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Os retalhos da memória e intertextualidade em Vulgo Grace de Margaret Atwood

O presente trabalho teve como objetivo discutir questões sobre memória e intertextualidade, a partir dos diferentes textos constituintes da obra Vulgo Grace da autora canadense Margaret Atwood. A autora recupera a trajetória verídica de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ser cúmplice no assassinato do patrão e da governanta da casa em que trabalhava. Grace apresenta sinais de amnésia sobre os fatos ocorridos nos assassinatos e, nessa situação, um comitê que acredita na sua inocência convida o jovem médico americano Simon Jordan para descobrir a verdadeira causa dessa aparente amnésia. Dentro desse contexto, foi observada a presença significativa da memória e da intertextualidade como itens essenciais na obra. O método utilizado na análise foi o enfoque de três partes: a narração em primeira pessoa de Grace, a narração em terceira pessoa sobre Simon e os paratextos. A análise se deu por meio do cotejo entre os diferentes tipos de texto, tendo como base os conceitos de intertextualidade de Júlia Kristeva e Tiphaine Samoyault e memória de Márcio Seligmann-Silva, Michael Pollak e Alba Olmi Outros conceitos como o significado dos sonhos de Sigmund Freud e a metaficção historiográfica de Linda Hutcheon também se fazem presentes na análise. Esse estudo comparativo resultou na descoberta de diferentes relações entre os textos sendo que conceitos além das questões de memória e intertextualidade foram descobertos. A memória te grande significado na construção das relações humanas e na relação do ser com o passado. O presente trabalho mostra-se relevante em relação aos estudos de memória pelo fato de discutir e apresentar outros meios e outras ligações entre os intertextos como também se insere nos estudos da autora Margaret Atwood no Brasil. / The present thesis intended to discuss some issues related to memory and intertextuality, taking as a starting point the different texts from Alias Grace (Vulgo Grace), written by the Canadian writer Margaret Atwood. The book retrieves the true story of Grace Marks, a maid sentenced to life imprisonment for being an accomplice to the murder of her employer and the housekeeper in the house where she used to work. Grace presented symptoms of amnesia, forgetting the facts that occurred in the murders. In that situation, a small committee who believe in Grace’s innocence hires the young American doctor Simon Jordan to discover the true reason for this apparent amnesia. In this context, a significant presence of memory and intertextuality as essential items of story could be observed. The method applied here was the focus on three parts: the first-person narration by Grace, the thirdperson narration about Simon and the paratexts. The analysis was made through the comparison between the different types of texts, based on intertextuality concepts stated by Júlia Kristeva and Tiphaine Samoyault and memory concepts presented by Márcio Seligmann-Silva, Michael Pollak, and Alba Olmi. Other concepts, such as the meanings of dreams, developed by Sigmund Freud, and the historiographic metafiction, elaborated by Linda Hutcheon, are also included in this analysis.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/156989
Date January 2016
CreatorsGuimarães, Jéssica
ContributorsPavani, Cinara Ferreira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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