Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Esta dissertação tem como centralidade a discussão sobre formação continuada vivida por professoras/es no contexto de um coletivo docente chamado Grupo de Estudos e Pesquisa Professoras/es Alfabetizadoras/es Narradoras/es (GEPPAN). Em encontros que ocorrem mensalmente, um grupo de professoras/es é instigado a compartilhar a própria prática alfabetizadora vivida no cotidiano escolar (GARCIA, 2012), o que tem permitido a cada integrante assumir-se como professor/a pesquisador/a (FREIRE, 1996; GARCIA, 2001).Tal investigação se inscreve em um contexto no qual a formação de professores tem sido anunciada, especialmente pelas políticas públicas, como responsável pela má qualidade da educação. Assim, ao colocar a formação docente como foco central do problema, as ações governamentais também anunciam e criam programas e projetos formativos como medidas eficazes para o sucesso escolar. No entanto, historicamente, os modelos instituídos de formação continuada não têm garantido a tão almejada melhoria na qualidade do ensino, especialmente quanto ao processo alfabetizador. Igualmente, não têm garantido espaçostempos onde as/os professoras/es tornem-se protagonistas de sua própria formação. Neste sentido, o interesse por trazer à cena as narrativas docentes se deve à intenção de reafirmar a legitimidade e a importância dos conhecimentos produzidos pelas professoras/es alfabetizadoras/es no cotidiano escolar conhecimentos tantas vezes apontados como não-saberes, ou conhecimentos menores, por isso ordinários (CERTEAU, 1996). As muitas experiências compartilhadas pelas professoras/es nos encontros do GEPPAN instigam a buscar compreender o que mobiliza docentes a se encontrarem e discutirem seu trabalho alfabetizador, bem como a investigar em que medida as ações neste coletivo docente conseguem ser vividas como experiências formativas e não apenas como informações (BENJAMIN, 1996). Diante desta experiência de formação continuada, tomada como foco da pesquisa, a conversa (SKLIAR, 2011; SAMPAIO, 2010; ALVES, 2004) é assumida como metodologia de pesquisa, reforçando a ideia de que as narrativas possibilitam o intercâmbio de experiências significativas e, neste movimento, abre possibilidades de ressignificar práticas, assim como transformar-se. / Esta disertación se centra el debate sobre la educación permanente de profesores/as en el contexto de un colectivo docente llamado "Grupo de Estudios y Pesquisa: Profesoras Alfabetizadoras Narradoras (GEPPAN). En sus encuentros mensuales, las/os profesoras/es son invitadas/as a compartir la própria práctica alfabetizadora vivida a diario en las escuelas (GARCIA, 2012), lo que ha permitido a cada miembro a posicionarse como un/a profesor/a investigador/a (FREIRE, 1996; GARCIA, 2001). Esta investigación se inscribe en un contexto en el que la formación del profesorado ha sido anunciada, sobre todo por las políticas públicas, como responsables de la mala calidad de la educación. De este modo, mediante la colocación de la formación del profesorado como un foco central del problema, las acciones gobernamentales también anuncian y crean programas y proyectos de formación como medidas eficaces para el "éxito escolar". Sin embargo, históricamente, los modelos establecidos de educación continua no han asegurado la mejora muy deseada en la calidad de la educación, especialmente en relación con el proceso de alfabetización. Tampoco se han asegurado espacio-tiempos donde los/as profesores/as puedan asumirse como protagonistas de su propia formación. En este sentido, el interés en llevar a cabo las narrativas docentes deriva de la voluntad de reafirmar la legitimidad y la importancia de los conocimientos producidos por los profesores/as alfabetizadores/as en el cotidiano escolar - conocimientos tantas veces señalados como no-saber, o conocimientos menores, por lo tanto ordinarios (CERTEAU, 1996). Las muchas experiencias compartidas por los/as profesores/as en los encuentros del GEPPAN instigan la búsqueda de la comprensión de lo que moviliza a los maestros para reunirse y discutir su trabajo de alfabetización, así como para investigar hasta qué punto las acciones en este colectivo docente son vividas como experiencias formativas y no sólo como informaciones (BENJAMIN, 1996). Teniendo en cuenta esta experiencia de educación continua, tomada como el foco de la investigación, se asume la "conversación" (SKLIAR, 2011; SAMPAIO, 2010; ALVES, 2004) como una metodología de trabajo, lo que enfatiza las narrativas como posibilidad de intercambio de experiencias significativas y, además, como apertura a que podamos pensar las prácticas y a nosotros mismos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:4762 |
Date | 25 March 2014 |
Creators | Aline Gomes da Silva |
Contributors | Jacqueline de Fátima dos Santos Morais, Carmen Diolinda da Silva Sanches Sampaio, Inês Ferreira de Souza Bragança, Mitsi Pinheiro de Lacerda leite Benedito |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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