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Práticas alimentares no primeiro ano de vida e experiência de cárie aos 10 anos de idade - estudo de coorte

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Susana Paim dos Santos.pdf: 2692302 bytes, checksum: d133e8282d44c0fe6dcae0a37e12b5b0 (MD5) / Introdução: As práticas alimentares estabelecidas desde o nascimento da criança têm forte
influência nas preferências dos alimentos e, consequentemente, na educação alimentar do
indivíduo, cujo efeito é percebido na sua saúde, incluindo a condição bucal. Objetivo:
verificar a associação entre as práticas alimentares aos 12 meses de vida e a experiência de
cárie aos 10 anos de idade, em uma coorte de nascidos vivos de Feira de Santana-Bahia.
Material e Método: Foram examinadas 233 crianças, usando critérios de diagnóstico de cárie
propostos pela Organização Mundial de Saúde. A experiência de cárie foi definida como
recomenda a Organização Mundial da Saúde: índices ceo-d+CPO-D=0 e ceo-d + CPO-D=≥ 1.
As práticas alimentares avaliadas aos 12 meses de idade foram: presença do aleitamento
materno, frequência desse aleitamento, uso de mamadeira para tomar outros líquidos, ingesta
de alimentos durante o sono e consumo de bebidas industrializadas. A associação entre as
práticas alimentares e a cárie dentária foi estimada por meio de análises univariadas e
modelos de regressão multivariada de Poisson, com variância robusta, obtendo-se as medidas
de associação bruta e ajustadas a covariáveis confundidoras e seus respectivos intervalos de
confiança a 95%. Três diferentes modelos ajustados foram construídos e o nível de
significância foi de 5%. Resultados: A prevalência de cárie no grupo estudado foi 51,1% e a
média do ceo-d+CPO-D foi 1,50 ± 2,10. Dentre as práticas alimentares, somente a realização
do aleitamento materno (RRbruto = 1,40, IC95% [1,07 - 1,82]) e a frequência de aleitamento
materno maior ou igual a 4 vezes ao dia (RRbruto = 1,52, IC95% [1,19 - 1,95]) se mostraram
associadas à experiência de cárie aos 10 anos de idade. As medidas de associação variaram de
RRajustada = 1,32 a 1,42 e RRajustada = 1,41 a 1,52 para a realização do aleitamento e da
freqüência, respectivamente, com significância estatística (p ≤ 0,05). Nas crianças que
realizaram aleitamento materno aos 12 meses de vida, o risco de apresentarem cárie aos 10
anos de idade foi de 32% a 42% maior que entre aquelas que não o realizaram no mesmo
período; e naquelas que tinham a frequência de aleitamento materno igual ou superior a 4
vezes ao dia, o risco de apresentar cárie aos 10 anos de idade foi de 41 a 52% maior.
Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que as práticas alimentares de aleitamento
materno e a sua frequência ≥4/dia aos 12 meses de vida revelam risco à cárie dentária na
idade escolar, independente de outros fatores. Isto indica a necessidade de acompanhamento e
intervenção quanto à adoção de hábitos alimentares saudáveis desde o primeiro ano de vida.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/20885
Date27 February 2015
CreatorsSantos, Susana Paim dos
ContributorsGomes Filho, Isaac Suzart, Vieira, Graciete Oliveira, Gomes Filho, Isaac Suzart, Soares, Johelle de Santana Passos, Vianna, Maria Isabel Pereira, Valença, Ana Maria Gondim, Paiva, Saul Martins
PublisherInstituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia., Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas., UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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