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Tese_Med_Rosana Cristina Pereira de Andrade.pdf: 3572928 bytes, checksum: 846840a74d4ccae0f9eefebbb3125c37 (MD5) / CNPq / Embora o vírus linfotrópico das células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) seja
considerada de baixa morbidade, um grande número de pacientes apresentam
sintomas urinários isolados. As queixas urinárias normalmente apresentam-se
precocemente indicando que a bexiga neurogênica antecede o desenvolvimento
das demais alterações neurológicas do HTLV-1, e são consideradas um dos
maiores fatores de morbidade da doença. O tratamento da bexiga neurogênica
depende do quadro clínico e dos achados urodinâmicos. A fisioterapia urológica
tem se mostrado uma boa opção de tratamento com resultados satisfatórios nas
para sintomas urinários, através da terapia comportamental, eletroestimulação e
cinesioterapia, em disfunções miccionais de origem idiopáticas e neurogênica de
outras doenças de base. A necessidade do acompanhamento multidisciplinar se
torna fundamental quando são analisadas as consequências e sequelas trazidas
pelo HTLV-1, visto que, na maioria das vezes os danos são permanentes.
Objetivo: Avaliar a eficácia da fisioterapia pélvica em pacientes com disfunção do
trato urinário inferior associado ao HTLV-1. Métodos: ensaio clínico aberto foi
realizado com 21 pacientes atendidos na clínica de fisioterapia do Hospital
Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador, Bahia, Brasil. Foram
utilizadas combinações de terapia comportamental, exercícios perineais e
eletroestimulação intra-vaginal/anal. Os instrumentos de avaliação foram estudo
urodinâmico, escore para sintomas de bexiga hiperativa, escore Oxford/ esquema
PERFECT e questionário King’s Health para medir a qualidade de vida (QV).
Resultados: A idade média dos pacientes foi de 54 ± 12 anos; 14 (67%) eram do
sexo feminino. Após o tratamento, houve melhora clínica dos sintomas de urgência
miccional, frequência urinária, incontinência urinária de urgência, noctúria e na
sensação de esvaziamento incompleto (p <0,001). Houve também uma redução no
escore do OABSS de 10 ± 4 para 6 ± 3 (p <0,001) e aumento na função da
musculatura perineal (p <0,001). Os parâmetros urodinâmicos apresentaram
redução na frequência de pacientes com hiperatividade do detrusor de 57,9% para
42,1%; dissinergia vésico-esfincteriana de 31,6% para 5,3%; hipocontratibilidade do
detrusor de 15,8% para 0% e arreflexia do detrusor de 10,5% para 0%. Houve
repercussões positivas sobre a qualidade de vida, na maioria dos domínios
avaliados. Após um ano de acompanhamento a mediana para o reaparecimento das manifestações foi de 270 dias, IC 95% (180-365 dias), no entanto, o retorno
dos sintomas urinários não repercutiu na piora da qualidade de vida dos pacientes,
exceto para o domínio medidas de gravidade. Conclusão: A fisioterapia pélvica foi
eficaz em casos de bexiga neurogênica associada ao HTLV-1 por reduzir os
sintomas clínicos, melhorar a função muscular perineal com repercussão positiva
sobre a qualidade de vida por até um ano de acompanhamento.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/22049 |
Date | January 2015 |
Creators | Andrade, Rosana Cristina Pereira de |
Contributors | Carvalho, Edgar Marcelino de, Prado, Márcio Josbete, Barroso Junior, Ubirajara, Araújo, Abelardo de Queiroz Campos, dos Santos, Adriana Saraiva Aragão, Marques, Andréa de Andrade, Rocha, Paulo Novis, Carvalho, Edgar Marcelino de |
Publisher | Faculdade de Medicina, em Ciências da Saúde, UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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