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Previous issue date: 2009-06-30 / Introdução - Os Streptococcus agalactiae são bactérias consideradas parte da microbiota da vagina, das vias aéreas superiores e do trato intestinal, porém sua importância como patógeno humano vem crescendo no decorrer dos anos. Quando presente na vagina podem trazer sérias consequências para a mulher, podendo estar associados à infertilidade, aumentar o risco de ruptura prévia de membrana, levar a corioaminionite, endometrite, etc. e, a partir da colonização vaginal da mãe, pode também haver contaminação dos neonatos na hora do parto. Objetivo - O objetivo deste estudo foi determinar a associação dos Streptococcus agalactiae com inflamação vaginal em mulheres atendidas nos laboratórios públicos de Maceió. Material e método - Foi coletado material do terço médio distal da vagina de 1014 mulheres entre 18 e 49 anos. Um dos swabs foi utilizado para a realização de exame bacterioscópico e os outros dois swabs foram utilizados para a realização de cultura para o Streptococcus agalactiae (colocado em caldo Todd-Hewitt) e outros microrganismos, além de exame a fresco direto. A identificação dos microrganismos foi realizada de acordo com a literatura. Resultados - A frequência de colonização vaginal pelo Streptococcus agalactiae encontrada neste estudo foi de 13,9%, sendo que 98 (9,7%) culturas foram positivas somente para este microrganismo e em 43 (4,2%) o mesmo estava associado a outros microrganismos. Dentre as mulheres com cultura positiva apenas para o estreptococo, 18,9% apresentaram reação inflamatória, enquanto somente 6,7% não tinham inflamação. A proporção de reações inflamatórias observadas nas mulheres colonizadas pelo estreptococo foi comparável à de outros patógenos comumente encontrados na vagina como: Candida spp., G. vaginalis e Trichomonas spp.. Em relação ao grau de associação destes microrganismos com inflamação vaginal, verificou-se um Risco Relativo de 2,80 para o Streptococcus agalactiae, 2,01 para Candida spp., 0,55 para Gardnerella vaginalis e 19,03 para Trichomonas spp. Estes dados foram confirmados pela análise multivariada pelo método Forward Stepwise (Wald). Foi verificado que a gestação não constitui um fator de risco, bem como a idade, número de parceiros sexuais, frequência de relações sexuais, abortos e gestações anteriores. Conclusão - O estreptococo do grupo B, quando presente na vagina, mostrou ser um agente promotor de inflamação, a exemplo de outros microrganimos como Candida spp e Trichomonas spp, que são sempre valorizados quando encontrados nesse sítio. Este fato mostra que esta bactéria, ainda considerada parte da microbiota vaginal, pode ser considerada tão patogênica como outros microrganismos, havendo assim a necessidade de diferenciar quanto a um estado de simples colonização ou se a bactéria está sendo agente de processo infeccioso. / superior aerial tract, and intestinal tract microbiota, but it is growing in importance as a human pathogen throughout the last years. When it is present in vagina, it can bring serious consequences to the woman, and can be associated to infertility, improving risk of premature rupture of membrane, leading to chorioamnionitis, endometritis, etc. and from mother vaginal colonization there may be contamination of neonates during delivery. Objective - Objective of this study was to determine the association of Streptococcus agalactiae with vaginal inflammatory process in women attended in public laboratories of Maceió. Material and methods – It has been collected material in the distal medium third of the vagina of 1014 women from 18 to 49 years. One of the swabs has been used to bacterioscopic examination procedures and the other two swabs had been used for culture procedures of Streptococcus agalactiae (put in Todd-Hewitt broth) and other microorganisms, beyond the fresh direct examination. The identification of the microorganisms has been made according to literature. Results – The frequency of vaginal colonization by Streptococcus agalactiae found in this study has been of 13,9%, being 98 (9,7%) positive cultures only for this microorganism and 43 (4,2%) associated with other microorganisms. Among women with positive culture only to streptococcus, 18,9% presented inflammatory reaction, while only 6,7% didn’t have inflammation. The proportion of inflammatory reactions observed in women colonized by the streptococcus has been comparable to that of other pathogens commonly found in vagina as: Candida spp., G. vaginalis and Trichomonas spp.. In relation to the degree of association of those microorganisms with vaginal inflammatory processes, it has been verified a Relative Risk of 2,80 for Streptococcus agalactiae, 2,01 for Candida spp., 0,55 for Gardnerella vaginalis and 19,03 for Trichomonas spp. Those data have been confirmed by the multivariant analysis using Forward Stepwise method (Wald). It has been verified that pregnancy does not constitute a risk factor, nor age, number of partners, frequency of intercourse, abortions and previous pregnancies. Conclusion – B group streptococcus, when it is present in vagina showed to be an inflammatory process promoting agent, as for example other microorganisms, like Candida spp and Trichomonas spp, that are always valued when they are found in that site. This fact shows that this bacteria that is still considered as part of vaginal biota, should be considered so much pathogenic as other microorganisms, thus existing the necessity of differenciating between a state of simple colonization or otherwise if the bacteria is being an infectious process agent. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/8806 |
Date | 30 June 2009 |
Creators | Rodrigues, Monica Meira Leite [UNIFESP] |
Contributors | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Lopes, Guiomar Silva [UNIFESP] |
Publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 64 p. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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