Vita, de Melania Mazzucco (jovem escritora italiana contemporánea), é um romance que trata sobretudo do exílio, (ex-solum, distância da própria terra, emigração) por meio de uma narrativa que mescla ficção, realidade, memória. Escrito em algumas partes em primeira pessoa, o romance possui uma nuance de autobiografia. A ficção se entrelaça com as pesquisas da memória familiar e pessoal da autora, de modo a narrar uma epopéia coletiva, a qual em raríssimos casos encontrou a via da literatura. Vita e Diamante Mazzucco, os protagonistas, são dois jovens italianos que, no início do século XX, junto à multidão que compôs a grande emigração italiana, afrontam a América, a paixão e a vida. Com um enredo aparentemente limitado a um grupo e a um período histórico, os temas presentes na obra apontam para uma questão contraditória, o limite entre a reportagem verídica e a reconstrução ideal dos fatos, entre a memória histórica e a construção narrativa, colocando em evidência situações análogas. A problemática do \"outro\" (Vita e Diamante como representantes dos \"vencidos\", da outra face da história) faz emergir a real alteridade que a literatura - e o romance melhor que outros gêneros - é capaz de trazer à tona, verbalizando aquilo que estava desde muito tempo escondido na memória familiar e, talvez, na memória coletiva / Vita, di Melania Mazzucco (giovane scrittrice italiana contemporanea), è il romanzo di una storia di esilio (ex-solum, allontanati dal proprio suolo, emigrati), intessuto di finzione, realtà, memoria. Scritto in alcune parti in prima persona, il romanzo sfuma nell\'autobiografia. L\'invenzione s\'intreccia alla ricerca di una memoria familiare e personale, per narrare una epopea collettiva che rarissimamente ha trovato la via della letteratura. Vita e Diamante Mazzucco, i protagonisti, sono due ragazzi italiani che, all\'inizio del Novecento, insieme alla moltitudine di immigrati della grande emigrazione, affrontano la loro America, passione e vita. Apparentemente limitati a un gruppo e a un periodo, i temi del romanzo toccano il rapporto contraddittorio, il limite fra reportage veridico e ricostruzione ideale, fra memoria storica e costruzione narrativa e portano alla luce vite \"analoghe\". La problematica dell\' \"altro\" (Vita e Diamante come rappresentanti dei \"vinti\", dell\'altra faccia della storia) fa emergere la reale alterità che la letteratura - e il romanzo meglio di altri generi - può portare alla luce, verbalizzando ciò che era da lungo tempo rimosso nella memoria familiare e, forse, in quella collettiva
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-10082007-161158 |
Date | 17 February 2006 |
Creators | Debenedetti, Sara |
Contributors | Lombardi, Andrea Giuseppe |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.0019 seconds