This dissertation aims at presenting and discussing the proofs for immortality of the soul in Book I of the Tusculan Disputations by Cicero, a philosophical work written in the form of a dialogue in which why man must not fear death is discussed. Before directly approaching the theme, in the proem to Book I, Cicero presents his conception about philosophy and about the requirement of producing philosophy in Latin. Concerning its subject, the dialogue of Book 1 can be divided into two great parts: the first one consisting of an argumentation favourable to the immortality of the soul, that proves death is something good (18-71), and the second one, consisting of a reservation that death is not only something good, but it cannot be something bad (82-119). In accordance to the main goal of this work and based on several different translations which allowed us to do the work with a philological stance where necessary, and which guided a great part of our investigation through notes and valued suggestions of a secondary bibliography we analysed the first part of Book 1, showing that the argumentation in favour of the immortality of the soul, is according to Cicero, absolute and praiseworthy to the best philosophers. We also noticed that the immortality of the soul had been denied as an axiom of ancient philosophy by Hellenistic thought, such as Stoicism and Epicureanism. Cicero refuses the Stoic views about duration of the souls and despises the Epicurean concept on the proof of the mortality of the soul. There are four proofs of immortality of the soul in Book 1, in which we can find the following discussions: the argument consensus omnium gentium, the soul as warm air, the soul as the principle of movement and the soul as the fifth nature (quinta natura). For this work the last discussions are the most important ones: the discussion of the soul as a principle of movement, from Phaidro by Plato and the discussion of the soul as the fifth nature from the lost dialogues of Aristotle, by means of which, Cicero demonstrates that the soul is eternal and divine, thus, establishing a difference between the nature of the soul and the nature of the body. As it may be seen in the conclusion of this work, the immortality of the soul is restricted to the mind, a part of the soul, provided with reason. Remaining after death of the material body, the soul owns perception and intelligence, as it presents the same nature of god, thus pertaining to the celestial realms. / Esta dissertação tem como objetivo principal apresentar e discutir as provas da imortalidade da alma no Livro I das Discussões Tusculanas, de Cícero, uma obra filosófica escrita em forma de diálogo em que se discute, dentre outras coisas, por que o homem não deve temer a morte. Antes de abordar o tema de forma direta, Cícero apresenta no proêmio ao Livro I sua concepção acerca da filosofia e da necessidade de produzir filosofia em latim. Quanto a seu tema, o diálogo do Livro I pode ser dividido em dois grandes momentos: o primeiro consiste numa argumentação favorável à imortalidade da alma, que prova que a morte é um bem (parágrafos 18 a 71); e o segundo consiste na ressalva de que a morte não apenas é um bem, mas sequer pode ser um mal (parágrafos 82 a 119). Alinhados ao objetivo principal deste trabalho e munidos de diferentes traduções que nos permitiram o trabalho de cunho filológico, quando necessário, e nortearam, pelas notas e indicações de bibliografia secundária, grande parte de nossa pesquisa, analisamos a primeira parte do Livro I, mostrando que, para Cícero, a argumentação em favor da imortalidade da alma é primorosa e digna de filósofos superiores (Platão e Aristóteles). Constatamos, também, que a imortalidade da alma, como uma doutrina da filosofia antiga, havia sido negada pelas correntes helenistas, o estoicismo e o epicurismo. Cícero rejeita o ponto de vista do estoicismo sobre a duração das almas e despreza a prova da mortalidade de Epicuro. Quatro são as provas da imortalidade da alma encontradas no Livro I. Delas constam os seguintes argumentos: consensus omnium gentium, a alma como ar aquecido, a alma como princípio de movimento e a alma como quinta natureza. Para este trabalho, os dois últimos são de maior importância: o argumento da alma como princípio de movimento, extraído do diálogo Fedro, de Platão; e o argumento da alma como quinta natureza, noção retirada dos diálogos perdidos de Aristóteles, já que, com eles, Cícero demonstra que a alma é eterna e divina, estabelecendo uma diferença entre a natureza da alma e a natureza do corpo. Como poderá ser visto na conclusão, a imortalidade da alma restringe-se à mente, parte da alma provida de razão. Permanecendo após a morte do corpo, a alma possui percepção e é dotada de inteligência, tem a mesma natureza de deus e, assim, pertence à região celeste. / Mestre em Filosofia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_UFU:oai:repositorio.ufu.br:123456789/15597 |
Date | 14 January 2016 |
Creators | Borges, Lucas Nogueira |
Contributors | Ferreira, Anselmo Tadeu, Paschoal, Stefano, Sousa, Francisco Edi de Oliveira, Bortolanza, João |
Publisher | Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-graduação em Filosofia, UFU, BR, Ciências Humanas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFU, instname:Universidade Federal de Uberlândia, instacron:UFU |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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