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Agricultura de grupo e projeto camponês

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política. / Made available in DSpace on 2012-10-16T10:54:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
206973.pdf: 926589 bytes, checksum: 33f5d97984fc31295e146d5702dc7475 (MD5) / O fenômeno agricultura de grupo por nós estudado é caracterizado por experiências de coletivização na área da produção, da comercialização e da armazenagem, entre pequenos agricultores do município de Caxambu do Sul na Região Oeste Catarinense. A proposta da agricultura de grupo nasce da confluência de forças de entidades progressistas (CEBs, Sindicatos e PT) da Região que, preocupadas com o futuro da pequena propriedade, ameaçado pela modernização conservadora da agricultura brasileira, buscam um projeto alternativo de desenvolvimento que a viabilize. Essas entidades progressistas surgem juntamente com a democratização da sociedade brasileira e questionam o modelo de desenvolvimento agrícola, concentrador e excludente, adotado no país. O objetivo deste trabalho é analisar as relações de convergência e divergência existentes entre a agricultura de grupo e o projeto camponês. Buscamos entender os motivos que levam os grupos de cooperação agrícola (GCAs) ao "sucesso" ou ao "fracasso", analisando as dificuldades que surgem no cotidiano grupal. Concluímos que os agricultores fazem grande esforço para se modernizarem, pois entendem a tecnificação como aliada na luta contra a precariedade de sua situação econômica e na melhoria das condições de vida. Por isso, muitas vezes, aderem à proposta da agricultura de grupo, mais como uma estratégia para atingir novo patamar produtivo e menos como uma possibilidade radical de mudança pessoal e social. Entre os dois extremos, há posturas intermediárias que emprestam significados diferentes a essa experiência. A moral cristã e o sobreinvestimento ideológico gerados pela ideologia dos mediadores lançam os GCAs numa série de dificuldades, que só conseguem ser superadas com a construção de mecanismos que sirvam para lidar com as diferenças e as contradições existentes na diversidade constitutiva da agricultura de grupo. É necessário o resgate das forças que influenciaram na ação do Movimento e dos valores mais presentes na concepção de mundo dos agricultores, para que se empreenda a dinâmica atual do Movimento de Cooperação Agrícola. Os agricultores não aceitam as imposições dos mediadores e desejam mudanças desde que elas partam das condições por eles colocadas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/76497
Date January 1996
CreatorsPrim, Lorena de Fátima
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Paulilo, Maria Ignez Silveira
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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