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Consumo alimentar e associação com ganho de peso em adolescente: Estudo Longitudinal de Avaliação Nutricional de Adolescentes (ELANA). / Food consumption and its association with weight gain in adolescents: Adolescent Nutritional Assessment Longitudinal Study (ELANA).

Essa tese teve como objetivo avaliar a associação do consumo de padrões alimentares e produtos alimentícios ultraprocessados (UP) sobre indicadores antropométricos e sua variação entre adolescentes. Para tal, foram analisados os dados de 1.031 estudantes de quatro escolas privadas e duas escolas públicas da região metropolitana do Rio de Janeiro que foram acompanhados por três anos consecutivos (2010 a 2012) no Estudo Longitudinal de Avaliação Nutricional de adolescentes (ELANA). Os resultados estão apresentados em três manuscritos que compõem a tese. O primeiro manuscrito identificou três padrões alimentares: Ocidental, composto por massas, embutidos e bacon, carnes, doces, bebidas açucaradas, salgados e fast food, biscoito, pães e cereais, leite e derivados e ovos, o Saudável, caracterizado por peixes, hortaliças, verduras, raízes e feculentos, frutas e sucos e o Arroz/Feijão, composto pelo consumo de arroz, feijão e café. Na análise dos dados na linha de base o padrão Ocidental associou-se a um menor índice de massa corporal (IMC) e não foi observada associação estatisticamente significativa em relação ao percentual de gordura corpórea (%GC) e o padrão em questão. Adicionalmente, foi verificada uma associação negativa entre o padrão Arroz/Feijão e ambos os indicadores antropométricos sugerindo que esse padrão de consumo tradicional possa ser protetor para a obesidade. No segundo manuscrito avaliou-se a relação entre o consumo de UP e indicadores de qualidade da dieta. O consumo de UP foi avaliado em gramas por dia e em gramas/total de calorias. Observou-se um aumento das variáveis marcadoras de alimentação não saudável e saudável com o aumento do consumo de UP. No entanto, quando relacionados ao aumento de consumo de UP/energia observou-se um aumento de marcadores de alimentação não saudável e, com exceção da vitamina C, uma redução de marcadores de alimentação saudável. Assim, a densidade do consumo de UP mostrou-se um bom indicador de qualidade da dieta entre adolescentes. No terceiro manuscrito avaliou-se a associação entre o consumo de UP e a evolução temporal do IMC e %GC. A análise longitudinal por modelos lineares mistos, que levam em conta todas as observações ao longo do tempo, indicou que nas análises não ajustados havia uma associação negativa entre consumo de UP e o IMC e %GC, porém nas análises de UP/energia e nas análises ajustadas por atividade física e uma variável de controle para a qualidade do relato não mais foram observadas associações com o consumo de UP e as medidas antropométricas de adiposidade. Pode-se concluir que não evidenciamos associação do consumo de UP com medidas antropométricas de obesidade uma vez que o consumo elevado de UP associado ao crescimento do %GC nas análises transversais, não se manteve nas análises longitudinais. A discrepância entre os achados dos estudos seccionais e os longitudinais pode decorrer de confundimento residual nos estudos seccionais. Conclui-se, que para redução do ganho excessivo de peso, orientações relativas exclusivamente a um padrão de alimentação saudável que incorpora a ideia de UP, devem ser acompanhadas de redução da quantidade de alimentos consumidos. / This thesis had as an objective to evaluate the association of the consumption of dietary patterns and ultra-processed food products (UP) on anthropometrics indicators and its variation among adolescents. Thus, the data of 1,031 students of four private schools and two public schools of the metropolitan region of Rio de Janeiro were analyzed during three consecutive years (2010 through 2012) at the Adolescent Nutritional Assessment Longitudinal Study (ELANA). The results are presented in three manuscripts that compose the thesis. The first manuscript identified three dietary patterns: Western, compounding pasta, processed meat and bacon, meat, sweets, sugar sweetened beverages, savoury snacks and fast-food, cookies, bread and cereals, milk and dairy products and eggs, the Healthy, characterized by fish, vegetables, greens, roots and starchy, fruits and juices and the Rice/ Beans, compounded by the consumption of rice, beans and coffee. In the data analyses of baseline the Western pattern was associated to a lower body mass index (BMI) and a statistically significant association regarding the percentage of body fat (%BF) and the related pattern was not noticed. Additionally, a negative association between the Rice and Beans pattern and both anthropometric indicators could be verified suggesting that this traditional dietary pattern could be protective for obesity. On the second manuscript, the relationship between the UP consumption and the diet quality markers was estimated. The UP consumption was reported in grams per day and in grams per total calories. An increase of not only of non-healthy diet quality markers but also healthy markers ones were observed with UP consumption increases. However, when related to the growth of UP/energy consumption, an increase on the non-healthy diet quality markers and, with the exception of vitamin C, a reduction of healthy markers could be observed. The UP consumption density proved to be a good marker of diet quality among adolescents. On the third manuscript, were evaluated the association between UP consumption and temporal evolution of BMI and %BF. The longitudinal analyses by linear mixed models, which take into account all the observations during the time, indicated that on crude analyses there was a negative association between the UP consumption, BMI and %BF, however in the UP/energy analyses and adjusted analyses for physical activity and a control variable for the reporting quality no more associations were observed with the UP consumption and anthropometric adiposity measures. It is possible to conclude that there was no association of UP consumption and anthropometric adiposity measures since the high UP associated with the increase of %BF in the cross sectional analyses no remained in the longitudinal analyses. The discrepancy between the findings of cross-sectional studies and longitudinal may be due to residual confounding in cross-sectional studies. It could be concluded that, for reduction of excessive weight gain, guidelines exclusively related to the healthy eating pattern that incorporates an idea of UP, must be accompanied by reduction of consumed foods quantity.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:5821
Date31 March 2015
CreatorsLuana Azevedo de Aquino
ContributorsRosely Sichieri, Claudia de Souza Lopes, Rosângela Alves Pereira, Renata Bertazzi Levy, Maria Beatriz Trindade de Castro
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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