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Literatura como abertura : experiência estética e formação na EJA

A presente dissertação se propõe a pensar o modo verticalizado com que se tem conduzido determinados saberes nas relações com o conhecimento dentro e fora da instituição escolar no caso específico do trabalho com a literatura. Pretende-se pôr em discussão o modo como se tem abordado a perspectiva da leitura no ambiente pedagógico, bem como as forças discursivas que determinam a proscrição de certas obras. O ponto de partida é que se alguns trabalhos literários são incidentalmente interpretados como textos perigosos ou temíveis é porque esses textos carregam em si mesmos os aspectos potenciais causadores da sua interdição pela escola. Elegemos alguns textos (de Clarice Lispector e de Luís Fernando Veríssimo) e os apresentamos sob uma perspectiva literária mais afeita à formação estética aqui é proposta com base em uma ação pedagógica moldada pela experiência. A pesquisa foi realizada a partir de atividades propostas ao grupo de alunos da EJA da Totalidade 6 de uma escola municipal de Porto Alegre. Tal experiência produziu material empírico organizado em três etapas: convite, fruição dos textos e tradução de si. Na primeira, o trabalho com a leitura foi proposto como possibilidade mobilizadora de criação. Na segunda, como produção de deslocamento do ponto de vista narrativo e, finalmente, na terceira, como movimento de tradução de si por meio de uma relação não prescritiva com a literatura. A proposta é dialogar com os caminhos sugeridos pela pesquisa, pensando a aula de leitura como possibilidade de abertura à formação de subjetividades. / This dissertation is proposed as a reflection exercise upon the vertical mode in which certain knowing forms are conducted in its relations with the knowledge and the learning inside and out of the school institution in the specific case of the work with literary texts. The objective is to discuss the mode by which the perspective of the reading is treated in the pedagogic environment, as well as the discursive strengths that determine the proscription of certain texts. The starting point that if some literary works are unexpectedly interpreted like dangerous or frightening texts, it is because these texts carry in themselves the potential aspects which caused his interdiction by the school. We elect some texts (by Clarice Lispector and Luís Fernando Veríssimo) to present them under a more sympathetic literary perspective to the aesthetic formation that here is proposed on basis of a pedagogic action shaped by the experience. The inquiry was carried out from activities proposed to a group of pupils of the EJA, of the Totality 6 of a municipal school of Cheerful Oporto. Such experience produced empirical material organized in three stages: invitation, enjoyment of the texts and translation of you. In the first one, the work with the reading was proposed as a motivation for the creation. In the second one, the work was proposed as the production of dislocation of the narrative point of view and, finally, in the third one, as self-translation movement through a non-prescriptive relation with the literature. The proposal is to elaborate the ways suggested by the inquiry, thinking of the classroom of reading as a possibility of opening to the formation of subjectivities.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/37377
Date January 2011
CreatorsSteffens, Maria do Carmo Hornos
ContributorsLoponte, Luciana Gruppelli
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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