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No horizonte, a exaustão: disputas pelo subsolo e efeitos socioespaciais dos grandes projetos de extrativismo mineral em Goiás / On the horizon, exhaustion: disputes over the subsoil and sociospatial effects of the large mineral extraction projects in Goiás

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Previous issue date: 2016-08-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The inclusion of the Cerrado of Goiás in the national and international production of goods is directly connected to geopolitics and strategies aimed at seizing territories disputed by the hydro-agribusiness, the pharmaceutical-chemical industry, tourism, and mining. Territorial resources such as land, water and ores become vital for the capital to keep its expansionary pace and income generation, focused on disputes over territories and class struggle in the face of a worldwide demand for agricultural-mineral commodities. The social-spatial effects caused by large extraction enterprises bring about social-environmental conflicts and impact the organization of spaces of collective existence of Peasant Communities, land workers, quilombolas and indigenous peoples in Goiás – the Cerradeiros Peoples. Thus, the purpose of the research was to understand the social-spatial effects of the large mineral extraction projects in Goiás, mainly the Mining-Chemical Complex in the cities of Catalão and Ouvidor, in southeastern Goiás. The methodology employed used techniques involving qualitative research and quantitative data collection. The comprehension of the reality and the subjects investigated was made possible by methodological procedures such as field research, interviews, participative research, a field journal, audiovisual records, data tabulation and informative tables, charts and diagrams. It was argued that mining is inseparable from the economic and social formation of Goiás at different production stages of its territory. It was found that the mining companies have their own geopolitics concerning occupying the Goiás’ Cerrado with an unequal, contradictory appropriation of the subsoil by strategies for control and expansion of large mining enterprises. Hence, besides land and water, the subsoil is considered to be a disputed territory. Such process is attached to the globalization of capital and the reprimarization of the Brazilian exporting agenda, with the participation of Goiás in the context of the megacycle of commodities in the 21st century’s first decade. This (re)positioned the Cerrado within the production of goods, as of the modernization of territory and commoditization of nature. Consequently, struggles for land, water and the subsoil are inseparable from the contemporary agrarian issue, and constitute what has been called the agricultural-hydro-mining business. This process also binds together resistances/existences and the working class collective organization, without overlooking the meanings and cultural practices of the subjects who resist/exist. However, the thematic approach focusing on the large mineral extraction projects in Catalão/Ouvidor has shown that conflicts with Peasant Communities, overexploitation of labor, exhaustion of landscapes, and expropriation of peasant families are concrete examples of a primitive capital accumulation and its continuous role in the dynamics of capitalism. It has also revealed the unreformability, uncontrollability, and destructiveness of capital. On the horizon, exhaustion. / A inserção do Cerrado goiano na produção capitalista nacional e internacional de mercadorias relaciona-se diretamente com a geopolítica e as estratégias de apropriação dos seus territórios, disputados pelo agrohidronegócio, indústria farmacoquímica, turismo e mineração. Recursos territoriais como terra, água e minérios tornam-se imprescindíveis para que o capital mantenha sua marcha expansionista e geração de renda, apresentando a centralidade das disputas por território e de classe diante da demanda mundial por commodities agrominerais. Os efeitos socioespaciais de grandes empreendimentos extrativistas geram conflitos socioambientais e impactam a organização dos espaços da existência coletiva de Comunidades Camponesas, trabalhadores da terra, quilombolas e povos indígenas em Goiás – os Povos Cerradeiros. Desse modo, o objetivo da pesquisa foi compreender os efeitos socioespaciais dos grandes projetos de extrativismo mineral em Goiás, com foco no Complexo Mínero-Químico nos municípios de Catalão e Ouvidor, localizados no Sudeste Goiano. A metodologia utilizada contou com técnicas no âmbito da pesquisa qualitativa e levantamento de dados quantitativos. Procedimentos metodológicos como pesquisa de campo, entrevistas, pesquisa participante, diário de campo, registros audiovisuais, tabulação de dados e informações em tabelas, mapas e quadros possibilitaram a apreensão da realidade e dos sujeitos pesquisados. Defendeu-se que a mineração é indissociável da formação econômica e social de Goiás em diferentes fases da produção do seu território. Constatou-se que há uma geopolítica das empresas mineradoras na ocupação do Cerrado goiano com a apropriação desigual e contraditória do subsolo pelas estratégias de controle e expansão dos grandes empreendimentos de mineração. Por isso, além de terra e água, entende-se o subsolo como território em disputa. Esse processo está associado à mundialização do capital e à reprimarização da pauta exportadora brasileira, com a participação de Goiás no contexto do mega ciclo das commodities na primeira década do século XXI. Isso (re)colocou a posição do Cerrado na produção de mercadorias a partir da modernização do território e da commoditização da natureza. Em razão disso, os conflitos por terra, água e subsolo são indissociáveis da questão agrária contemporânea e constituem o que se denominou de negócio da agro-hidro-mineração. Esse processo também aglutina (Re)Existências e organização coletiva da classe trabalhadora, sem perder de vista os significados e as práticas culturais e políticas dos sujeitos que (Re)Existem. No entanto, o recorte temático com ênfase nos grandes projetos de extrativismo mineral de Catalão/Ouvidor demonstrou que os conflitos com as Comunidades Camponesas, superexploração do trabalho, exaustão das paisagens e expropriação das famílias camponesas são exemplos concretos da acumulação primitiva do capital e sua presença permanente no movimento processual do capitalismo. Ainda revelaram a irreformabilidade, incontrolabilidade e destrutividade do capital. No horizonte, a exaustão.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tede/6111
Date10 August 2016
CreatorsGonçalves, Ricardo Junior de Assis Fernandes
ContributorsMendonça, Marcelo Rodrigues, Mendonça, Marcelo Rodrigues, Chaveiro, Eguimar Felício, Oliveira, Adriano Rodrigues de, Thomaz Junior, Antônio, Milanez, Bruno
PublisherUniversidade Federal de Goiás, Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA), UFG, Brasil, Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess
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