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Previous issue date: 2017-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de alterações metabólicas relacionadas ao maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes, sendo as principais alterações a pressão arterial aumentada, dislipidemia, obesidade central e glicemia de jejum elevada. Seu desenvolvimento pode estar relacionado a vários fatores, como a inflamação, fatores ambientais e o estresse oxidativo. Este por sua vez, é um estado caracterizado pelo desequilíbrio entre o sistema antioxidante e oxidante, sendo associado a todos os componentes individuais da SM e com o aparecimento de complicações cardiovasculares. Objetivo: Identificar biomarcadores precoces do estresse oxidativo no desenvolvimento de componentes da SM, bem como sua associação com a inflamação e perfil lipídico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com participação de 226 indivíduos aparentemente saudáveis e idade entre 20 e 59 anos. Foram analisadas características antropométricas, de composição corporal, marcadores metabólicos, de estresse oxidativo e inflamatórios e o perfil de ácidos graxos plasmáticos dos indivíduos. A ingestão dietética foi avaliada por meio de questionário de frequência alimentar semi-quantitativo e a qualidade da dieta de acordo com o Índice de qualidade da dieta. A resistência a insulina foi estimada pelo índice HOMA-IR e TyG. Resultados: Os componentes da SM estiveram associados a marcadores do estresse oxidativo como o malondialdeído (MDA) plasmático e eritrocitário e o AU. Além disso, o MDA plasmático e o AU predisseram o número de componentes da síndrome mesmo após ajustes. Indivíduos com maiores concentrações de MDA plasmático apresentaram maiores valores de triglicerídeos (TG), LDL-c, VLDL, resistência à insulina e interleucina-6, e diminuição de ácido linoleico. Quando correlacionados aos parâmetros metabólicos e inflamatórios, o MDA eritrocitário associou-se negativamente ao TG (r= -0,147; p<0,05), LDL/HDL (r= - 0,151; p<0,05), CT/HDL (r= - 0,178; p<0,05) e ácido linolelaídico (r= - 0,082; p<0,05) e positivamente ao HDL-c (r= 0,143; p<0,05) e IL-6 (r= 0,163; p<0,05). Em contrapartida, o MDA plasmático associou-se negativamente ao HDL-c (r= - 0,132; p<0,05) e ácido linoleico (r= - 0,243; p<0,05) e positivamente aos TG (r= 0,138; p<0,05), LDL-c (r= 0,146; p<0,05), colesterol total (r= 0,138; p<0,05), VLDL (r= 0,138; p<0,05), TyG (r= 0,137; p<0,05), IL-1β (r= 0,154; p<0,05), IL-6 (r= 0,251; p<0,01) e ácido linolelaídico (r= 0,267; p<0,01). Em relação ao AU, verificou-se que homens com maiores concentrações de AU apresentaram maior idade e maiores concentrações de colesterol total, LDL-c e ácido esteárico, e menores valores de pressão arterial diastólica. Mulheres com maiores concentrações de AU apresentaram menores valores de glicemia e IL-10, além disso, o AU associou-se negativamente com a enzima glutationa S-transferase (r=- 0,171; p<0,013). Conclusão: Marcadores do estresse oxidativo estão associados aos componentes da SM. As concentrações de MDA plasmático e de AU sérico podem ser bons preditores precoces do número de componentes da SM e estão relacionados às alterações metabólicas e inflamatórias. Além disso, o MDA plasmático e o eritrocitário podem apresentar comportamentos inversos, sugerindo que o MDA plasmático e não o eritrocitário esteja relacionado às alterações metabólicas e inflamatórias. / Introduction: The metabolic syndrome (MetS) is a set of metabolic abnormalities associated with increased risk of cardiovascular disease and diabetes, being the main changes increased blood pressure, dyslipidemia, central obesity and high fasting glycemia. The development of MetS may be related to many factors such as inflammation, environmental factors and oxidative stress. This, in turn, is characterized by the imbalance between the antioxidant system and oxidant processes, and is associated with all the individual components of MetS and with the emergence of cardiovascular complications. Objective: To identify early biomarkers of oxidative stress in the development of MetS components, as well as its association with inflammation and lipid profile. Methods: This is a cross-sectional study with the participation of 226 apparently healthy individuals with age between 20 and 59 years. Anthropometric characteristics, body composition, metabolic, inflammatory and oxidative stress markers, and the plasma fatty acid profile of the individuals were analyzed. Dietary intake was assessed using a semi-quantitative food frequency questionnaire and the quality of the diet according to the Healthy Eating Index. Insulin resistance was estimated by the HOMA-IR and TyG index. Results: The components of MetS were associated with oxidative stress markers, such as plasma and erythrocyte malondialdehyde (MDA) and uric acid (UA). In addition, plasma MDA and UA predicted the number of components of the syndrome even after adjustments. Individuals with higher concentrations of plasma MDA had higher values of triglycerides (TG), LDL-c, VLDL, insulin resistance and Interleukin -6 (IL- 6), and decreased linoleic acid. When correlated to metabolic and inflammatory parameters, erythrocyte MDA was negatively associated with TG (r= - 0.147; p<0.05), LDL/HDL (r= - 0.151; p<0.05), CT/HDL (r= - 0.178; p<0.05) and linolelaic acid (r= - 0.082; p<0.05), and positively associated with HDL-c (r= 0.143; p<0.05) and IL-6 (r= 0.163; p<0.05). In contrast, plasma MDA was negatively associated with HDL-c (r= - 0.132; p<0.05) and linoleic acid (r= - 0.243; p<0.05) and positively associated with TG (r= 0.138; p<0.05), LDL-c (r= 0.146; p<0.05), total cholesterol (r= 0.138; p<0.05), VLDL (r= 0.138; p<0.05), TyG (r= 0.137; p<0.05), IL-1β (r= 0.154; p<0.05), IL-6 (r= 0.251; p<0.01), linolelaic acid (r= 0.267; p<0.01). In relation to UA, was found that men with higher concentrations of UA presented higher age and higher concentrations of total cholesterol, LDL-c and stearic acid, and lower values of diastolic blood pressure. Women with higher concentrations of UA presented lower values of glycemia and IL-10, in addition, UA was negatively associated with the enzyme glutathione S-transferase (r= - 0.171; p<0.013). Conclusion: Oxidative stress markers are associated with the components of MetS. Concentrations of plasma MDA and serum UA may be good early predictors of the number of components of MetS and are related to metabolic and inflammatory changes. In addition, plasma and erythrocyte MDA may exhibit inverse behaviors, Suggesting that plasma MDA, rather than erythrocyte MDA is related to metabolic and inflammatory changes. / Dissertação liberada do sigilo pela orientadora em 27/02/2019, por e-mail.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/23720 |
Date | 23 February 2017 |
Creators | Chaves, Larissa Oliveira |
Contributors | Peluzio, Maria do Carmo Gouveia, Carraro, Júlia Cristina Cardoso, Bressan, Josefina |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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