Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O dimorfismo sexual exibido por machos polifênicos em algumas espécies do gênero
Ptychoderes envolve variação no rostro, antena e ventritos. A existência de polifenismo pode
ser um importante componente no processo evolutivo por meio de novidades morfológicas e
comportamentais. O objetivo desse estudo foi determinar a variação em caracteres
morfométricos, polifenismo em machos, variação de estruturas com conhecido dimorfismo
sexual, possíveis padrões alométricos e testar estas inferências para Ptychoderes através do
mapeamento do dimorfismo sexual e de machos em uma reconstrução filogenética de
Ptychoderes usando Mesquite 2.04. Foram medidas 23 variáveis morfométricas em 510
espécimes com as seguintes análises realizadas: análises de cluster, analises de componentes
principais (PCA), analise de variáveis canônicas (AVC), análise de regressão por eixo maior
reduzido (RMA). Cada tipo de dimorfismo foi mapeado em uma filogenia prévia como dois
estados separados usando parcimônia. Para todas as espécies o dimorfismo sexual apresentou
diferenças significativas entre os sexos com relação aos segmentos antenais (II- X).O
compriemtno do rosto e ventrito V foram confirmados como indicativos de dimorfismo sexual
(exceto em P. jordani). A única espécie em que não ocorreu machos polifenicos foi P.
depressus. Nas outras espécies machos grandes e pequenos diferem significantemente para
muitas variáveis com similaridades e diferenças. Na ACP, o primeiro componente (PC1)
apresentou alta porcentagem de variância nos dados de todas as espécies; apresentou loadings
de mesmo sinal sugerindo diferenças relacionadas ao tamanho para as espécies P. jordani, P.
depressus, P. virgatus, P. mixtus e P. callosus e para as espécies P. viridanus, P. antiquus, P.
elongates e P. nebulosus apresentou loadings positivos e negativos sugerindo diferenças
relacionadas a forma (alometria). O PC2 apresentou loadings positivos e negativos para todas
as espécies, um provável componente alométricos. A AVC confirmou os grupos: machos
grandes, machos pequenos e fêmeas quando estes ocorreram. Nós encontramos diferentes
padrões alométricos para todas as espécies com diferenças e semelhanças entre as espécies.
Todos esses resultados confirmam a hipótese de polifenismo em machos e dimorfismo sexual
para Ptychhoderes. A análise dos padrões alométricos para o dimorfismo sexual revelou
alometria positiva para o comprimento do rostro (CR1) em machos e fêmeas, com os ventritos
apenas em machos. Padrões alométricos positivos relacionados ao polifenismo nos
antenômeros foram confirmados para os machos grandes e pequenos de quase todas as
espécies exceto em P. nebulosus. O ancestral de clados na filogenia de Ptychoderes foi
inferido para machos polifênicos (exceto P. depressus) com variáveis no rostro, antenas e
ventritos indicativas de dimorfismo sexual com alometria positiva. Estes padrões poderiam
estar ligados com o comportamento de proteção das fêemeas realizados por machos grandes
durante a oviposição. / The sexual dimorphism exhibited by polyphenic males in some species of the Ptychoderes
involves variation in rostrum, antennae and ventrites. The existence of polyphenism should be
an important component in the evolutionary process via morphological and behavior
novelties. The goal of this study was to determine the variation of monomorphic traits,
polyphenism in males, variation of structures with known sexual dimorphism, possible
allometric patterns and to test these predictions for Ptychoderes by mapping both male and
sexual dimorphism in a phylogenetic reconstruction of the genus Ptychoderes using Mesquite
2.04. Twenty-three morphometric variables were measured in 510 specimens with the
following analyses performed: Cluster analysis; Principal Component Analysis (PCA);
Canonical Variance Analysis (CVA), analysis of regression of Reduced Major Axis (RMA).
Each type of dimorphism was mapped on the previous phylogeny as a separate two-state
using parsimony. For all species the sexual dimorphism provided significant differences
between the sexes for antennal segments (II-X). The length of rostrum and ventrite V were
confirmed as indication of sexual dimorphism (except P. jordani). The unique species without
polyphenics males was P. depressus. The others species major and minor males differed
significantly for many variables with similarities and differences. In the PCA, the first
component (PC1) had a high percentage of the variance in the data for all species; present
loadings of the same signal suggesting differences related to the size of the species P. jordani,
P. depressus, P. virgatus, P. mixtus and P. callosus and for the species P. viridanus, P.
antiquus, P. elongates and P. nebulosus the PC1 presented positive and negative loadings
suggesting differences related to the shape (allometry). The PC2 showed both positive and
negative loadings for all species, a probable allometric component. The CVA confirmed the
groups: major males, minor males and female, when they occurred. We found different
allometric patterns for all species, with similarities and differences between species. All these
results confirm the hypothesis the polyphenism in males and sexual dimorphism for
Ptychoderes. The analyses of allometric patterns for sexual dimorphism results positive
allometry for rostral length (RL1) in males and females, with ventrites only for males. The
positive allometric patterns related with polyphenism in the antennae were confirmed for
larges and small males in almost all species, except in P. nebulosus. The ancestor of the
clades in the Ptychoderes phylogeny was predicted to have polyphenic males (except P.
depressus) with variables in the rostrum, antennae and ventrites indicative of the sexual
dimorphism with positive allometry. These patterns should be linkage to the protection
behavior of the female performed by large males during oviposition.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:2304 |
Date | 25 February 2011 |
Creators | Ingrid Mattos |
Contributors | José Ricardo Miras Mermudes, Paulo Marques Machado Brito, Mauricio Osvaldo Moura, Antonio Carlos de Freitas |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Biociências, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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