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Nutrição enterica em lactentes ate 6 meses em uma unidade de terapia intensiva pediatrica : estudo de 110 casos

Orientador: Antônio Fernando Ribeiro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-06T20:54:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: A desnutrição é freqüente em pacientes graves e a nutrição entérica é o melhor meio para manter o estado nutricional. Os objetivos desse estudo foram analisar as indicações, prescrições, motivos das interrupções e a evolução da terapia nutricional entérica nos pacientes com menos de 6 meses de idade, internados na UTIPED do HC/UNICAMP. Trata-se de estudo retrospectivo baseado em análise de prontuários, com utilização de ficha padronizada. Avaliou-se o gênero, a data de nascimento e de internação, a presença de óbito, uso de leite materno, o peso nos primeiros 30 dias de internação, as quantidades de
energia e proteína prescritas e administradas nos primeiros 7 dias, o uso de sedação contínua e ventilação mecânica, a utilização de nutrição parentérica e a aplicação de nutrição entérica nas primeiras 36 horas de internação. Para a análise estatística,
utilizaram-se os testes de Wilcoxon, qui-quadrado, exato de Fisher e Mann-Whitney. Em 9 meses, 110 pacientes foram avaliados, com mediana de tempo de internação de 7 dias. As interrupções da dieta relacionaram-se a problemas do funcionamento do hospital, alterações do trato gastrintestinal e as pausas para a prática de procedimentos. Apenas 4 pacientes (7,84%) não tiveram nenhuma interrupção a partir do início da mesma, mostrando que a nutrição não é administrada de forma ideal. À queles que permaneceram no mínimo 7 dias internados e receberam nutrição entérica exclusiva foram selecionados para análise mais detalhada. Restaram 51 pacientes para aporte energético administrado, onde se observou que, em média, receberam apenas 84,98% do total prescrito (p < 0,0001). Em relação ao aporte protéico, a diferença foi de -4,41g/dia em média (p < 0,0001). Desta
forma, os aportes de energia e proteínas foram inadequados, mostrando risco para o paciente e prejuízo financeiro para a instituição hospitalar. Em 93 lactentes em que foi possível concluir sobre desnutrição, 46 estavam desnutridos (49%) e apresentavam maior freqüência de doença de base (p = 0,016), assim como aporte energético recebido significativamente mais adequado que os não desnutridos (p = 0,040). Da mesma maneira que o aporte energético, os desnutridos receberam um aporte protéico significativamente maior (p = 0,015). O tempo de sedação contínua foi mais prolongado entre os desnutridos quando comparados aos não desnutridos (p = 0,009). A média ponderada do Z escore de peso entre os desnutridos foi de ¿ 3,63 e a mediana, de ¿ 1,86; entre os não desnutridos estes valores foram de ¿ 0,83 e ¿ 1,07, respectivamente. A oscilação dos valores obtidos para os desnutridos foi, em média, de ¿ 0,05 e mediana de ¿ 0,03; e para os não desnutridos, de ¿ 0,01 e 0,00, respectivamente. A nutrição entérica precoce foi possível somente em 59 pacientes (53,6%), e, portanto, não foi prática adotada sistematicamente. Houve uma maior quantidade de pacientes sem possibilidade de recebê-la entre os ventilados (p = 0,009). Assim, as práticas vigentes na unidade não se mostraram efetivas para mudar a condição nutricional dos pacientes durante o período de internação. Protocolos com sistematização da utilização da nutrição em pacientes de UTIPED seriam úteis para minimizar as falhas observadas / Abstract: The undernutrition is quite frequently in intensive care patients and the enteral nutrition is the best way to optimize the nutritional status. The aims of this study were to analyze the indications, medical prescriptions, causes of incorrect administration and evolution of the enteral nutrition of the patients 6 months old or younger at the Pediatric Intensive Care Unity, Clinical Hospital (CH/UNICAMP). It was a retrospective study. Data from medical reports were obtained with a registration chart. It was used to obtain data about sex, birthday, admition day, death, previous breast feeding, weight in the first 30 days of hospital stay, amount of energy and protein prescribed and received, time and use of sedation and mechanical ventilation, presence or absence of parenteral nutrition and the possibility of enteral nutrition in the first 36 hours of hospitalar admission. The statistical analysis tests used were Wilcoxon, qui-square, Fisher and Mann-Whitney. In 9 months, 110 patients were evaluated, with median stay in intensive care unit of 7 days. The incorrect administration of the enteral nutrition was related to bad functioning of the hospital, gastrointestinal tract problems and interruptions for procedures. Only 4 patients (7.84%) had nonstop delivery of the enteral nutrition since its start, which shows an imperfect administration of the enteral nutrition. Those patients who were at least 7 days at the hospital and received only enteral nutrition were selected to a minucius analysis. Then it could be observed that in 51 pacients received only 84.98% of the energy prescription (p < 0.0001). In concern to protein the difference was -4.41g/day (p < 0.0001). The energy and protein delivery was insufficient, which shows that the patients were in risk to malnutrition. There were 46 ndernourished patients (total amount of 93. 49%) and this group showed a significant amount of previous diseases (p = 0.016), and an energy delivery significantly higher than the patients non-malnourished patients (p = 0.040). In relation to protein delivery, the malnourished patients also received a significantly larger amount (p = 0.015). The continuous sedation time was longer among malnourished patients (p = 0.009). The average Z score among malnourished children was ¿ 3.63 and the median ¿ 1.86, among
non-malnourished children these values were ¿ 0.83 e ¿ 1.07, respectively. The range oscilation of weight in malnourished children was ¿ 0.05 and median of ¿ 0.03 and for the non-malnourished children ¿ 0.01 and 0.00, respectively. Early enteral nutrition was
possible in only 59 patients (53.6%), and was not made systematically. There was a greater amount of patients that could not receive early enteral nutrition among those in mechanical ventilation (p = 0.009). This study allowed to conclude that the nutritional delivery at this moment at Pediatric Intensive Care Unit of CH/UNICAMP was not enough to improve the nutritional status of the patients during the stay in this unit. Guidelines would be useful to improve the nutritional delivery in this service / Mestrado / Pediatria / Mestre em Saude da Criança e do Adolescente

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/308367
Date19 September 2005
CreatorsNogueira, Roberto José Negrão
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Ribeiro, Antonio Fernando, 1948-, Neto, José Espin, Hessel, Gabriel
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format181 f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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