Inúmeros estudos têm demonstrado elevada prevalência de hipovitaminose D (deficiência/insuficiência de 25(OH)D) em indivíduos normais e em pacientes com e sem doença renal. Como os pacientes transplantados renais têm maior risco de desenvolver câncer de pele, são orientados a evitar exposição ao sol e usar filtro solar. A combinação de doença renal crônica (DRC) e menor exposição ao sol contribuem para que esses pacientes desenvolvam hipovitaminose D, o que pode piorar ou favorecer o desenvolvimento de doença óssea. O objetivo desse estudo foi avaliar a concentração sérica de 25(OH)D e a prevalência de hipovitaminose D em uma amostra representativa (N=149) de pacientes transplantados renais do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo. Avaliamos ainda se a hipovitaminose poderia ser atribuída a menor exposição ao sol ou ingestão insuficiente de alimentos fontes. Comparamos os níveis séricos de 25(OH)D desses pacientes com o de indivíduos normais. Hipovitaminose D, definida pelos níveis séricos de 25(OH)D menores que 30 ng/ml, foi observada em 79% dos pacientes transplantados e o principal fator determinante foi a menor exposição ao sol.Os níveis séricos de creatinina e de paratormônio (PTH) foram significativamente mais elevados nos pacientes com hipovitaminose quando comparados aos com níveis normais de 25(OH)D. Observamos uma correlação inversa dos níveis séricos de 25(OH)D com os de paratormônio (r= -0,24; p<0,03). A prevalência de hipovitaminose D foi maior nos pacientes transplantados que nos indivíduos normais. Os níveis séricos de creatinina e PTH foram mais elevados nos transplantados, enquanto os de Ca, P e albumina menores que dos indivíduos normais. Em conclusão: A hipovitaminose D é freqüente nos pacientes transplantados renais e orientação dietética, exposição solar curta e regular ou mesmo a suplementação com vitamina D seriam medidas simples para assegurar níveis adequados dessa vitamina / Recent epidemiological studies have shown a high prevalence vitamin D deficiency in normal population and in patients with and without kidney diseases. In addition, kidney transplant patients are at higher risk for skin cancer, so they are advised to avoid sun and use sunscreen. Because of the combination of chronic kidney disease (CKD) and sun avoidance, kidney transplant patients are at high risk for developing hypovitaminosis D. We evaluated serum 25 vitamin D levels in a representative sample (N = 149) of kidney transplant patients from the University of São Paulo Transplant Unit. Our objectives were to determine the prevalence of hypovitaminosis D, comparing them to normal volunteers, as well as, to identify the factors that could be associated with this decrease in serum 25 vitamin D, such as sun exposure and dietary habits. Hypovitaminosis D, defined by serum levels < 30 ng/mL, was found in 79% of kidney transplant patients, and the main associated factor was low sun exposure. Patients that presented hypovitaminosis D had higher serum creatinine and parathormone (PTH) levels. Serum 25 vitamin D correlated with serum PTH (r= - 0.24; p=0.03). When compared to normal volunteers, renal transplant patients presented a higher prevalence of hypovitaminosis D, as well as low serum calcium, phosphate albumin, and higher creatinine, and PTH. Our results confirm a high prevalence of hypovitaminosis D in renal transplant patients. In conclusion, hypovitaminosis D is frequent in kidney transplant patients, therefore dietary orientation, short or regular sun exposure, and vitamin D supplementation are important determinants of vitamin D status
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-18022011-120346 |
Date | 04 February 2011 |
Creators | Vilarta, Cristiane Flores |
Contributors | Jorgetti, Vanda |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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