal, mas mantém uma relação com objeto.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.unicap.br:tede/188
Date11 October 2013
CreatorsHenriques, Carolina Cavalcanti
ContributorsQueiroz, Edilene Freire de, Rocha, Zeferino de Jesus Barbosa, Fernandes, Maria Helena da Silva, Ferraz, Carlos Henrique, Francisco, Ana Lúcia
PublisherUniversidade Católica de Pernambuco, Mestrado em Psicologia Clínica, UNICAP, BR, Psicologia Clínica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP, instname:Universidade Católica de Pernambuco, instacron:UNICAP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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