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Efeito da finasterida sobre a interação epitelio-estroma nos diferentes lobos da prostata de rato / Finasteride effects on epithelium-stroma interaction in the different rat prostatic lobes

Orientador: Sergio Luis Felisbino / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-07T07:36:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: As células do câncer prostático são geralmente dependentes, para o seu crescimento e sobrevivência, do estímulo androgênico mediado pelos receptores de andrógeno (RA). Conseqüentemente, a manipulação hormonal, como a castração e/ou o uso de antagonistas de RA, resulta na regressão do câncer. Entretanto, esses tratamentos raramente levam à cura da doença em estágios mais avançados e o câncer, conseqüentemente, torna-se independente de andrógeno. Importantes evidências sustentam a hipótese de que as metaloproteinases de matriz (MMPs) têm papel fundamental nos múltiplos passos da progressão tumoral, incluindo a promoção tumoral, angiogênese, invasão e metástase. As MMPs constituem uma ampla família de endopeptidases dependentes de zinco e cálcio e atuam na degradação da matrix extracelular e da membrana basal. Dois importantes membros da família das MMPs, MMP-2 e MMP-9, pertencentes à subfamília das gelatinases, são conhecidas por degradarem especificamente o colágeno do tipo IV, principal componente das membranas basais. Recentemente, o PCPT (Prostate Cancer Prevention Trial) mostrou que a finasterida, um inibidor da enzima 5_-redutase amplamente usado no tratamento da hiperplasia prostática benigna, diminuiu significativamente a incidência do câncer prostático quando comparado ao grupo que recebeu apenas placebo. Porém, tumores com gradação de Gleason entre 7 e 10 foram significativamente mais comuns no grupo tratado com finasterida que no grupo placebo. Nesse sentido, o papel da finasterida na quimioprevenção do câncer prostático necessita de mais investigação. Assim, este trabalho examinou se as alterações induzidas pela finasterida na morfologia e na fisiologia prostáticas têm impacto na expressão e atividade das MMPs 2 e 9. Ratos machos Wistar (90 dias de idade) foram tratados diariamente com
injeções subcutâneas de finasterida (25mg/Kg) durante 3, 7, 30 e 90 dias. Um grupo de animais controle recebeu diariamente injeções subcutâneas do veículo farmacológico (óleo de milho). Os lobos ventrais (PVs), dorsolaterais (PDLs) e anteriores (PAs) foram dissecados, pesados e processados para as análises citoquímicas, imunocitoquímicas, morfométrico-estereológicas e de zimografias. A finasterida promoveu involução progressiva no compartimento epitelial e luminal, redução na altura e na proliferação das células epiteliais e aumentou o índice apoptótico e a área estromal dos três lobos prostáticos. A análise das zimografias mostrou que o tratamento com finasterida altera de modo lobo específico o padrão gelatinolítico da próstata do rato, com o aumento da pró- MMP-9 no dia 30 e da forma ativa da MMP-9 nos dias 30 e 90 na PV, aumento da pró- MMP-9 na PDL nos dias 7 e 30 e o aumento da forma intermediária da MMP-2 na PA no dia 7. Porém, a atrofia induzida pela finasterida não promoveu um aumento significativo na atividade das MMPs, em contraste com o que é encontrado na ablação hormonal pela castração. Isso se deve, provavelmente, ao fato das alterações promovidas pela finasterida na próstata constituírem um processo mais lento em comparação com a castração. Assim, os nossos resultados sugerem que a finasterida é eficaz no tratamento das afecções prostáticas sem promover um ambiente favorável para o crescimento de tumores invasivos e metástase / Abstract: Prostate cancer cells are generally dependent on androgen stimulation mediated by the androgen receptor (AR) for growth and survival. Therefore, hormonal manipulation, such as castration and/or the use of AR antagonists, results in a regression of the cancer. However, these treatments very rarely lead to the ''cure¿¿ of advanced disease and cancer eventually become androgen-independent. A substantial amount of evidence supports the hypothesis that Matrix Metalloproteinases (MMPs) play a key role in multiple steps of tumor progression, including tumor promotion, angiogenesis, invasion, and metastasis. MMPs constitute a broad family of zinc-binding endopeptidases that play a key role in degradation of the extracellular matrix and basement membrane. Two important members of the MMP family, MMP-2 and MMP-9, belonging to the gelatinase subfamily, are known to specifically cleave type IV collagen, the major component of basement membranes. Recently, The Prostate Cancer Prevention Trial (PCPT) showed that finasteride, a 5 alphareductase inhibitor widely employed in the treatment of benign prostatic hyperplasia, significantly decreased the incidence of prostate cancer versus placebo. However, Gleason score 7-10 tumors were significantly more common in the finasteride versus the placebo group. In this sense, the role of finasteride for prostate cancer chemoprevention needs further examination. Thus, this study examined whether the finasteride-induced changes on prostate morphology and phisiology has an impact on MMP-2 and MMP-9 expression and activity. Male Wistar rats (90 days of age) were treated daily with finasteride subcutaneously injected (25mg/Kg) during 3, 7, 30 and 90 days. A control group of animals
received daily doses of vehicle (corn oil). The ventral (VPs), dorsolaterals (DLPs) and anterior (APs) lobes had been dissected, weighed and processed for citochemistry, immunocitochemistry, morphometric-stereological, and zymography analyses. Finasteride promoted a progressive involution in the epithelium and lumen compartments, reduced of the epithelial cell heights and proliferation and increased apoptosis and the stromal area in
the three prostatic lobes. Gelatin zymography analysis showed that finasteride treatment changed the gelatinolitic profile in the prostatic lobes, with an increase in the pro-MMP-9 at day 30 and in the active-MMP-9 at days 30 and 90 in VP, increase in the pro-MMP-9 inDLP at days 7 and 30 and an increase in the intermediate-MMP-2 in PA at day 7. However, finasteride induced-atrophy did not cause a significant increase in MMPs activity, in contrast with is found in androgen ablation by castration. This is probably due to the fact that finasteride changes in prostate are a slow process in comparison with castration. Take together, our results suggest that finasteride is effective in treating prostate diseases without creating a most favorable environment for tumor growth invasion and metastasis / Mestrado / Biologia Celular / Mestre em Biologia Celular e Estrutural

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/317950
Date08 September 2006
CreatorsDelella, Flavia Karina
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Felisbino, Sérgio Luis, Amorim, Renee Laufer, Taboga, Sebastião Roberto
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Estrutural
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format88f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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