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Avaliação do impacto da capacitação de agentes comunitários de saúde na prevalência do aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo

Resumo: Estudo de intervenção no qual um grupo recebeu Capacitação Específica (CE) em Aleitamento Materno (AM) e outro denominado de Formação Convencional (FC), não recebeu a intervenção. Esse estudo se propôs a acompanhar as crianças nascidas, no período após a realização da capacitação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), até que completassem seis meses de vida, para verificar a prevalência do AM e do Aleitamento Materno Exclusivo (AME). Os ACS de 7 Unidades de Saúde (US), sorteadas dentre as 25 US da área urbana do município de Guarapuava-PR, preencheram um questionário (Pré Teste) sobre AM e alimentação complementar, receberam capacitação específica (CE) de 16 horas pelo manual do Ministério da Saúde e repetiram o mesmo questionário após uma semana (Pós Teste). Foram acompanhadas 344 mães de crianças menores de seis meses, com seus respectivos ACS, nas 25 US de setembro de 2007 a outubro de 2008, no 1º, 4º e 6º mês de vida da criança. Foram analisados os fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais, maternos e alimentares das famílias estudadas mediante um questionário codificado e validado. Os ACS do CE apresentaram retenção significante do conteúdo, com aumento do número de acertos de 7,3 (Pré Teste) para 12,1 (Pós Teste) em média, de um total de 17 pontos máximos (p<0,0001). As famílias do CE tiveram comportamento estatisticamente desfavorável nas variáveis: escolaridade materna e paterna, trabalho materno, número de trabalhadores na casa, renda familiar mensal, número de moradores na casa, categoria ABEP, tipo de casa, disponibilidade de saneamento básico e eletricidade e tipo de parto. Na análise multivariada do 4º mês, o uso de água, chá ou leite na mamadeira (OR= 2,27/p<0,001/IC95%1,41-3,66) e o uso de chupeta (OR=9,29/p<0,000/IC95%4,07-21,19) apresentaram associação positiva com a variável dependente, sugerindo risco para o desmame. No 6º mês a variável que continuou apresentando risco positivo para o desmame foi uso de chupeta (OR= 5,29/p<0,007/IC95%1,57-17,81). A prevalência de AM e AME no 1º e 4º mês não diferiu entre os grupos. No 6º mês a prevalência de AM foi similar entre os grupos, com 94% no CE e 94,8% no FC (p=0,52), enquanto a AME diferiu marcadamente, com 7,7% no CE e 0,9% no FC (p=0,036). Observou-se associação positiva com significância estatística entre pertencer ao Grupo CE e apresentar maior taxa de AME no 6º mês, quando nove crianças acompanhadas por ACS do Grupo CE permaneceram em AME, enquanto só uma do Grupo FC (OR= 9,41/p<0,019/IC95%1,17-75,58). Sugere-se, portanto, que as mães de crianças visitadas por ACS sem capacitação apresentaram maior risco de abandonarem o AME ao 6º mês de vida. Conclui-se que um ciclo de capacitação foi eficiente em incorporar conhecimentos aos ACS e eficaz em aumentar a prevalência do AME em crianças menores de seis meses, mesmo em condições de vulnerabilidade socioeconômica e demográfica.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/29033
Date27 December 2012
CreatorsTsupal, Priscila Antunes
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Medicina Interna, Maluf, Eliane Mara Cesário Pereira, 1955-, Mulinari, Rogerio Andrade, 1955-
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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