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Questão agrária e hegemonia

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T11:14:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290256.pdf: 3936112 bytes, checksum: 332b36cb8d8aceec0d129b8b6ea46431 (MD5) / A questão agrária brasileira foi absorvida pelo discurso hegemônico do êxito do agronegócio, por um lado, e pela perspectiva da resolução de problemas sociais, materializando uma política de assentamentos no campo brasileiro. A crise deste modelo reformista resultou em uma materialidade específica: o pré-assentamento. Este é um não-lugar criado pelo aparato burocrato-institucional para inviabilizar a conquista das famílias, formando um hiato espaço-temporal entre o acampamento e o assentamento. O manejo da agrobiodiversidade em um pré-assentamento da reforma agrária é baseado em uma situação contraditória: as famílias conquistam o acesso a terra, porém a não-regularização do assentamento as priva de acessar qualquer política pública, como assistência técnica, crédito agrícola e programas de agroindustrialização e comercialização. Este manejo é também estruturado a partir do processo de alienação ser humano - natureza, base da falha metabólica da sociedade. Esta dissertação utilizou a análise-diagnóstico dos sistemas agrários para sistematizar os diferentes manejos da agrobiodiversidade realizados pelos trabalhadores rurais do pré-assentamento Oziel Alves II, em Planaltina (DF). A partir desta análise observou-se como a hegemonia da classe dominante, principalmente em seu viés tecnológico-produtivo, adentra a conquista da classe trabalhadora e conforma o novo território à sua lógica. A compreensão dos movimentos hegemônicos e suas debilidades são fundamentais para a construção da autonomia camponesa do futuro assentamento e de um bloco contra-hegemônico e emancipatório. Três eixos se apresentam como prioritários para alcançar esse objeto: a cooperação, a agroecologia e a comercialização solidária. Ao estruturar estes eixos, será possível iniciar um real enfrentamento territorial à hegemonia dominante.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/94511
Date25 October 2012
CreatorsMoura, Luiz Henrique Gomes de
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Machado, Luiz Carlos Pinheiro, Villas-Bôas, Rafael Litvin
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format138 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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