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Comportamento de pessoas com hipertensão arterial : estudo fundamentado no modelo de crenças em saúde / Behaviour of persons with hypertension : an analysis based on health belief model

Guedes, Maria Vilani Cavalcante January 2005 (has links)
GUEDES, Maria Vilani Cavalcante. Comportamento de pessoas com hipertensão arterial : estudo fundamentado no modelo de crenças em saúde. 2005. 168 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-02-23T13:12:10Z No. of bitstreams: 1 2005_tese_mvcguedes.pdf: 472874 bytes, checksum: 228b36dd3d79a0eb20011713dd6b1132 (MD5) / Approved for entry into archive by Eliene Nascimento(elienegvn@hotmail.com) on 2012-02-27T11:46:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2005_tese_mvcguedes.pdf: 472874 bytes, checksum: 228b36dd3d79a0eb20011713dd6b1132 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-02-27T11:46:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2005_tese_mvcguedes.pdf: 472874 bytes, checksum: 228b36dd3d79a0eb20011713dd6b1132 (MD5) Previous issue date: 2005 / The chronic sickening requires a change or acquisition on people’s health behavior. In hypertension the behaviors involve changes in lifestyle. The prevalence of the disease, its cardiovascular complication risks, with possibilities of temporary or permanent sequels and death by difficulty in following the treatment, has concerned researchers around the world. The aim of this study is to evaluate the behaviors and beliefs of the people who suffers from blood hypertension, according to the Health Belief Model, and to identify how these people realize the risks involved on its complication: the susceptibility and severity. A sectional study was carried out with a population of 103 adult clients. They all suffer from arterial hypertension and were subscribed in the Hypertension Control Program for at least one year, having attended a minimal of seven consultations during the year. They freely accepted to participate in the study. The data was collected from August to December 2004 in a Municipal Health Center in Fortaleza – CE. Two different forms were used. One of them based in the Health Belief Model and the other was used to classify the participants relating to their following of the treatment. The statistic analysis was made with qui-square test, the Fisher-Freman-Halton with p < 0,005 and the Pearson and Rho Spearman’s coefficients. The results presented a group with 76.7% of women; the age of its members varied from 22 to 80 (average of 57,1 + 11,1); 29.1% of them have studied only for four years and five of them were illiterate; the average family income was of R$395,00; their diagnosis and treatment time ranged from one to 25 years and accompaniment from one to 16 years; 84.5% of them had records of cardiovascular disease in the family; 27.2% were with BMI between 18 and 24.9 kg/m2; 49 had the recommended values of waist circumference to women and men; 25.9% of the women were very good at following the treatment and 4.9% completely followed it. The group studied showed behavior that favors the following of the treatment; beliefs in the susceptibility to complications; in the disease severity; in the benefits of the treatment; in the barriers and in the stimulus to action. The results showed a statistically significant association between behavior and the following of the treatment (p=0,001); BMI (p=0,045); in the dimension severity and blood pressure < 140 x 90 mm Hg (p= 0,048 for SBP; p= 0,001 for DBP); with time of treatment (p= 0,027); following of the treatment and women waist circumference (p=0,001); following of the treatment and BMI (p=0,012); between benefits and the guidance following (p=0,001); the help of guidance during the treatment (p=0,013); the possibility of controlling blood pressure (p=0,001) and between barriers and schooling (p=0,024). The Pearson and Rho Spearman’s coefficients showed statistically significant correlations between averages of blood pressure (SBP e DBP) (p= 0,001) and (p= 0,023) respectively; weight (p=0,010) and (p=0,007) and diagnosis time (p=0,028) and (p=0,012); the following of the treatment (p=0,000) and (p=0,000) respectively. It was concluded that the group has behaviors and beliefs related to the disease severity, the treatment benefits, and it recognizes barriers to the treatment, but they have difficulty following the treatment. / O adoecimento crônico requer das pessoas mudança ou aquisição de comportamentos de saúde. No caso da hipertensão arterial os comportamentos envolvem mudanças no estilo de vida. A prevalência da doença, seus riscos de complicações cardiovasculares, com possibilidades de seqüelas transitórias ou permanentes e de morte pela dificuldade de adesão ao tratamento, tem despertado interesse de pesquisadores no mundo inteiro. Com base no Modelo de Crenças em Saúde (MCS) o estudo objetivou avaliar, como se expressam as crenças de pessoas portadoras de hipertensão arterial e identificar como estas pessoas percebem os riscos de complicações da mencionada hipertensão: a susceptibilidade, e a severidade da doença; os benefícios do tratamento adequado e contínuo; e as barreiras enfrentadas para o seguimento do tratamento prescrito e os estímulos para a ação. Estudo seccional realizado com uma amostra de 103 clientes adultos, portadores de hipertensão arterial, inscritos no Programa de Controle de Hipertensão Arterial há pelo menos um ano, com comparecimento no mínimo a sete consultas neste ano e que aceitaram livremente participar do estudo. Coletaram-se dados de julho a dezembro de 2004, em um Centro de Saúde municipal em Fortaleza-CE. Utilizaram-se dois formulários: um baseado no Modelo de Crenças em Saúde e o outro para classificar os participantes em relação à adesão ao tratamento. A análise estatística foi realizada com teste qui-quadrado de Fisher-Fremman-Halton com p < 0,05 e os coeficientes de correlação de Pearson e de Rho de Spearman. Os resultados mostraram um grupo com 76,7% de mulheres, cuja idade variou de 22 a 80 anos (média de 57,1 + 11,1); 29,1% com até quatro anos de escolaridade, além de cinco analfabetos, e renda familiar média de R$ 395,00; tempo de diagnóstico e de tratamento de um a 25 anos e de acompanhamento de um a 16 anos; 84,5% têm história familiar de doença cardiovascular; 27,2% estavam com IMC entre 18 e 24,9 kg/m2; 49 com circunferência da cintura nos valores recomendados para mulheres e homens; 35,9% das mulheres demonstraram adesão forte e 4,9% adesão ideal. Apresentaram comportamentos que favorecem a adesão ao tratamento; crenças na susceptibilidade às complicações; na severidade da doença; nos benefícios do tratamento; nas barreiras e nos estímulos para a ação. Os resultados revelaram associação estatisticamente significante entre comportamentos, adesão (p=0,001) e IMC (p=0,045); na dimensão severidade e controle da pressão arterial < 140 x 90 mm Hg (p= 0,048 para PAS ; p= 0,001 para PAD); com tempo de tratamento (p= 0,027); adesão e circunferência da cintura de mulheres (p=0,001); adesão e IMC (p=0,012); na dimensão benefícios, seguimento de orientações (p=0,001); ajuda das orientações no tratamento (p=0,013); possibilidade de controlar a pressão arterial (p=0,001); na dimensão barreiras, escolaridade (p=0,024). Os coeficientes de Pearson e de Rho de Spearman mostraram correlações estatisticamente significantes entre médias de pressão arterial sistólica e diastólica (p= 0,001) e (p= 0,023), respectivamente; peso (p=0,010) e (p=0,007) e tempo de diagnóstico (p=0,028) e (p=0,012); adesão (p=0,000) e (p=0,000), respectivamente. Segundo concluiu-se, o grupo tem comportamentos e crenças em relação à severidade da doença, aos benefícios do tratamento, e reconhece barreiras para o tratamento, mas não consegue mostrar bom perfil de adesão.
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Terapia cognitivo-comportamental em grupo para pacientes com transtorno de pânico resistentes à medicação : preditores de resposta em até cinco anos de seguimento

Heldt, Elizeth Paz da Silva January 2006 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma doença de curso crônico e caracteriza-se pela presença de ataques súbitos de ansiedade, acompanhados de sintomas físicos e afetivos, do medo de ter um novo ataque e da evitação de locais ou situações nas quais já ocorreram os ataques de pânico. O tratamento é freqüentemente iniciado com farmacoterapia, porém entre 50 a 80% desses pacientes continuam sintomáticos após a medicação. Estudos têm sugerido que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) individual ou em grupo é uma estratégia de tratamento eficaz para pacientes com TP que falharam em responder ao tratamento farmacológico. Entretanto, pouca atenção tem sido dada à identificação de fatores que influenciam os desfechos de longo-prazo. OBJETIVOS Identificar os preditores de resposta à terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para TP até cinco anos após o término do tratamento e avaliar o impacto dessa resposta na qualidade de vida dos pacientes. MÉTODOS Os participantes são provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com diagnóstico de TP com ou sem agorafobia, segundo os critérios do DSM-IV, que tenham realizado um protocolo de 12 sessões de TCCG, durante os anos de 1998 a 2004. Para serem incluídos, os pacientes deveriam apresentar sintomas residuais do TP (ataques, ansiedade antecipatória e evitação fóbica), estando em doses estáveis de medicação por pelo menos quatro meses. Para confirmar o diagnóstico de TP e identificar a presença de comorbidades, foi utilizado o instrumento Mini International Neuropsychiatry Interview (MINI). Os instrumentos Inventário do Pânico, Impressão Clínica Global (CGI) e Hamilton-Ansiedade (HAM-A) foram utilizados para avaliar a gravidade do TP e aplicados antes e depois das 12 sessões de TCCG, no seguimento de um, dois e cinco anos após o término da terapia. A qualidade de vida e o estilo defensivo também foram avaliados através de instrumentos autoaplicados (Whoqol-bref e DSQ-40, respectivamente). Características demográficas, clínicas e psicossociais foram consideradas como potenciais preditores de resposta em curto e longo prazo, e os critérios de remissão (CGI ≤ 2 e ausência de ataques de pânico), recaída (CGI ≥ 3 ou presença de ataques de pânico, após um período de remissão) e não-resposta (CGI ≥ 3 ou presença de ataques de pânico) a TCCG foram considerados como desfechos. RESULTADOS Noventa pacientes (14 grupos, média de 7 participantes) completaram o protocolo de TCCG. A amostra caracterizou-se por apresentar comorbidade com transtorno de humor e outros transtornos de ansiedade. A redução dos sintomas (ansiedade antecipatória, evitações fóbicas, ansiedade geral, ataques de pânico e funcionamento global) foi significativa (p < 0,001) em até cinco anos após o término da terapia. Entretanto, um subgrupo de pacientes apresentou resposta menos favorável, com recaídas do TP após um ano da terapia ou não-resposta a TCCG. Os preditores de recaída foram eventos estressores de vida recentes, principalmente conflitos interpessoais, e o uso de defesas neuróticas. Já a comorbidade com distimia e a ocorrência de eventos estressores foram preditores independentes de não-resposta a TCCG em cinco anos de seguimento. Os resultados confirmaram que os sintomas residuais do TP, como ansiedade antecipatória e agorafobia (p < 0,05), têm maior impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes do que ataques de pânico episódicos, e aqueles que não respondem a TCCG em cinco anos também relatam pior qualidade de vida em todos os domínios comparados com os que permaneciam em remissão. CONCLUSÕES A TCCG foi eficaz como um próximo passo em pacientes com TP resistentes ao tratamento farmacológico, com a manutenção dos ganhos através do tempo. A presença de comorbidade com distimia, a ocorrência de eventos estressores de vida e o modo como o indivíduo lida com essas situações parecem influenciar a resposta a TCCG. Novas estratégias poderiam ser adicionadas ao protocolo atual. / INTRODUCTION Panic disorder (PD) is a chronic and recurrent condition characterized by the presence of sudden panic attacks, accompanied by physical and psychological symptoms, as well as by the fear of having a new attack and by the avoidance of places or situations in which the patients have experienced the panic attacks. Pharmacotherapy is frequently the first choice treatment; however 50 to 80% of those patients continue symptomatic after the use of medication. Studies have suggested that individual or group cognitive behavior-therapy (CBT) is an effective treatment strategy for patients with PD who have failed responding to the pharmacological treatment. Nevertheless, little attention has been given to the identification of predictor factors that are associated to the longterm outcome. OBJECTIVE To identify the predictors of outcome to cognitive-behavior group therapy (CBGT) for PD up to five years after the end of the treatment and to evaluate the impact of that treatment response in patients’ quality of life. METHODS The participants come from the Anxiety Disorders Program of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. All patients have PD diagnosis with or without agoraphobia, according to the DSM-IV criteria and had undergone through 12 session protocol of CBGT, from 1998 to 2004. In order to be included in the study, patients should present residual symptoms of PD (panic attacks, anticipatory anxiety and phobic avoidance) and should be on stable doses of medication for at least four months. To confirm the PD diagnosis and to identify the presence of comorbidity, the Mini International Neuropsychiatry Interview (MINI) was used. The Panic Inventory, Global Clinical Impression (CGI) and Hamilton-Anxiety (HAM-A) instruments were used before and after the 12 sessions of CBGT in order to evaluate the severity of the PD, as well as in one, two and five years follow-up period. The quality of life and the defensive style mechanisms were also assessed through self-applied instruments (WHOQOL-bref and DSQ-40, respectively). Demographic, clinical and psychosocial characteristics were evaluated as potential predictors of response in short and long term. The outcome measures were: remission, when CGI ≤ 2 and there was absence of panic attacks, relapse when CGI ≥ 3 or when there was presence of panic attacks, after a remission period and non-response were considered when patients present CGI ≥ 3 or panic attacks without having experienced remission. RESULTS Ninety patients (14 groups, 7 participants’ average) completed the CBGT protocol. The sample was characterized by presenting comorbidity with mood disorder and other anxiety disorders. The reduction of the symptoms (anticipatory anxiety and phobic avoidance, general anxiety, panic attacks and overall functioning) reach statistical significance (p < 0.001) in up to five years after the end of the therapy. However, a subgroup of patients presented a less favorable response, either with relapses of PD after a year of therapy or non-response at all to CBGT. The predictors of relapse were recent stressful life events, mainly interpersonal conflicts, and the use of neurotic defenses. Comorbidity with dysthymia and stressful life events were independent predictors of non-response to CBGT in five years follow-up period. The results corroborate that residual symptoms of PD, as anticipatory anxiety and agoraphobia (p < 0.05), have a larger negative impact in the patients’ quality of life than episodic panic attacks. Finally, patients who do not respond to CBGT in five years also account for the worst quality of life in all of the domains compared to the ones who remained in remission. CONCLUSIONS CBGT was effective as a next step in patients with PD resistant to the pharmacological treatment, with the maintenance of the gains through the time. The comorbidity with dysthymia, the occurrence of life stressful events and the way that an individual deal with these situations seems to influence the response to CBGT. New strategies could be added to the current protocol.
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Terapia cognitivo-comportamental em grupo para pacientes com transtorno de pânico resistentes à medicação : preditores de resposta em até cinco anos de seguimento

Heldt, Elizeth Paz da Silva January 2006 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma doença de curso crônico e caracteriza-se pela presença de ataques súbitos de ansiedade, acompanhados de sintomas físicos e afetivos, do medo de ter um novo ataque e da evitação de locais ou situações nas quais já ocorreram os ataques de pânico. O tratamento é freqüentemente iniciado com farmacoterapia, porém entre 50 a 80% desses pacientes continuam sintomáticos após a medicação. Estudos têm sugerido que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) individual ou em grupo é uma estratégia de tratamento eficaz para pacientes com TP que falharam em responder ao tratamento farmacológico. Entretanto, pouca atenção tem sido dada à identificação de fatores que influenciam os desfechos de longo-prazo. OBJETIVOS Identificar os preditores de resposta à terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para TP até cinco anos após o término do tratamento e avaliar o impacto dessa resposta na qualidade de vida dos pacientes. MÉTODOS Os participantes são provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com diagnóstico de TP com ou sem agorafobia, segundo os critérios do DSM-IV, que tenham realizado um protocolo de 12 sessões de TCCG, durante os anos de 1998 a 2004. Para serem incluídos, os pacientes deveriam apresentar sintomas residuais do TP (ataques, ansiedade antecipatória e evitação fóbica), estando em doses estáveis de medicação por pelo menos quatro meses. Para confirmar o diagnóstico de TP e identificar a presença de comorbidades, foi utilizado o instrumento Mini International Neuropsychiatry Interview (MINI). Os instrumentos Inventário do Pânico, Impressão Clínica Global (CGI) e Hamilton-Ansiedade (HAM-A) foram utilizados para avaliar a gravidade do TP e aplicados antes e depois das 12 sessões de TCCG, no seguimento de um, dois e cinco anos após o término da terapia. A qualidade de vida e o estilo defensivo também foram avaliados através de instrumentos autoaplicados (Whoqol-bref e DSQ-40, respectivamente). Características demográficas, clínicas e psicossociais foram consideradas como potenciais preditores de resposta em curto e longo prazo, e os critérios de remissão (CGI ≤ 2 e ausência de ataques de pânico), recaída (CGI ≥ 3 ou presença de ataques de pânico, após um período de remissão) e não-resposta (CGI ≥ 3 ou presença de ataques de pânico) a TCCG foram considerados como desfechos. RESULTADOS Noventa pacientes (14 grupos, média de 7 participantes) completaram o protocolo de TCCG. A amostra caracterizou-se por apresentar comorbidade com transtorno de humor e outros transtornos de ansiedade. A redução dos sintomas (ansiedade antecipatória, evitações fóbicas, ansiedade geral, ataques de pânico e funcionamento global) foi significativa (p < 0,001) em até cinco anos após o término da terapia. Entretanto, um subgrupo de pacientes apresentou resposta menos favorável, com recaídas do TP após um ano da terapia ou não-resposta a TCCG. Os preditores de recaída foram eventos estressores de vida recentes, principalmente conflitos interpessoais, e o uso de defesas neuróticas. Já a comorbidade com distimia e a ocorrência de eventos estressores foram preditores independentes de não-resposta a TCCG em cinco anos de seguimento. Os resultados confirmaram que os sintomas residuais do TP, como ansiedade antecipatória e agorafobia (p < 0,05), têm maior impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes do que ataques de pânico episódicos, e aqueles que não respondem a TCCG em cinco anos também relatam pior qualidade de vida em todos os domínios comparados com os que permaneciam em remissão. CONCLUSÕES A TCCG foi eficaz como um próximo passo em pacientes com TP resistentes ao tratamento farmacológico, com a manutenção dos ganhos através do tempo. A presença de comorbidade com distimia, a ocorrência de eventos estressores de vida e o modo como o indivíduo lida com essas situações parecem influenciar a resposta a TCCG. Novas estratégias poderiam ser adicionadas ao protocolo atual. / INTRODUCTION Panic disorder (PD) is a chronic and recurrent condition characterized by the presence of sudden panic attacks, accompanied by physical and psychological symptoms, as well as by the fear of having a new attack and by the avoidance of places or situations in which the patients have experienced the panic attacks. Pharmacotherapy is frequently the first choice treatment; however 50 to 80% of those patients continue symptomatic after the use of medication. Studies have suggested that individual or group cognitive behavior-therapy (CBT) is an effective treatment strategy for patients with PD who have failed responding to the pharmacological treatment. Nevertheless, little attention has been given to the identification of predictor factors that are associated to the longterm outcome. OBJECTIVE To identify the predictors of outcome to cognitive-behavior group therapy (CBGT) for PD up to five years after the end of the treatment and to evaluate the impact of that treatment response in patients’ quality of life. METHODS The participants come from the Anxiety Disorders Program of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. All patients have PD diagnosis with or without agoraphobia, according to the DSM-IV criteria and had undergone through 12 session protocol of CBGT, from 1998 to 2004. In order to be included in the study, patients should present residual symptoms of PD (panic attacks, anticipatory anxiety and phobic avoidance) and should be on stable doses of medication for at least four months. To confirm the PD diagnosis and to identify the presence of comorbidity, the Mini International Neuropsychiatry Interview (MINI) was used. The Panic Inventory, Global Clinical Impression (CGI) and Hamilton-Anxiety (HAM-A) instruments were used before and after the 12 sessions of CBGT in order to evaluate the severity of the PD, as well as in one, two and five years follow-up period. The quality of life and the defensive style mechanisms were also assessed through self-applied instruments (WHOQOL-bref and DSQ-40, respectively). Demographic, clinical and psychosocial characteristics were evaluated as potential predictors of response in short and long term. The outcome measures were: remission, when CGI ≤ 2 and there was absence of panic attacks, relapse when CGI ≥ 3 or when there was presence of panic attacks, after a remission period and non-response were considered when patients present CGI ≥ 3 or panic attacks without having experienced remission. RESULTS Ninety patients (14 groups, 7 participants’ average) completed the CBGT protocol. The sample was characterized by presenting comorbidity with mood disorder and other anxiety disorders. The reduction of the symptoms (anticipatory anxiety and phobic avoidance, general anxiety, panic attacks and overall functioning) reach statistical significance (p < 0.001) in up to five years after the end of the therapy. However, a subgroup of patients presented a less favorable response, either with relapses of PD after a year of therapy or non-response at all to CBGT. The predictors of relapse were recent stressful life events, mainly interpersonal conflicts, and the use of neurotic defenses. Comorbidity with dysthymia and stressful life events were independent predictors of non-response to CBGT in five years follow-up period. The results corroborate that residual symptoms of PD, as anticipatory anxiety and agoraphobia (p < 0.05), have a larger negative impact in the patients’ quality of life than episodic panic attacks. Finally, patients who do not respond to CBGT in five years also account for the worst quality of life in all of the domains compared to the ones who remained in remission. CONCLUSIONS CBGT was effective as a next step in patients with PD resistant to the pharmacological treatment, with the maintenance of the gains through the time. The comorbidity with dysthymia, the occurrence of life stressful events and the way that an individual deal with these situations seems to influence the response to CBGT. New strategies could be added to the current protocol.
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Dificuldades no estabelecimento de metas em terapia cognitiva : diferenças entre psicólogos experientes e iniciantes

Lima, Bruna Jalles Peixoto 24 May 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Comportamento, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-09-19T16:08:26Z No. of bitstreams: 1 2016_BrunaJallesPeixotoLima.pdf: 1060335 bytes, checksum: 1b194d9b30c087cf7755da71021ecbcb (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-10-03T20:59:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_BrunaJallesPeixotoLima.pdf: 1060335 bytes, checksum: 1b194d9b30c087cf7755da71021ecbcb (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-03T20:59:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_BrunaJallesPeixotoLima.pdf: 1060335 bytes, checksum: 1b194d9b30c087cf7755da71021ecbcb (MD5) / O presente estudo foi composto por duas etapas, sendo que o objetivo da Etapa I foi identificar as dificuldades inerentes ao processo de estruturação da Lista de Problemas e Metas (LPM) entre psicoterapeutas cognitivo-comportamentais, assim como esboçar um perfil sobre a formação desses profissionais. Uma amostra de 14 psicoterapeutas (93% deles especialistas e 7% em especialização), todos agremiados a Associações Profissionais brasileiras, respondeu a um questionário online sobre o uso da LPM em TCC, que incluía os transtornos que dificultam essa prática, aspectos da abordagem terapêutica que a facilitam e a dificultam, estratégias para aperfeiçoar o desempenho nessa tarefa e uma autoavaliação de suas habilidades na execução da lista. Dentre os diversos aspectos complicadores citados, selecionou-se a subjetividade da apresentação da queixa e a associação a transtornos como elementos a serem explorados na Parte II deste estudo. Entre os aspectos relevantes para a estruturação da LPM, foram consideradas como mais relevantes a aliança terapêutica e a motivação do paciente. Quanto à formação, o perfil dos terapeutas indica profissionais que pouco investem em cursos de pós-graduação stricto sensu e um maior investimento em especialização entre terapeutas com 4 a 9 anos de experiência. O objetivo da Parte II foi comparar o desempenho de terapeutas com diferentes tempos de prática (≤5,9 anos e ≥6 anos) quanto à elaboração da hipótese diagnóstica e número de metas propostas, dadas 2 versões de um caso clínico fictício de Transtorno de Personalidade Esquiva. Os casos clínicos se diferenciavam quanto ao grau de objetividade no relato do caso, sendo apresentado um caso subjetivo, onde os sintomas eram pouco explicitados e um caso objetivo, cujos sintomas foram organizados de acordo com os critérios diagnósticos descritos no DSM-5 (2014). Era esperado que terapeutas mais experientes apresentassem maior taxa de acerto quanto ao diagnóstico e um maior número de metas pertinentes em função de um conjunto mais extenso e organizado da informação armazenada na memória de longo-prazo. Por fim, foi proposta uma tarefa de autoavaliação para mensurar a dificuldade na tarefa apresentada. Os resultados não evidenciaram quaisquer diferenças significativas quanto ao número de metas propostas e medidas de autoavaliação consideradas à luz das hipóteses principais. Quanto à hipótese diagnóstica, 89% dos participantes consideraram o caso descritivo como um Transtorno de Ansiedade Social, um quadro bastante prevalente na população clínica e comórbido com o Transtorno de Personalidade Esquiva. Observou-se, no entanto, um efeito de interação na medida de autovaliação, quando consideradas conjuntamente as variáveis tempo de experiência e tipo de caso, sendo que o caso subjetivo foi avaliado como mais difícil pelo grupo de terapeutas mais experientes e o caso objetivo avaliado como mais difícil entre os terapeutas menos experientes, confirmando parcialmente a hipótese para essa interação. Os resultados foram discutidos considerando a possibilidade do presente estudo não ter considerado aspectos relativos à validade ecológica e comorbidade do transtorno. São sugeridos estudos longitudinais, aprimoramento do instrumento desenvolvido como entrevista semiestruturada e gravação de sessões reais para avaliação da competência de construção da lista. __________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study consisted of two stages. The objective of Phase I was to identify the difficulties inherent to the process of structuring the Problems and Goals List (LPM) by cognitive-behavioral psychotherapists, as well as outlining a profile of their training. A sample of 14 psychotherapists (93% of experts and 7% in training), all enrolled in Brazilian professional associations, responded to an online questionnaire about the use of the LPM in therapy, disorders that hinder this practice, aspects of therapeutic approach that facilitate and hinder strategies to optimize performance in this task and made a self-assessment of their skills in the execution of the list. The most relevant aspects for structuring the LPM were the therapeutic alliance and the patient's motivation. The profile identified indicates professionals who invest little in stricto sensu postgraduate courses and increased investment in specialization among therapists with 4-9 years of experience. Among the many complicating aspects cited, the subjectivity and the association with disorders were picked to be experimentally explored in the Phase II of this study. The objective of Phase II was to compare the performance of therapists with different times of practice (≤5,9 years and ≥6 years) and the development of the diagnosis and number of proposed goals, given two versions of a fictitious clinical case of Avoidant Personality Disorder. The clinical cases differed in the degree of objectivity of the case reported, where a subjective case included the symptoms presented in a less explicited way and the objective case presented the symptoms organized accordingly to the diagnostic criteria described in the DSM-5. It was expected that more experienced therapists achieved a greater rate of success on the establishment of the diagnosis and a greater number of relevant goals due to a more extensive and organized set of information stored in long-term memory. Finally, the study proposed a self-assessment task to measure the difficulty presented in setting goals for the case. The results did not show any significant differences in the number of proposed goals and self-assessment measures considered in the light of the main hypotheses. As for the hit rate, 89% of participants classified the case as a Social Anxiety Disorder, a high prevalent case in clinical population and highly comorbid with Avoidant Personality Disorder. It was observed, however, an interaction effect on the measure of self-evaluation, when were considered together variables such as experience time and the case type. The subjective case was evaluated as more difficult by the group of experienced practitioners and objective case was evaluated as more difficult among the least experienced therapists. These results were contrary to the hypothesized expectations and were discussed evaluating the possibility of the lack of consideration due the aspects of ecological validity and the prevalence of the comorbid disorder. Longitudinal studies, an improvement of the instrument developed as semi-structured interviews and recording sessions for actual assessment of the LPM are suggested.
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Terapia cognitivo-comportamental em grupo para pacientes com transtorno de pânico resistentes à medicação : preditores de resposta em até cinco anos de seguimento

Heldt, Elizeth Paz da Silva January 2006 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma doença de curso crônico e caracteriza-se pela presença de ataques súbitos de ansiedade, acompanhados de sintomas físicos e afetivos, do medo de ter um novo ataque e da evitação de locais ou situações nas quais já ocorreram os ataques de pânico. O tratamento é freqüentemente iniciado com farmacoterapia, porém entre 50 a 80% desses pacientes continuam sintomáticos após a medicação. Estudos têm sugerido que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) individual ou em grupo é uma estratégia de tratamento eficaz para pacientes com TP que falharam em responder ao tratamento farmacológico. Entretanto, pouca atenção tem sido dada à identificação de fatores que influenciam os desfechos de longo-prazo. OBJETIVOS Identificar os preditores de resposta à terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para TP até cinco anos após o término do tratamento e avaliar o impacto dessa resposta na qualidade de vida dos pacientes. MÉTODOS Os participantes são provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com diagnóstico de TP com ou sem agorafobia, segundo os critérios do DSM-IV, que tenham realizado um protocolo de 12 sessões de TCCG, durante os anos de 1998 a 2004. Para serem incluídos, os pacientes deveriam apresentar sintomas residuais do TP (ataques, ansiedade antecipatória e evitação fóbica), estando em doses estáveis de medicação por pelo menos quatro meses. Para confirmar o diagnóstico de TP e identificar a presença de comorbidades, foi utilizado o instrumento Mini International Neuropsychiatry Interview (MINI). Os instrumentos Inventário do Pânico, Impressão Clínica Global (CGI) e Hamilton-Ansiedade (HAM-A) foram utilizados para avaliar a gravidade do TP e aplicados antes e depois das 12 sessões de TCCG, no seguimento de um, dois e cinco anos após o término da terapia. A qualidade de vida e o estilo defensivo também foram avaliados através de instrumentos autoaplicados (Whoqol-bref e DSQ-40, respectivamente). Características demográficas, clínicas e psicossociais foram consideradas como potenciais preditores de resposta em curto e longo prazo, e os critérios de remissão (CGI ≤ 2 e ausência de ataques de pânico), recaída (CGI ≥ 3 ou presença de ataques de pânico, após um período de remissão) e não-resposta (CGI ≥ 3 ou presença de ataques de pânico) a TCCG foram considerados como desfechos. RESULTADOS Noventa pacientes (14 grupos, média de 7 participantes) completaram o protocolo de TCCG. A amostra caracterizou-se por apresentar comorbidade com transtorno de humor e outros transtornos de ansiedade. A redução dos sintomas (ansiedade antecipatória, evitações fóbicas, ansiedade geral, ataques de pânico e funcionamento global) foi significativa (p < 0,001) em até cinco anos após o término da terapia. Entretanto, um subgrupo de pacientes apresentou resposta menos favorável, com recaídas do TP após um ano da terapia ou não-resposta a TCCG. Os preditores de recaída foram eventos estressores de vida recentes, principalmente conflitos interpessoais, e o uso de defesas neuróticas. Já a comorbidade com distimia e a ocorrência de eventos estressores foram preditores independentes de não-resposta a TCCG em cinco anos de seguimento. Os resultados confirmaram que os sintomas residuais do TP, como ansiedade antecipatória e agorafobia (p < 0,05), têm maior impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes do que ataques de pânico episódicos, e aqueles que não respondem a TCCG em cinco anos também relatam pior qualidade de vida em todos os domínios comparados com os que permaneciam em remissão. CONCLUSÕES A TCCG foi eficaz como um próximo passo em pacientes com TP resistentes ao tratamento farmacológico, com a manutenção dos ganhos através do tempo. A presença de comorbidade com distimia, a ocorrência de eventos estressores de vida e o modo como o indivíduo lida com essas situações parecem influenciar a resposta a TCCG. Novas estratégias poderiam ser adicionadas ao protocolo atual. / INTRODUCTION Panic disorder (PD) is a chronic and recurrent condition characterized by the presence of sudden panic attacks, accompanied by physical and psychological symptoms, as well as by the fear of having a new attack and by the avoidance of places or situations in which the patients have experienced the panic attacks. Pharmacotherapy is frequently the first choice treatment; however 50 to 80% of those patients continue symptomatic after the use of medication. Studies have suggested that individual or group cognitive behavior-therapy (CBT) is an effective treatment strategy for patients with PD who have failed responding to the pharmacological treatment. Nevertheless, little attention has been given to the identification of predictor factors that are associated to the longterm outcome. OBJECTIVE To identify the predictors of outcome to cognitive-behavior group therapy (CBGT) for PD up to five years after the end of the treatment and to evaluate the impact of that treatment response in patients’ quality of life. METHODS The participants come from the Anxiety Disorders Program of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. All patients have PD diagnosis with or without agoraphobia, according to the DSM-IV criteria and had undergone through 12 session protocol of CBGT, from 1998 to 2004. In order to be included in the study, patients should present residual symptoms of PD (panic attacks, anticipatory anxiety and phobic avoidance) and should be on stable doses of medication for at least four months. To confirm the PD diagnosis and to identify the presence of comorbidity, the Mini International Neuropsychiatry Interview (MINI) was used. The Panic Inventory, Global Clinical Impression (CGI) and Hamilton-Anxiety (HAM-A) instruments were used before and after the 12 sessions of CBGT in order to evaluate the severity of the PD, as well as in one, two and five years follow-up period. The quality of life and the defensive style mechanisms were also assessed through self-applied instruments (WHOQOL-bref and DSQ-40, respectively). Demographic, clinical and psychosocial characteristics were evaluated as potential predictors of response in short and long term. The outcome measures were: remission, when CGI ≤ 2 and there was absence of panic attacks, relapse when CGI ≥ 3 or when there was presence of panic attacks, after a remission period and non-response were considered when patients present CGI ≥ 3 or panic attacks without having experienced remission. RESULTS Ninety patients (14 groups, 7 participants’ average) completed the CBGT protocol. The sample was characterized by presenting comorbidity with mood disorder and other anxiety disorders. The reduction of the symptoms (anticipatory anxiety and phobic avoidance, general anxiety, panic attacks and overall functioning) reach statistical significance (p < 0.001) in up to five years after the end of the therapy. However, a subgroup of patients presented a less favorable response, either with relapses of PD after a year of therapy or non-response at all to CBGT. The predictors of relapse were recent stressful life events, mainly interpersonal conflicts, and the use of neurotic defenses. Comorbidity with dysthymia and stressful life events were independent predictors of non-response to CBGT in five years follow-up period. The results corroborate that residual symptoms of PD, as anticipatory anxiety and agoraphobia (p < 0.05), have a larger negative impact in the patients’ quality of life than episodic panic attacks. Finally, patients who do not respond to CBGT in five years also account for the worst quality of life in all of the domains compared to the ones who remained in remission. CONCLUSIONS CBGT was effective as a next step in patients with PD resistant to the pharmacological treatment, with the maintenance of the gains through the time. The comorbidity with dysthymia, the occurrence of life stressful events and the way that an individual deal with these situations seems to influence the response to CBGT. New strategies could be added to the current protocol.
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Intervenções sobre comportamentos de clientes que produzem sentimentos negativos no terapeuta / Interventions on client behaviors that produce negative feelings in the therapist

Marcia Kameyama 10 April 2012 (has links)
Em psicoterapia, à medida que o terapeuta cria as condições necessárias para que um relacionamento íntimo seja construído com o cliente, comportamentos problema, da mesma classe daqueles que são emitidos em seu ambiente natural, podem aparecer em sessão, podendo constituirse em respostas improdutivas para o processo terapêutico (sejam elas respostas agressivas ou de esquiva). O modo como o terapeuta responde a esses comportamentos pode ter efeitos diferentes na aliança terapêutica, que é tida como preditora de resultados terapêuticos. Estudos indicaram que terapeutas apresentariam tendência a responder a clientes resistentes ou hostis com contrahostilidade, frieza e distanciamento. Os terapeutas que obtiveram bons resultados em manejar tais situações realizaram intervenções interpretativas e não diretivas, focando na relação terapêutica. Entretanto, houve dificuldade de se encontrar trabalhos que tenham analisado o comportamento do terapeuta por meio de observação direta em situações que eliciam nele sentimentos negativos. O presente trabalho se propõe a investigar esse tipo de interação. Nesta linha, pretendeu-se verificar (1) se o terapeuta altera, no decorrer do processo terapêutico, sua resposta aos comportamentos do cliente que eliciam sentimentos negativos, demonstrando que está sensível ao impacto de suas intervenções no comportamento do cliente e vice-versa; e (2) se houve diminuição desses comportamentos do cliente, sendo, mesmo que indiretamente, uma medida de eficácia das intervenções terapêuticas. Para isso, foram filmadas sessões de três terapeutas analíticocomportamentais (T1, T2a e T2b) e uma estudante de psicologia (T3) e seus clientes. As terapeutas responderam a questionário pós-sessão durante todo o período de coleta de dados com o objetivo de identificar a ocorrência de sentimentos negativos nas sessões. Os comportamentos de terapeuta foram categorizados com o Sistema Multidimensional de Categorização da Interação Terapêutica. Para os comportamentos de clientes foram elaboradas categorias com o auxílio das transcrições dos áudios das supervisões. Os resultados indicaram que quatro comportamentos foram observados como eliciadores de sentimentos negativos para todas as terapeutas: Falta de Diálogo, Fala Superficial, Oposição e Atenuar. De maneira geral, as interações desse tipo corresponderam a um pouco mais de um terço do total da sessão. Houve uma prevalência das categorias Facilitação, Empatia e Solicitação de Relato nas intervenções de todas as terapeutas a esses comportamentos, confirmando dados da literatura para clientes difíceis. Facilitação e Empatia apresentaram muitas vezes padrões de ocorrência diferenciados, entendendo-se que Empatia é uma intervenção mais ativa que Facilitação. Ainda, a categoria Facilitação indicaria problemas na condução do caso, quando apresenta predominância muito acentuada entre as categorias ou quando tem percentuais muito baixos. Nas situações que produziram melhores resultados a Facilitação apresentava proporções próximas de outras categorias do terapeuta. As demais categorias foram agrupadas em Interventivas e apresentaram diferentes tendências dependendo do resultado da terapia. T1 apresentou tendência de aumento na categoria Interventivas no decorrer das sessões, sendo este o único caso que continuou em atendimento e que apresentou comportamentos de melhora expressivos. As respostas das terapeutas foram diferentes de acordo com a categoria de cliente, em que é possível inferir que cada uma delas lida melhor com alguns comportamentos das clientes que com outros / In psychotherapy, as the therapist creates the necessary conditions for an intimate relationship with the client, some problem behaviors may appear in session, which can be of the same class of those that the clients display in their natural environment. These behaviors may be unproductive responses to the therapeutic process (aggressive or avoidance responses). The way the therapist responds to these behaviors may have different effects on the therapeutic alliance, which is regarded as a predictor of therapeutic results. Studies have indicated that therapists would present a tendency to respond to resistant and hostile clients with counter-hostility, coldness and detachment. Therapists who have been successful in handling such situations made interpretative and non directive interventions, focusing on the therapeutic relationship. However, it was difficult to find studies which investigated the therapist behavior through direct observation in situations in which he had negative feelings. This study proposed to investigate the therapeutic interaction in sessions which produce negative feelings in therapist. Thus it intends to examine (1) whether the therapist, having supervision, changes his behavior over the course of the therapeutic process, in response to the clients behaviors that generate negative feelings and (2) whether these clients behaviors decrease, which can be an indirect measure of efficacy of therapeutic interventions. Sessions of three behavior-analytic therapists and a psychology student were videotaped. The therapists completed a questionnaire after each session in order to identify if any adverse situation had occurred. The therapist behaviors were coded with the Multidimensional System for Coding Behaviors in Therapist-Client Interaction. Clients behaviors categories were developed based on audio transcripts of supervisions. The results indicated that four behaviors were observed as eliciting negative feelings for all therapists: Lack of Dialogue, Superficial Talk, Opposition and Attenuation. In general, interactions of this type correspond to a third part of the session. There was a prevalence of categories Facilitation, Empathy and Request Report for all therapists in response to these behaviors, confirming literature data for difficult clients. Facilitation and Empathy often showed different patterns of occurrence, being Empathy a more active intervention than Facilitation. The category Facilitation indicates problems in conducting the case, when it presents very marked predominance among the categories or when it presents very low percentages. In situations with better results Facilitation had proportions similar to other therapist categories. The remaining categories were grouped into Interventional and showed different trends depending on the outcome of therapy. T1 tended to increase the Interventional category during the sessions, and it was the only case that has continued in therapy and showed significant improvement during sessions. The therapists responses differed according to client categories. It is possible to infer that each therapist deals best with some client behaviors than with others
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O uso da orientação em intervenções clínicas por terapeutas comportamentais experientes e pouco experientes / The use of orientation in clinical interventions by experienced and inexperienced behavior therapists.

Donadone, Juliana Cristina 06 August 2004 (has links)
Há interesse crescente não só no estudo dos resultados de psicoterapias, mas também nos processos responsáveis pelos resultados obtidos. De uma perspectiva analítico-comportamental discute-se se o processo de mudança psicoterápica se dá por formulação (e seguimento) de novas regras ou pela conseqüenciação direta de comportamentos emitidos na interação terapêutica. Mudanças ocorridas devido a orientação do terapeuta seriam governadas por regras. Por orientação entende-se uma descrição do comportamento feita pelo falante a ser executada pelo ouvinte com descrição explícita ou implícita das conseqüências da ação. A auto-orientação seria uma descrição feita pelo o cliente a ser executado pelo próprio cliente. A pesquisa teve por objetivo analisar quatro variáveis sobre o comportamento de orientar: a) formação teórica comportamental; b) experiência; c) clientes; d) flutuações entre sessões. Participaram desta pesquisa seis terapeutas comportamentais pouco experientes e três experientes. Cada um gravou três sessões com três clientes adultos com diagnóstico variado. As sessões foram transcritas e categorizadas, tendo sido contados o número de palavras e de falas com orientação e auto-orientação e seus subtipos. Os terapeutas comportamentais experientes orientaram significativamente mais seus clientes que os pouco-experientes. No entanto os terapeutas experientes apresentaram maior variabilidade em relação ao uso dessa estratégia. Apenas um dos terapeutas experientes orientou bastante todos seus clientes em todas as sessões. Os clientes de outro dos terapeutas experientes se auto-orientaram significativamente mais que os clientes dos outros terapeutas experientes e pouco-experientes. Quanto aos subtipos de orientações tanto terapeutas experientes como pouco-experientes orientaram mais para ação específica do que para ação genérica, encobertos ou tarefas. Entre os experientes e pouco-experientes ocorreram diferenças significativas referentes aos subtipos orientação para ação específica e orientação para tarefa, mas não houve diferenças significativas para os subtipos orientação para ação genérica e orientação para encoberto. Os terapeutas experientes emitiram significativamente mais orientação para ação específica e os terapeutas pouco-experientes significativamente mais orientação para tarefa. Os resultados sugerem que terapeutas comportamentais tendem a ser diretivos, ou seja, utilizam a estratégia de orientar seus clientes, mas em média menos de 20% das sessões dos terapeutas experientes e menos de 10% das sessões dos terapeutas pouco-experientes são usados com a estratégia de orientação / Increasing interest is being evinced not only in the study of psychotherapeutic results but also in the processes responsible for those outcomes. From a behavior analytical standpoint, discussions are focusing on whether the process of psychotherapeutic change takes place through the formulation (and following) of new rules or through the consequences for behaviors occurring in therapeutic interaction. Changes that take place just the therapist´s orientation are assumed to be governed by rules. Orientation refers to a description of the behavior made by the speaker to be executed by the listener, with an explicit or implicit description of the consequences of the action. Self-orientation is a description made by the client to be executed by himself. The purpose of the research was to analyze the effect of four variables on the behavior of giving orientation: a) a behavioral theoretical education; b) experience; c) clients; and d) fluctuations between sessions. Six inexperienced and three experienced behavior therapists participated in this research. Each of these therapists recorded three sessions with three adult clients with varied diagnosis. The sessions were transcribed and categorized, counting the number of words and of dialogues containing orientation and self-orientation and their subtypes. The experienced behavior therapists oriented their clients significantly more than the inexperienced ones did, although the former displayed a greater variability in relation to the use of this strategy. Only one of the experienced therapists gave substantial orientation to all his clients in every session. The clients of another experienced therapist self-oriented themselves significantly more than the clients of the other two experienced and the inexperienced therapists. As for the subtypes of orientation, both experienced and inexperienced therapists gave more orientation for specific action than for generic action, covert behavior or tasks. The experienced and inexperienced therapists displayed significant differences regarding the subtypes of orientation for specific action and for tasks, but no significant differences in the subtypes of orientation for generic action and covert behavior. The experienced therapists gave more orientation for specific action while the inexperienced ones gave more task-related orientation than the experienced. The findings suggest that behavior therapists tend to be directive, i.e., they use strategies to orient their clients, but that, on average, less than 20% of the experienced therapists´ sessions and less than 10% of the inexperienced therapists´ sessions make use of orientation strategy.
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Intervenções sobre comportamentos de clientes que produzem sentimentos negativos no terapeuta / Interventions on client behaviors that produce negative feelings in the therapist

Kameyama, Marcia 10 April 2012 (has links)
Em psicoterapia, à medida que o terapeuta cria as condições necessárias para que um relacionamento íntimo seja construído com o cliente, comportamentos problema, da mesma classe daqueles que são emitidos em seu ambiente natural, podem aparecer em sessão, podendo constituirse em respostas improdutivas para o processo terapêutico (sejam elas respostas agressivas ou de esquiva). O modo como o terapeuta responde a esses comportamentos pode ter efeitos diferentes na aliança terapêutica, que é tida como preditora de resultados terapêuticos. Estudos indicaram que terapeutas apresentariam tendência a responder a clientes resistentes ou hostis com contrahostilidade, frieza e distanciamento. Os terapeutas que obtiveram bons resultados em manejar tais situações realizaram intervenções interpretativas e não diretivas, focando na relação terapêutica. Entretanto, houve dificuldade de se encontrar trabalhos que tenham analisado o comportamento do terapeuta por meio de observação direta em situações que eliciam nele sentimentos negativos. O presente trabalho se propõe a investigar esse tipo de interação. Nesta linha, pretendeu-se verificar (1) se o terapeuta altera, no decorrer do processo terapêutico, sua resposta aos comportamentos do cliente que eliciam sentimentos negativos, demonstrando que está sensível ao impacto de suas intervenções no comportamento do cliente e vice-versa; e (2) se houve diminuição desses comportamentos do cliente, sendo, mesmo que indiretamente, uma medida de eficácia das intervenções terapêuticas. Para isso, foram filmadas sessões de três terapeutas analíticocomportamentais (T1, T2a e T2b) e uma estudante de psicologia (T3) e seus clientes. As terapeutas responderam a questionário pós-sessão durante todo o período de coleta de dados com o objetivo de identificar a ocorrência de sentimentos negativos nas sessões. Os comportamentos de terapeuta foram categorizados com o Sistema Multidimensional de Categorização da Interação Terapêutica. Para os comportamentos de clientes foram elaboradas categorias com o auxílio das transcrições dos áudios das supervisões. Os resultados indicaram que quatro comportamentos foram observados como eliciadores de sentimentos negativos para todas as terapeutas: Falta de Diálogo, Fala Superficial, Oposição e Atenuar. De maneira geral, as interações desse tipo corresponderam a um pouco mais de um terço do total da sessão. Houve uma prevalência das categorias Facilitação, Empatia e Solicitação de Relato nas intervenções de todas as terapeutas a esses comportamentos, confirmando dados da literatura para clientes difíceis. Facilitação e Empatia apresentaram muitas vezes padrões de ocorrência diferenciados, entendendo-se que Empatia é uma intervenção mais ativa que Facilitação. Ainda, a categoria Facilitação indicaria problemas na condução do caso, quando apresenta predominância muito acentuada entre as categorias ou quando tem percentuais muito baixos. Nas situações que produziram melhores resultados a Facilitação apresentava proporções próximas de outras categorias do terapeuta. As demais categorias foram agrupadas em Interventivas e apresentaram diferentes tendências dependendo do resultado da terapia. T1 apresentou tendência de aumento na categoria Interventivas no decorrer das sessões, sendo este o único caso que continuou em atendimento e que apresentou comportamentos de melhora expressivos. As respostas das terapeutas foram diferentes de acordo com a categoria de cliente, em que é possível inferir que cada uma delas lida melhor com alguns comportamentos das clientes que com outros / In psychotherapy, as the therapist creates the necessary conditions for an intimate relationship with the client, some problem behaviors may appear in session, which can be of the same class of those that the clients display in their natural environment. These behaviors may be unproductive responses to the therapeutic process (aggressive or avoidance responses). The way the therapist responds to these behaviors may have different effects on the therapeutic alliance, which is regarded as a predictor of therapeutic results. Studies have indicated that therapists would present a tendency to respond to resistant and hostile clients with counter-hostility, coldness and detachment. Therapists who have been successful in handling such situations made interpretative and non directive interventions, focusing on the therapeutic relationship. However, it was difficult to find studies which investigated the therapist behavior through direct observation in situations in which he had negative feelings. This study proposed to investigate the therapeutic interaction in sessions which produce negative feelings in therapist. Thus it intends to examine (1) whether the therapist, having supervision, changes his behavior over the course of the therapeutic process, in response to the clients behaviors that generate negative feelings and (2) whether these clients behaviors decrease, which can be an indirect measure of efficacy of therapeutic interventions. Sessions of three behavior-analytic therapists and a psychology student were videotaped. The therapists completed a questionnaire after each session in order to identify if any adverse situation had occurred. The therapist behaviors were coded with the Multidimensional System for Coding Behaviors in Therapist-Client Interaction. Clients behaviors categories were developed based on audio transcripts of supervisions. The results indicated that four behaviors were observed as eliciting negative feelings for all therapists: Lack of Dialogue, Superficial Talk, Opposition and Attenuation. In general, interactions of this type correspond to a third part of the session. There was a prevalence of categories Facilitation, Empathy and Request Report for all therapists in response to these behaviors, confirming literature data for difficult clients. Facilitation and Empathy often showed different patterns of occurrence, being Empathy a more active intervention than Facilitation. The category Facilitation indicates problems in conducting the case, when it presents very marked predominance among the categories or when it presents very low percentages. In situations with better results Facilitation had proportions similar to other therapist categories. The remaining categories were grouped into Interventional and showed different trends depending on the outcome of therapy. T1 tended to increase the Interventional category during the sessions, and it was the only case that has continued in therapy and showed significant improvement during sessions. The therapists responses differed according to client categories. It is possible to infer that each therapist deals best with some client behaviors than with others
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Impacto da terapia cognitivo-comportamental em grupo na qualidade de vida de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo : acompanhamento de um ano

Niederauer, Kátia Gomes January 2007 (has links)
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma doença mental crônica e incapacitante, caracterizada pela presença de obsessões e/ou compulsões que tomam boa parte do tempo do paciente, causando angústia e desconforto acentuados. Os estudos sobre a terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para o TOC vêm crescendo, pois trata-se de uma modalidade de tratamento que, além de ser efetiva, apresenta vantagens de acessibilidade e de um menor custo, sendo que um número maior de pacientes pode beneficiar-se em menor espaço de tempo. Todavia, faltam pesquisas que avaliem o impacto e os benefícios a curto e longo prazo dessa intervenção na qualidade de vida dos pacientes.O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) na qualidade de vida dos pacientes ao longo de um ano e verificar se existe associação entre a intensidade da melhora dos sintomas e a qualidade de vida. As áreas mais afetadas pelos sintomas também foram investigadas.Oitenta e dois pacientes diagnosticados com TOC, provenientes do ambulatório de ansiedade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, foram acompanhados ao longo de um ano após completarem um protocolo de 12 sessões de TCCG. Foram utilizados os instrumentos World Health Organization Quality of Life – Bref Form (WHOQOL-BREF), para avaliação da qualidade de vida, e Yale-Brown Obsessive- Compulsive Scale (Y-BOCS), para investigação da gravidade do TOC. Estes foram aplicados em três momentos distintos: antes da TCCG, logo após o término e um ano depois. A TCCG melhorou significativamente (p<0,001) a qualidade de vida dos pacientes, e essa melhora manteve-se ao longo de um ano de acompanhamento. Nesse sentido, aqueles que tiveram uma redução maior dos sintomas obsessivos-compulsivos apresentaram escores mais altos de qualidade de vida ao final do período. As obsessões exerceram maior interferência com relação à qualidade de vida dos pacientes do que as compulsões, sendo que os pacientes que tiveram remissão das obsessões apresentaram melhora maisexpressiva na qualidade de vida geral. As áreas mais comprometidas foram o bem-estar psicológico seguido pelas relações sociais.A TCCG teve um impacto considerável na qualidade de vida dos pacientes, promovendo uma melhora significativa e duradoura desta e dos sintomas obsessivo-compulsivos. As obsessões mostraram estar mais fortemente associadas à qualidade de vida dos portadores; portanto, focalizar o tratamento nesse tipo de sintoma e desenvolver estratégias que possibilitem a sua remissão auxiliará na melhora da qualidade de vida dos pacientes. / Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) is a disabling chronic disorder characterized by the presence of obsessions and/or compulsions that occupies great part of the individual’s day. OCD symptoms cause high distress and discomfort to patients. Studies about cognitive-behavioral group therapy (CBGT) in OCD patients have increased, as besides being effective it is also very accessible and low-cost, allowing a higher number of patients to benefit in a shorter period of time. However, there is a lack of studies assessing its short and long term impacts and benefits on the quality of life of OCD patients.To assess the impact of CBGT on the quality of life of patients for one year and to verify if there is an association between the intensity in the improvement of symptoms and quality of life of patients. Most affected areas were also investigated.Eighty-two outpatients meeting DSM-IV criteria for OCD recruited from the Anxiety Disorders Program, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), were followed for one year after completing twelve CBGT sessions. Quality of life was assessed through the World Health Organization Quality of Life – Bref Form (WHOQOL-BREF) and OCD severity was assessed with the Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS). Such instruments were applied in three different moments: before CBGT, soon after and after one year of completion. CBGT significantly (p<0.001) improved domains of quality of life, and such an improvement persisted during the following year after therapy completion. Patients with higher reduction of obsessive-compulsive symptoms were shown to have higher quality of life scores after the period. Obsessions had higher interference on quality of life than compulsions, and patients with obsessions remission had higher quality of life improvement. Most affected areas were psychological well-being, followed by social relations.CBGT had a considerable impact on the quality of life of patients, promoting significant and longlasting improvement of patients’ quality of life and obsessive-compulsive symptoms. Obsessions were shown to be more deeply associated to quality of life; therefore, focusing on the treatment of obsession and developing strategies to remit its symptoms will help improve the quality of life of OCD patients.
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Terapia cognitivo-comportamental em grupo e sertralina no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo

Sousa, Marcelo Basso de January 2005 (has links)
Fundamentação: A terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) e os inibidores da recaptação da serotonina (IRS) apresentam eficácia comprovada em reduzir os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Ainda é uma questão em aberto qual destas modalidades de tratamento é a mais efetiva. Este estudo foi conduzido para avaliar a eficácia da TCCG em relação à da sertralina na redução dos sintomas do TOC. Metodologia: Cinqüenta e seis pacientes com diagnóstico de TOC, de acordo com os critérios do DSM-IV, participaram do ensaio clínico randomizado: 28 recebendo 100 mg/dia de sertralina e 28 realizando TCC em grupo por 12 semanas. A eficácia dos tratamentos foi avaliada pela redução nos escores das escalas Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS) e Clinical Global Impression (CGI). Resultados: Ambos os tratamentos foram efetivos, havendo uma tendência de superioridade da TCCG em relação à sertralina na redução dos sintomas obsessivo-compulsivos (F= 3,1; GL= 1; p= 0,083). Os pacientes tratados com TCCG obtiveram uma redução percentual média dos sintomas de 43%, enquanto os tratados com sertralina obtiveram somente 28% de redução (p= 0,039). A TCCG também foi significativamente mais eficaz na redução na intensidade das compulsões (p= 0,030). Além disso, oito pacientes (32%) tratados com TCCG apresentaram remissão completa de sintomas do TOC (Y-BOCS ≤8) contra apenas 1 (4%) entre os que receberam sertralina (p= 0,023).

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