Resumo: Pacientes pediátricos com doença grave e aguda apresentam frequentemente distúrbios metabólicos, hidroeletrolíticos e ácido-básicos, os quais podem ser correlacionados com as complicações apresentadas durante a evolução e também com a mortalidade. A hipofosfatemia é um distúrbio que pode afetar vários sistemas orgânicos e a prevalência deste distúrbio metabólico é significante em pacientes agudamente doentes. Objetivo: Verificar a utilidade do fósforo como marcador prognóstico em crianças agudamente doentes. Métodos: Estudo prospectivo, longitudinal, tipo observacional de 91 pacientes admitidos na UTI Pediátrica (UTIP) do Hospital de Clínicas (UFPR) entre junho e dezembro de 2005. De acordo com o motivo que levou à internação, os pacientes foram subdivididos em quatro grupos: grupo 1 (cirurgias eletivas), grupo 2 (sepse e outras síndromes infecciosas, exceto as de foco pulmonar), grupo 3 (pneumopatias agudas e infecções do trato respiratório) e grupo 4 (doenças do sistema nervoso central). Todos os pacientes que evoluíram a óbito ou foram transferidos da unidade nas primeiras 48 horas da admissão foram excluídos. Foram realizados exames de gasometria arterial e perfil bioquímico, registrados dados de exame físico de todos os pacientes no momento da admissão (hora zero), assim como 24 e 48 horas após. Uma segunda amostra foi constituída de 152 pacientes internados na UTIP no período de janeiro a setembro de 2006, para a qual, retrospectivamente foram recuperadas as informações sobre os níveis séricos de fósforo, nos mesmos momentos estabelecidos na primeira etapa do estudo, e evolução. Resultados: 91 pacientes preencheram esses critérios, sendo que 83 sobreviveram e 8 foram a óbito. Notou-se que a hipofosfatemia tem importante valor preditivo de mau prognóstico nestes pacientes, independente da causa que motivou a internação na UTIP, com significância superior à da hiperglicemia ou hiperlactatemia. Baixos valores séricos de fósforo no momento da admissão são os que possuem a maior sensibilidade e especificidade para mau prognóstico em pacientes agudamente doentes, principalmente naqueles com patologias do sistema respiratório. Conclusões: A hipofosfatemia esteve presente em todos os pacientes que foram a óbito, independente do motivo de internação na UTI Pediátrica ou da reposição exógena de fósforo para estes pacientes. Em todos os momentos do estudo (hora zero, 24 e 48 horas após), a hipofosfatemia teve valor preditivo de mortalidade nos pacientes estudados, principalmente no momento da admissão.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/26217 |
Date | 07 May 2012 |
Creators | Manuel, Lygia Maria Coimbra de |
Contributors | Cat, Izrail, Giraldi, Dinarte Jose, 1933-, Koliski, Adriana, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Saúde da Criança e do Adolescente |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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