Return to search

Avaliação da atividade antitumoral do extrato bruto e supercrítico de Cordia verbenacea

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T03:52:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
289110.pdf: 1050925 bytes, checksum: e297bbf3d275514b4ad96dad01cd52a3 (MD5) / O câncer está entre as causas mais freqüentes de morte no mundo. É considerado um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo a segunda causa de morte no Brasil e no mundo, superado somente pelas doenças do sistema cardiovascular. Apesar disto até o momento não existe uma terapia efetiva para o tratamento de todos os tipos de câncer além de que a maioria dos quimioterápicos em uso apresentam elevada toxicidade. Esforços vêm sendo dirigidos no sentido de desenvolver fármacos antitumorais tão ou mais eficazes do que os quimioterápicos já disponíveis, porém com menor toxicidade e potencial para desenvolver resistência terapêutica. Muitos dos medicamentos utilizados atualmente resultaram da purificação de produtos naturais, principalmente vegetais. Neste contexto, o presente projeto objetivou avaliar o potencial antitumoral de Cordia verbenacea planta medicinal brasileira, vulgarmente conhecida como erva baleeira que é popularmente utilizada em Santa Catarina para tratamento de tumores e inflamações. Para se atingir tal objetivo foram realizados experimentos para avaliar a atividade citotóxica e antiproliferativa in vitro e antitumoral in vivo. Para tanto, realizou-se os ensaios de viabilidade celular (MTT) em células de tumor ascítico de Ehrlich (TAE) e MCF-7, proliferação celular (incorporação de [3H] timidina) e capacidade pró-poptótica (Brometo de etídio/Laranja de acridina (BE/LA)) em células TAE. Além disso, verificou-se o possível efeito dos extratos sobre o DNA plasmidial (atividade nucleásica) assim como a capacidade protetora do extrato sobre o DNA (com a geração de espécies reativas de oxigênio com Fe-EDTA). Foi avaliada a expressão da COX-2 através de Wertern blot em células MCF-7. A determinação da atividade antitumoral in vivo foi realizada em camundongos Balb/c inoculados com o TAE e tratados com extrato bruto (EB) e supercrítico (ESC) nas concentrações de 37,5; 75 e 150 mg/Kg. Nos ensaios do MTT e incorporação de timidina triciada os resultados demonstraram que o EB e ESC reduziram de maneira significativa a viabilidade e proliferação celular. A coloração com BE/LA revelou que o provável tipo de morte celular induzida pelos tratamentos trata-se de apoptose, uma vez que a grande maioria das células adquiriram uma coloração laranja-avermelhada, característica de células apoptóticas. Os extratos mostraram-se ineficazes no teste de ativação nucleásica. O ESC foi capaz de reduzir significativamente a expressão da COX-2 em células MCF-7. Os ensaios in vivo demonstram que tanto EB quanto ESC apresentaram efeitos antitumorais, sendo os melhores resultados observados para a dose de 150 mg/Kg. O tratamento com os extratos também causou importante inibição do crescimento tumoral nos camundongos, principalmente o ESC. EB e ESC elevaram a proporção de células inviáveis/viáveis em mais de duas vezes quando comparado ao controle negativo. EB e ESC aumentaram o tempo médio de sobrevida e a concentração de GSH. De acordo com os resultados podemos concluir que ESC apresentou atividade antitumoral mais potente que o extrato bruto. Os resultados obtidos foram favoráveis à validação da utilidade de C. verbenacea como potencial agente antitumoral. Além disso, foi considerado que o método de extração supercrítica pode aprimorar a atividade antitumoral de C. verbenacea, como demonstrado com os resultados apresentados acima, uma vez que estes efeitos provavelmente se devam à presença de ?-humuleno e ?-cariofileno presente nos extratos, especialmente no extrato supercrítico. Também a partir dos resultados obtidos podemos supor que um possível mecanismo de ação antitumoral dos extratos possa ser a redução da expressão da COX-2, o que poderia levar a um bloqueio da sobrevivência celular e indução da apoptose.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93837
Date25 October 2012
CreatorsParisotto, Eduardo Benedetti
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Pedrosa, Rozangela Curi
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format100 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0131 seconds