Return to search

Processo de Trabalho da Enfermeira em Hospitais do Sistema Único de Saúde

Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-12-01T13:52:17Z
No. of bitstreams: 1
Dis_Enf_Karolline Santos Macedo.pdf: 7916501 bytes, checksum: 88708676ccc6d48788f8d2fa90a72e2b (MD5) / Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2017-12-21T21:15:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dis_Enf_Karolline Santos Macedo.pdf: 7916501 bytes, checksum: 88708676ccc6d48788f8d2fa90a72e2b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-21T21:15:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dis_Enf_Karolline Santos Macedo.pdf: 7916501 bytes, checksum: 88708676ccc6d48788f8d2fa90a72e2b (MD5) / Introdução: Dentre as causas de fragilização dos vínculos de trabalho e aumento da
exploração da força de trabalho nos hospitais públicos está a mudança nos modelos de gestão.
As enfermeiras, como trabalhadoras assalariadas, têm seu processo de trabalho intensamente
atingido por essas mudanças e, portanto, a análise do processo de trabalho da enfermeira pode
revelar as condições sociais da produção da saúde nos hospitais do Sistema Único de Saúde
(SUS). O objetivo deste estudo foi analisar as características do processo de trabalho das
enfermeiras em hospitais da rede estadual do SUS na Bahia sob administração direta e sob
administração indireta. Métodos: Estudo descritivo e exploratório, quantitativo, realizado nos
hospitais da rede estadual de serviços de saúde da Bahia. Foram entrevistadas 256 enfermeiras
no período de março a outubro de 2015. Os dados foram analisados com frequências uni e
bivariadas e medidas de tendência central e desvio-padrão. Na análise bivariada empregou-se
o teste Qui-quadrado de Pearson, Fisher ou Tendência Linear. Utilizou-se o coeficiente Kappa
para avaliação da concordância entre atividades auto referidas e avaliadas. Adotou-se a
significância estatística de 5%. Resultados: Na amostra, predominaram mulheres pardas e
pretas, com idade média de 39 anos, qualificadas, qualificadas com remuneração entre 3 e 4
salários mínimos. Nos dois grupos observaram-se longas jornadas diárias de trabalho (86,7%
≥ 12 horas), alta proporção de duplo vínculo empregatício (58,6%), sobrecarga de pacientes
(56,6%), falta de tempo para interação com o usuário (53,5%) e polivalência (54,3%). As
atividades mais frequentemente realizadas foram a sistematização da assistência (64,1%) e os
procedimentos técnicos (63,3%). Houve baixa concordância entre a atividade predominante
auto-referida e atividade predominante avaliada (p=0,000), com predomínio de atividades
assistenciais-administrativas (47,8%). As enfermeiras em hospitais sob administração direta
comparadas às sob administração indireta eram mais velhas (p=0,000), mais experientes
(p=0,000), cumpriam menores jornadas semanais de trabalho (p=0,000) e trabalhavam em
turnos menos estressantes (p=0,015). Contudo tinham menos acesso a educação permanente
(p=0,000), executavam mais atividades para as quais não eram qualificadas (0,024),
participavam menos de reuniões (p=0,000) e de tomada de decisões (p=0,018), utilizavam
menos protocolos operacionais (p=0,000), tinham menor disponibilidade e menor adequação
de materiais e equipamentos (p=0,000), realizavam mais adaptações e improvisos (p=0,000) e
dispunham de piores condições de trabalho para atender o perfil de gravidade do usuário
(p=0,000). Conclusão: Constatou-se homogeneidade entre os grupos quanto às características
dos objetos de trabalho e das atividades, com alta proporção de subdimensionamento de
pessoal, polivalência, intensificação do trabalho e baixos salários, resultando em precarização
do trabalho. Houve diferença entre os grupos quanto aos agentes, benéfica para o grupo sob
administração direta, e quanto aos instrumentos, vantajosa para o grupo sob administração
indireta. Os resultados clamam pelo aumento de salários, redução das jornadas diárias e
semanais, aumento do número de trabalhadoras nos hospitais públicos do SUS e viabilização
da sua qualificação.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/24910
Date27 April 2017
CreatorsMacedo, Karolline Santos
ContributorsMelo, Cristina Maria Meira de, Costa, Heloniza O. Gonçalves, Melo, Cristina Maria Meira de, Costa, Heloniza O. Gonçalves, Gusmão, Maria Enoy Neves, Paiva, Mirian Santos, Pinto, Isabela Cardoso de Matos
PublisherEscola de Enfermagem, Programa de Pós Graduação em Enfermagem, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds