Return to search

As novas formas de racismo e os valores sociais

Made available in DSpace on 2015-05-14T13:16:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 562206 bytes, checksum: 91150f13d555f60dbfc54819b17a24a6 (MD5)
Previous issue date: 2009-07-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In modern societies, explicit acts of racial and ethnic discrimination are publicly condemned and prohibited by law. Racial prejudice can be compared to an iceberg whose visible part is the clear manifestations and submerged part corresponds to the prejudices not expressed, which is invisibly present in the subjects heads (Carone & Benedict, 2002). The classical psychological theories study prejudice as an universal attitude that exists naturally in individuals or groups and is expressed through derogatory feelings and behaviors. Recent theories (Billig, 1985; Wetherell, 1996; Camino & Ismael, 2004) place these psychological concepts in actual conflicts of social exclusion/inclusion. Accordingly, prejudice turns into the subjective aspect of real conflicts of power between groups and takes place mainly inside dominant groups and may be defined as an "intergroup form of relationship where, in the specific context of asymmetric power relations, derogatory attitudes and hostile and discriminatory behaviors are developed within the dominant groups against members of minority groups for being members of such groups "(Camino & Pereira, 1999). So racism is not a universal phenomenon, but a form of social consciousness that is developed in specific historical situations. Researches show that the respondents from Paraíba seem to have clear awareness of the racial discrimination that is happening in Brazil, but do not accept to take responsibility for this situation (Camino, Silva, Pereira & Machado, 2001; Camino, Silva & Machado, 2004). It was also observed that people praised black people more than white people, but think that Brazilians would do the opposite. This research involved 206 students from public and private universities, with ages ranging from 17 to 49 years, the majority of females (81%), where 52% identified themselves as white skinned, 44.3% of brown skin and 3 , 5% of black skin. Participants responded to the Value Systems Questionnaire as well as the Rejection to Intimacy scale, Perceived distances between different groups of color scale, Symbolic Racism scale and Belief in a Just World scale. Participants responded that 55.2% of Brazilians, 43.2% of students (the respondents themselves) and 60% of the same racial group indicated the system of economic values (profits, wealth and status) as being more important for the white population. As for the questionnaire on the thinking of the black population, 29% of Brazilians, 47% of the students (the respondents themselves) and 56% of black people replied that the social justice (equality, freedom, brotherhood) is the most important. The results show that there is a differentiation between the two populations according to the values that identify themselves, by themselves as by the Brazilians and the participants themselves, indicating a tendency of discrimination through a hierarchy of social values / Nas sociedades modernas, os atos explícitos de discriminação racial e étnica são publicamente condenados e proibidos por lei. O preconceito racial pode ser comparado a um iceberg, cuja parte visível corresponde às manifestações claras e a parte submersa corresponde aos preconceitos não manifestos, presentes invisivelmente na cabeça dos indivíduos (Carone & Bento, 2002). As teorias psicológicas clássicas estudam o preconceito como atitude universal, que existe naturalmente nos indivíduos ou grupos e que se expressa em sentimentos e comportamentos depreciativos. Teorias recentes (Billig, 1985; Wetherell, 1996; Camino & Ismael, 2004) situam estas noções psicológicas nos conflitos reais de exclusão/inclusão social. Neste sentido, o preconceito constitui-se na vertente subjetiva dos conflitos reais de poder entre grupos e desenvolve-se como forma de relação intergrupal onde, no quadro específico de relações assimétricas de poder, se desenvolvem no seio dos grupos dominantes, atitudes depreciativas e comportamentos hostis e discriminatórios em relação aos membros de grupos minoritários por serem membros desses grupos (Camino & Pereira, 1999). Portanto, o racismo não é um fenômeno universal, mas uma forma de consciência social que se desenvolve em situações históricas concretas. Pesquisas realizadas mostram que os entrevistados paraibanos parecem ter clara consciência da discriminação racial que se vive no Brasil, mas não aceitam a responsabilidade por esta situação (Camino, Silva, Machado & Pereira, 2001; Camino, Silva & Machado, 2004). Constatou-se também que as pessoas avaliam muito melhor as pessoas de cor negra que as pessoas brancas, mas pensam que os brasileiros fariam o contrário. Nesta pesquisa participaram 206 estudantes universitários da rede pública e privada, com idades entre 17 e 49 anos, sendo a maioria do sexo feminino (81%), onde 52% identificaram ser de pele branca, 44,3% de pele morena e 3,5% de pele negra. Os participantes responderam ao Questionário de Sistema de Valores, bem como a Escala de Rejeição à Intimidade, Escala de Distâncias percebidas entre os diversos grupos de cor, a Escala de Racismo simbólico e a escala de crença no mundo justo. Os participantes avaliam que 54% dos brasileiros, 40% dos estudantes (os próprios respondentes) e 62% do mesmo grupo racial consideram o sistema de valores econômicos (lucro, riqueza e status) como sendo o mais importante para a população branca. Já para o questionário sobre o que pensam da população negra, 29% dos brasileiros, 47% dos estudantes (os próprios respondentes) e 56% da população negra, responderam que a justiça social (igualdade, liberdade, fraternidade) é o valor mais importante. Os resultados mostram que existe uma diferenciação das duas populações em relação a escolha dos valores que as identificam, tanto por elas mesmo quanto pelos brasileiros e os próprios participantes, indicando uma tendência a discriminação através de uma hierarquia de valores sociais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6950
Date18 July 2009
CreatorsRivera, Giovani Amado
ContributorsLarrain, Leoncio Camino Rodrigues
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UFPB, BR, Psicologia Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7304211197885395406, 600, 600, 600, 600, -4612537233970255485, 3411867255817377423, 3590462550136975366

Page generated in 0.0017 seconds