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Violencia domestica na gravidez

Orientadores: Ana Maria Segall Correa, Silvia Maria Santiago / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T03:20:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: A violência contra as mulheres, em suas diversas formas, é endêmica em todos os países do mundo, independente da classe social, raça ou idade. Estudos têm mostrado que a gestante não está livre de sofrer as diversas manifestações de violência doméstica. O objetivo deste trabalho foi investigar a associação entre violência doméstica contra as gestantes, residentes na região Sudoeste de Campinas-SP e os fatores associados à violência perpetrada pelo parceiro íntimo, assim como, verificar o impacto dessa violência no peso ao nascer ou na prematuridade. Inicialmente, foram realizados grupos focais para subsidiar o estudo de coorte. Neste, numa etapa retrospectiva foram coletadas informações sobre experiência de violência doméstica vivida pelas gestantes selecionadas, no ano anterior a gestação. Numa etapa prospectiva, coletamos dados sobre nova exposição à violência doméstica durante e após período gestacional. Informações sobre, características sócio demográficas das gestantes, do parceiro íntimo, sobre o parto e pós-parto imediato, também foram pesquisadas. Participaram do estudo 1379 gestantes usuárias do SUS. Do total da amostra, 19,1 % (262) referiram ter sido vítima de violência psicológica, 5,9% (81) de violência física e 1,3% (18) de violência sexual. A prevalência de violência física ou sexual foi de 6,5% (81) gestantes. Através de analise de regressão logística, permaneceram associados: 1) à violência psicológica: gestante com escolaridade fundamental ou menor (p<0,013), gestante ser responsável pela família (p<0,001), sentimento de rejeição (p<0,001), gestante presenciou agressão física na infância (p<0,001), gestante sofreu agressão física na infância (p<0,032), parceiro íntimo adolescente (p<0,011) e consumir bebida alcoólica com freqüência superior a uma vez por semana (p<0,001); 2) à violência física/sexual: a gestante ter relatado dificuldade em fazer as consultas de pré-natal (p<0,011 ), gestante com escolaridade fundamental ou menor (p<0,002), sentimento de rejeição (p<0,001), gestante sofreu agressão física na infância (p<0,021), parceiro íntimo não trabalhar (p<0,039) e o parceiro fazer uso de drogas e consumir álcool com freqüência superior a uma vez por semana (p<0,001). Para analisar o peso ao nascer ou prematuridade, 1220 mulheres foram acompanhadas durante o período de pré-natal e pós-natal (88,5% das gestantes inicialmente selecionadas). Essa diferença refere-se a 11,5% das perdas de acompanhamento, basicamente por mudança de endereço. O peso médio ao nascer foi de 3,233 gramas e a idade gestacional foi em média 38,56 semanas. Apresentaram BPN ou PM 13,8% RN. Condições de risco para BPN ou PM foram: gestante ter tido RN PM em outra gestação (p<0,003), ser tabagista (p<0,001), ter tido parto por cesárea (p<0,001) e ser baixa a escolaridade do parceiro (p<0,005). Os eventos adversos, manifestados durante a gestação associados à violência psicológica e violência física/sexual foram, respectivamente: infecção urinária (p<0,007; p<0,027), falta de desejo sexual (p<0,018; p<0,001), afecções ginecológicas (p<0,009), enxaqueca (p<0,014), sentimento de rejeição e distúrbios neuróticos (p<0,001). Conclusões: este estudo conseguiu identificar que a prevalência de qualquer forma de violência contra a gestante pode acometer aproximadamente uma em cada seis delas. O perpetrador mais provável é o que consome drogas licitas ou ilícitas; mostraram-se de maior risco as mulheres de baixa escolaridade, dificuldades de comparecer ao pré-natal e que são responsáveis pela família. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre violência doméstica e baixo peso ao nascer ou prematuridade. Os eventos adversos manifestados durante a gestação foram: infecção urinária, falta de desejo sexual, afecções ginecológicas, enxaqueca, sentimento de rejeição e distúrbios neuróticos. As prevalências de violências observadas e os fatores a elas associados evidenciam a magnitude e complexidade do problema. Sugere-se rever os mecanismos que permitam sua identificação e orientem abordagem inter e multidisciplinar, especialmente no âmbito da Saúde Pública, com ênfase na atenção primária / Abstract: Violence against women, in its various forms, is endemic in every country in the world, regardless of social class, race, or age. Studies have shown that pregnant women also suffer from the various manifestations of domestic violence. The objective of this study was to investigate the association between domestic violence against pregnant women residing in the southeastern region of Campinas-SP and the factors associated with violence perpetrated by their partners, as well as examine the impact of this violence on birth weight and premature birth. Focus groups were initially conducted to complement the cohort study. In the latter, in a retrospective phase, information was collected regarding the domestic violence experienced by the pregnant women during the year preceding their pregnancy. In a prospective phase, data was collected on exposure to domestic violence during and after pregnancy. Information on the socio-demographic characteristics of the pregnant women, of their partners, and about the birth and immediate post-partum period was also collected. The total number of pregnant women who participated in the study was 1379, all users of the Brazilian Unified Health System (SUS). Of these, 19,1% (263) claimed to have been victims of psychological violence, 5,9% (81) of physical violence, and 1,3% (18) of sexual violence. The prevalence of physical or sexual violence was 6,5% (81). Logistic regression analysis showed associations between: 1) psychological violence 8th grade education or less (p<0,013), pregnant woman describing herself as being responsible for the family (p<0,001), rejection feeling (p<0,001), pregnant woman witnessed physical aggression in the childhood (p<0,001), pregnant woman suffered physical aggression in the childhood (p0, <032), adolescent father (p0<,011) and alcohol consumption by partner more often than once a week (p<0,001); 2) physical/sexual violence and: difficulty in doing prenatal consultations (p<0,011), 8th grade education or less (p<0,002), and drug and alcohol consumption by partner more often than once a week (p<0,001), rejection feeling (p<0,001), pregnant woman suffered physical aggression in the childhood (p<0,021), partner intimate doesn't work. To analyze birth weight or premature birth, 1220 women were followed during the pre- and post-natal period (88,5% of the pregnant women initially selected). This represents a 11,5% loss basically due to address changes. Mean birth weight was 3,233 grams and mean gestational age was 38,56 weeks. Of the newborns, 13,8% were low birth weight or premature. Risk conditions for low birth weight or prematurity included: history of previous premature births (p<0,003), tobacco use (p<0,001), cesarean birth (p<0,001), and low educational level of the partner (p<0,005). The event¿s adverse manifested during pregnancy association¿s violência psychological violence and physical/sexual violence were, respectively urinary infection (p <0,007; p <0,027), lacks of sexual want (p<0,018; p<0,001), gynecological problem (p<0,009), headache (p <0,014), rejection feeling and neurotic disturbances (p <0,001). Conclusions: In this study, it was found that the prevalence of some form of violence against pregnant women can be as high as one in six. The most likely perpetrators are consumers of illicit or licit drugs. Women at higher risk included those with fewer years of schooling, those who had difficulties in keeping their prenatal care appointments, and those who described themselves as being responsible for the family. No statistically significant associations were observed between domestic violence and low birth weight or premature birth. The adverse events manifested during the gestation were: urinary infection lacks of sexual want, gynecological problem, headache, rejection feeling and neurotic disturbances. The prevalence¿s of the different types of violence observed and their associated factors suggest the magnitude and complexity of the problem. It is recommended that mechanisms to identify the problem and provide inter- and muti-disciplinary guidance be reviewed, especially in the sphere of public health, with emphasis in primary health care / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313845
Date31 August 2007
CreatorsAudi, Celene Aparecida Ferrari
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Santiago, Silvia Maria, 1958-, Corrêa, Ana Maria Segall, 1946-, Schraiber, Lilia Blima, d'Oliveira, Ana Flavia Pires Lucas, Campos, Rosana Onocko, Cecatti, José Guilherme
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format142p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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