Return to search

Canibalismo e normalização

Made available in DSpace on 2016-04-25T20:22:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Eliane Knorr de Carvalho.pdf: 2648975 bytes, checksum: 10f45a3674e74206012c7b16162a08a5 (MD5)
Previous issue date: 2008-10-23 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Cannibalism is a Western invention. It is applied to indigenous groups and is
expressed in different ways according to each society, place, time and context. Among
Amerindians in the 16th and 17th centuries, these practices could be identified in warrior
and death rites. However, anthropophagy among the indigenous people was also used
by the European colonizers as a justification for applying preventive and punitive
measures and technologies of subjection.
In Western societies, cannibalism is understood in different contexts. Extreme
situations, in which cannibalism is the last resource for survival, are currently the only
acceptable circumstances for the practice. Cannibalism as a tactic of terror gathers all
these other circumstances. Instead of the facts, the effects of cannibalism in the
discourse are at stake. The third case analyzed in this dissertation is cannibalism as a
crime without a reason, which serves as justification for the psychiatric knowledge and
justifies its application. Along with new power technologies of the society of control,
and among the so-called crimes without a reason, another possibility of cannibalism in
Western society emerges: a cannibalism in which the victim is volunteer.
The research seeks to identify the existence of cannibalism through an analysis
of discourse, based on Michel Foucault s propositions. It uses as analytical tool the
notions and concepts of a few authors, namely Claude Lévi-Strauss, Michel Foucault e
Gilles Deleuze / O canibalismo é uma invenção ocidental. Aplicado às sociedades indígenas ele
se expressa de diferentes maneiras de acordo com cada sociedade, local, tempo e
circunstância. Entre os ameríndios nos séculos XVI e XVII, estas práticas poderiam ser
reconhecidas entre os rituais guerreiros e funerários. Mas a antropofagia entre esses
índios também foi usada pelos colonizadores europeus como justificativa para a
aplicação de medidas preventivas, punitivas e técnicas de sujeição.
Nas sociedades ocidentais, o canibalismo é compreendido em circunstâncias
distintas. Os casos extremos, em que ele é o último recurso de sobrevivência,
atualmente é a única forma aceitável desta prática nestas sociedades. O canibalismo
enquanto tática de terror agrega todas estas outras formas de canibalismo. O que está em
jogo nesta circunstância não são os fatos propriamente ditos, mas o efeito do
canibalismo no discurso. A terceira circunstância analisada nesta dissertação é o
canibalismo enquadrado na categoria de crime sem razão. Categoria que serve de
justificativa para o saber psiquiátrico, e justifica a aplicação deste saber. Entre esses
chamados crimes sem razão, emerge juntamente com novas técnicas e dispositivos de
poder próprios de uma sociedade de controle uma outra possibilidade de canibalismo
na sociedade ocidental, um canibalismo em que a chamada vítima é voluntária.
Procuramos perceber a existência do canibalismo através de uma análise
discursiva, com base na proposta de Michel Foucault. Utilizamos como ferramenta de
análise, noções e conceitos de alguns autores, especialmente de Claude Lévi-Strauss,
Michel Foucault e Gilles Deleuze

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/2860
Date23 October 2008
CreatorsCarvalho, Eliane Knorr de
ContributorsPassetti, Dorothea Voegeli
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds