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A persuasão no discurso de auto-ajuda: uma abordagem sistêmico-funcional

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Previous issue date: 2008-06-12 / Self-help books have presented the largest growth and are also responsible for the new best-sellers in the market. Marketdata research institute estimates that the world market of self-help books generated about US$8.5 billions in 2003. They reckon the total size of this market can reach more than US$11 billions in 2008. We can note that the self in self-help, as well as the self in self-learning, means learning without being followed by a teacher. It does not mean self-help, but that one can help him or herself with the help of a book, written by someone else. There is a writer passing their ideas on to a reader, hoping they will be accepted. Thus, the question is: how can a self-help book writer convince their reader of the validity of their statements?
Persuasion, mainly implicit persuasion, is not always realized by clearly persuasive adjectives and adverbs, but also by certain lexico-grammatical choices which, in specific contexts, make a text extremely persuasive. This kind of persuasion takes place gradually throughout the text and may be extremelly efficient.
Considering the undeniable success of these books, I found it justifiable to develop a study about the self-help text, analyzing it according to the point of view of the discourse, focusing on how the writer transmits his idea in order to get the reader s adhesion.
To do so, I will use the critical discourse analysis which, by studying the social and historical situation of a text, aims at bringing to the readers knowledge the patterns of values and beliefs codified in the language invisible for those who take discourse as natural . I hope to analyze the lexico-grammatical choices made by the writer in order to persuade, explicitelly or implicitelly, the reader in the self-help books. For this, I will use Halliday s (1994) systemic-functional linguistics, specially the simultaneous action of the ideational, interpersonal and textual metafunctions, and also some recent contributions in terms of the writer s positioning towards the text and content evaluation. So, I will use, specially, in Martin (2000; 2003), that, with the token nocion value, frame (Goatly 1997; Bednarek 2005); in crypto-argumentacion (Kitis e Milapídes, 1996); textual world (Downing, 2003) and Semino (1997) / Os livros de auto-ajuda constituem um dos segmentos com maior crescimento e é também o responsável pelos novos best-sellers do mercado. O instituto de pesquisas Marketdata estima que o mercado mundial da auto-ajuda movimentou cerca de US$8.5 bilhões em 2003. Eles estimam que o tamanho total desse mercado pode alcançar mais de US$11 bilhões em 2008. Notemos que o auto de auto-ajuda, tal como em auto-didata, significa aprendizagem sem o acompanhamento de um mestre. Não quer dizer que a pessoa se ajude a si mesma, mas com a ajuda de um livro, que foi escrito por alguém. Há um autor que passa suas idéias para o leitor, esperando que este aceite suas idéias e sugestões. Então, cabe a pergunta: de que maneira o autor de um livro de auto-ajuda convence seu leitor da validade de suas afirmações?
A persuasão, em especial a persuasão implícita, que permeia o texto, nem sempre é realizada por adjetivos e advérbios claramente persuasivos, mas graças também a determinadas escolhas léxico-gramaticais, não consideradas interpessoais na tradição, que, combinadas a contextos específicos, tornam-no altamente persuasivo. Esse tipo de persuasão, que acontece cumulativamente conforme o texto se desenrola pode ser extremamente eficaz em certos contextos.
Diante do inegável sucesso de vendas desses livros, pareceu-me justificável promover um estudo a respeito do texto de auto-ajuda, analisando-o do ponto de vista do discurso, mais especificamente no que diz respeito ao modo como o escritor tenta passar suas idéias para conseguir a adesão do leitor.
Para examinar essa questão, recorro à análise crítica, a qual procura, estudando detalhes da estrutura lingüística à luz da situação social e histórica de um texto, trazer, para o nível da consciência, os padrões de crenças e valores codificados na língua que estão subjacentes à notícia e que são invisíveis para quem aceita o discurso como algo natural . Espero examinar as escolhas léxico-gramaticais feitas pelo autor, Roberto Shinyashiki (2005), Heróis de Verdade,com vistas à persuasão tanto explícita quanto implícita no texto de auto-ajuda. Para tanto, apóio-me na lingüística sistêmico-funcional, de Halliday (1994), em especial, na atuação simultânea das metafunções ideacional, interpessoal e textual, incluindo as contribuições que a teoria tem recebido em recente data, principalmente no tocante ao posicionamento do escritor bem como da sua avaliação do conteúdo no desenrolar do texto. Assim, apóio-me em especial em Martin (2000; 2003), que, com a noção de token de avaliação, mostra a fusão da metafunção ideacional com a interpessoal; na noção de frame (Goatly 1997; Bednarek 2005), que explica a introdução pelo leitor de seu conhecimento prévio, desencadeado por elementos do texto; na construção da crypto-argumentação (Kitis e Milapídes, 1996), que trata de sobreposição de gêneros discursivos em função da persuasão; na montagem de um mundo textual (Downing, 2003) e Semino (1997), tendo em vista o leitor ideal . Dessa forma, espero desvendar a ideologia que permeia o texto e entender como é feita a persuasão no livro analisado

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/13972
Date12 June 2008
CreatorsLoli, Rejane
ContributorsIkeda, Sumiko Nishitani
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, PUC-SP, BR, Lingüística
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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