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Itinerário do uso e variação de nós e a gente em textos escritos e orais de alunos do ensino fundamental da rede pública de Florianópolis

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T17:44:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
270036.pdf: 1683844 bytes, checksum: 3ce5f199d48c0f202f2a227e727fc815 (MD5) / O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a variação de nós e a gente (e suas possíveis realizações na desinência verbal -mos e zero/O e zer/O e -mos) na fala e escrita de alunos do ensino fundamental (5ª, 6ª, 7ª e 8ª série) em quatro escolas da rede pública de ensino de Florianópolis - região leste de Santa Catarina. A análise está apoiada na Teoria da Variação e Mudança Lingüística delineada por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 2001, 2003) e leva em conta a influência de fatores lingüísticos e extralingüísticas no condicionamento das formas em variação. Esta pesquisa consistiu na observação do uso "real" desses pronomes e se efetivou partindo de uma proposta de narração solicitada aos alunos, que deveriam relatar a respeito de um momento marcante da vida deles, em conjunto, com outras pessoas - para se resgatar, preferencialmente, a primeira pessoa do plural. As amostras da pesquisa foram constituídas por produções textuais e entrevistas orais, no período de maio a outubro de 2008. Os resultados gerais já apontam para um uso efetivo da forma a gente na fala e na escrita dos alunos, como podemos constatar por meio dos resultados obtidos durante as rodadas que foram realizadas com a ajuda do pacote estatístico VARBRUL. Verificamos os seguintes contextos lingüísticos e extralingüísticos favorecedores para o uso de a gente na escrita e na fala, respectivamente: (i) marca morfêmica do verbo que o acompanha (zero e -mos), (ii) sujeito preenchido e nulo, (iii) modalidade: fala e escrita, (iv) saliência fônica, (v) paralelismo formal, (vi) sexo dos informantes e (vii) série (5ª, 6ª, 7ª e 8ª). Esse quadro aponta para o ensino de língua em que um dos primeiros objetivos e uma das primeiras atitudes do educador deve ser o reconhecimento da realidade sociolingüística presente na sala de aula e na comunidade em que está atuando. É fundamental realizar esse reconhecimento na realidade da sala de aula, sublinhando alguns pontos, como o da heterogeneidade lingüística, o dos possíveis usos da língua (escrita e falada) em diversas situações de interação no cotidiano, e outros; confrontando, deste modo, as diversas variedades presentes naquela determinada localidade e combatendo preconceitos entre os vários professores com seus alunos e entre os próprios alunos. / The aim of this work is to describe and analyze the variation of nós and a gente (and their respective realizations in the verbal ending -mos and O/null) in the spoken and written language of the students in the middle school (ensino fundamental) (5th , 6th , 7th and 8th grades) through four schools in the public system of education in Florianópolis - east region of Santa Catarina state. The analysis is supported by the theory of Linguistic Variation and Change, delineated by Weinreich, Herzog and Labov (1968) and Labov (1972, 2001, 2003) and it considers the influence of linguistic, and extralinguistic factors at the conditioning of forms in variation. This survey has consisted by the observation of "real" use of these pronouns and it was effected from a proposal of a narrative, solicited to the students, to report an impressing moment of their lives with other people, to get, preferentially, the first person of plural. The samples of the survey were constituted by textual productions and oral interviews, at the period from May to October 2008. The general results attest an effective use of the form a gente in the spoken and written language of the students, as we can verify through the results obtained by the rounds of the VARBRUL statistical packet. We have verified the following linguistic and extralinguistic favorer contexts for the use of a gente in the oral and written modalities, respectively: (i) morphemic mark of the verb, (ii) null or full subject, (iii) spoken and written languages, (iv) phonic salience, (v) formal parallelism, (vi) sex of the informants and (vii) school grades (5th, 6th, 7th e 8th). This scenery indicates a teaching of languages, which has as first aims and first educator's attitudes the recognizability of the sociolinguistic reality present in the classroom and the community. It's essential to effect this recognizability of the reality in the classroom, underlining some points, as the linguistic heterogeneity, the possible uses of language (oral and written modalities) in several situations in the quotidian, and others; confronting, this way, the diverse varieties present in a locality, fighting prejudices among the teachers and their students and among the students.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93178
Date24 October 2012
CreatorsBrustolin, Ana Kelly Borba da Silva
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Coelho, Izete Lehmkuhl
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format202 p.| tabs., grafs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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