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Previous issue date: 2016-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A insuficiência/deficiência de vitamina D tem sido apresentada por uma significativa parcela da população mundial sendo considerada um problema de saúde pública. Apesar do Brasil ser um país de clima tropical, estudos encontraram altas prevalências de inadequação de Vitamina D na população. Esta deficiência pode estar associada ao desenvolvimento de fatores de risco cardiometabólicos tais como obesidade, intolerância à glicose, hipertensão arterial e dislipidemias. A investigação da vitamina D com esses fatores de risco é pouco estudada na população infantil, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Neste sentido, este estudo objetivou avaliar a prevalência de insuficiência/deficiência de vitamina D e fatores ambientais, demográficos e cardiometabólicos associados em crianças associados em crianças pré-púberes de Viçosa-MG. Trata-se de um estudo transversal realizado com 268 crianças de 8 e 9 anos matriculadas em todas as escolas públicas urbanas de Viçosa, MG. Foram coletadas informações socioeconômicas e demográficas pela aplicação de um questionário semiestruturado. Avaliou-se a ingestão alimentar (três recordatórios de 24 horas), a antropometria (peso, altura, perímetro da cintura e do pescoço, índice de massa corporal e relação cintura/estatura), composição corporal (gordura corporal), a prática de atividade física, pressão arterial e exames bioquímicos (25(OH)D, paratormônio, colesterol total e frações, triglicerídeos, glicose e insulina). A regressão de Poisson com variâncias robustas foi realizada para estimar a associação entre as variáveis e a insuficiência/deficiência de vitamina D. Mais da metade das crianças avaliadas (57,9%) apresentou insuficiência/deficiência dos níveis séricos de vitamina D. As prevalências de deficiência e insuficiência de vitamina D foram de 12,3% e 45,6%, respectivamente. A média da concentração sérica de vitamina D nas crianças foi de 29,5 ng/ml, sendo classificada como insuficiente. Observou-se altas prevalências de fatores de risco cardiometabólicos nas crianças tais como obesidade (15,7%), sobrepeso (15,3%), adiposidade corporal (32,8%) e abdominal excessivas (9,7%), resistência à insulina (3,0%), RCE (16,8%) e PP (17,5%) elevados, hipercolesterolemia (47,8%), baixo HDL-c (32,1%), alto LDL-c (25%) e hipertrigliceridemia (15,3%). A média de ingestão de vitamina D foi 1,66 μg/d e nenhuma criança atingiu sua recomendação de ingestão. O comportamento sedentário e a falta da exposição solar foram fatores associados aos menores níveis de vitamina D, ao contrário da ingestão alimentar. Além disso, a prevalência de insuficiência/deficiência de vitamina D foi maior no inverno (RP: 1,55; IC95%: 1,15-2,09), nas crianças de raça negra (RP: 1,33; IC95%: 1,04-1,72), com excesso de gordura corporal (RP: 1,30; IC95%: 1,06-1,60) e com resistência à insulina (RP: 1,46; IC95%: 1,03-2,06). Conclui-se que o estilo de vida atual das crianças, com baixa ingestão de vitamina D e com poucas atividades ao ar livre, podem explicar a alta prevalência da insuficiência/deficiência da vitamina D. O estímulo das crianças a comportamentos mais saudáveis tais como realização de brincadeiras e esportes ao ar livre, em horários adequados de exposição solar, deve ser realizado por pais, professores e profissionais da saúde. É importante a avaliação da deficiência de vitamina D em crianças, mesmo em país de clima tropical como o Brasil, além de suas relações com fatores de risco modificáveis como excesso de gordura corporal e resistência à insulina na infância. / The insufficiency/deficiency of vitamin D has been present in a significant portion of the world population, and it is considered a health public problem. Although Brazil has a tropical climate, studies have found high prevalence of vitamin D inadequacy in the population. This deficiency may be associated with the development of cardiometabolic risk factors, such as obesity, glucose intolerance, hypertension, and dyslipidemias. The investigation of Vitamin D with these risk factors is understudied in the children population, especially in countries in development, like Brazil. In this sense, this study has the objective of evaluating the prevalence of insufficiency/deficiency of vitamin D and environmental, demographic and cardiometabolic associated factors in prepubertal children from Viçosa-MG. It is a cross- sectional study realized with 268 children between the ages of 8 and 9 years old enrolled in all of the urban public schools from Viçosa, MG. Socioeconomic and demographic information were collected through a semi-structured questionnaire. There was an evaluation of the dietary intake (three dietary records of 24 hours), anthropometry (weight, height, waist and neck circumferences, body mass index, and waist-to-height ratio), body composition (body fat), practice of physical activity, blood pressure, and biochemical tests (25(OH)D, parathormone, total cholesterol and fractions, triglycerides, glucose, and insulin). The Poisson regression with robust variations was used to estimate the association between the variables and the insufficiency/deficiency of vitamin D. More than half of the evaluated children (57.9%) presented insufficiency/deficiency of the serum levels of vitamin D. The prevalence of deficiency and insufficiency of vitamin D were 12.3% and 45.6%, respectively. The average of the serum concentration of vitamin D in the evaluated children was 29.5 ng/ml, classified as insufficient. High prevalence of cardiometabolic risk factors was observed in the children, such as obesity (15.7%), overweight (15.3%), body adiposity (32.8%) and excessive abdominal adiposity (9.7%), insulin resistance (3.0%), high WHtR (16.8%) and NC (17.5%), hypercholesterolemia (47.8%), low HDL-c (32.1%), high LDL-c (25%), and hypertriglyceridemia (15.3%). The average of the intake of vitamin D was 1.66 μg/d, and no child reached the recommended intake. The physical inactivity and the lack of sun exposition were factors associated with the lowest levels of vitamin D, unlike the dietary intake. Furthermore, the prevalence of insufficiency/deficiency of vitamin D was higher in the winter (PR: 1.55; CI95%; 1.15-2.09), in black children (PR: 1.33; CI95%: 1.04-1.72), in those with excessive body fat (PR: 1.30; CI95%: 1.06-1.60), and in those with insulin resistance (PR: 1.46; CI95%: 1.03-2.06). It is concluded that the current lifestyle of the evaluated children, with low intake of vitamin D and few activities outside, could explain the high prevalence of insufficiency/deficiency of vitamin D. Parents, teachers, and health professionals should incentive children to have healthier behaviors, such as playing games and sports outside at adequate times for sun exposure. It is important to evaluate the deficiency of vitamin D in children, even in countries with a tropical climate like Brazil, besides the relations with modifiable risk factors such as excessive body fat and insulin resistance in childhood.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/21191 |
Date | 23 February 2016 |
Creators | Milagres, Luana Cupertino |
Contributors | Pessoa, Milene Cristine, Peluzio, Maria do Carmo Gouveia, Novaes, Juliana Farias de |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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