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A manifestação dos estados de violência no discurso jornalístico

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Previous issue date: 2012-05-07 / This research is about how the state of violence, guided by a discourse of violence, constitutes interdiscoursively, journalistic discourse. To this end, the aim of this research is to show how the discourse of violence ends impregnating the journalistic discourse, promoting a series of states of violence. The theme appears to be of great social and academic relevance, as it contributes to the studies about a phenomenon of great social concern, which is violence, as well as the importance of the need to seek ways to understand the traits of a violence that in one dimension is more subtle, than the deeds of violence, who are in a more concrete dimension. We start, therefore, from the thesis that the discourse of violence is a discourse of violence atopic, who lives on the fringes of society, permeating other discourses in the ways of dealing with each other, but that can be apprehended by the mechanisms of discourse analysis, especially the principles the scenery and the discursive ethos. To accomplish this research, we formed a corpus of five scenes selected during the doctorate process, from Folha de S. Paulo newspaper and Veja magazine. This corpus was analyzed in the light of the scene of enunciation, divided in global and generic scene and scenography; the discursive ethos of the speaker and the stereotypical ways of representing the other in discourse. The theoretical framework adopted in this research was discourse analysis conception, mainly the works of Dominique Maingueneau. To discuss the state of violence, we adopted mainly Yves Michaud, and for the considerations about the journalistic discourse, the concepts of Marcondes Filho, Medina and Charaudeau. As a results, This study showed that there is a discourse of violence and it is atopic and outside of the other topics and paratopics discourses but, through the interdiscourse, it impregnates the journalistic discourse and makes it, in the way of the scenery and the discursive ethos, commit yourself a series of states of violence against a lot of groups and social actors, using the stereotypical traits that lie in the discursive memory of discursive communities to treat each other violently. This discourse of violence is the traces of the positioning of the speaker may or may not be adhered to by the co-enunciator, making this type of violence be perpetuated / Esta pesquisa trata da forma como os estados de violência, orientados por um discurso da violência, constitui, interdiscursivamente, o discurso jornalístico. Para tanto, traçamos como objetivo apresentar de que forma o discurso da violência acaba impregnando o discurso jornalístico, promovendo uma série de estados de violência. O tema mostra-se de grande relevância social e acadêmica, pois contribui com os estudos acerca de um fenômeno de grande preocupação social, que é a violência, assim como a importância acerca da necessidade de se buscar caminhos para entender os traços de uma violência que se encontra em uma dimensão mais sutil, diferente dos atos de violência, que se encontram em uma dimensão mais concreta. Partimos, portanto, da tese de que o discurso da violência é um discurso atópico, que vive à margem da sociedade, impregnando outros discursos nas formas de tratar o outro, mas que pode ser apreendido pelos mecanismos da Análise do Discurso, principalmente, pelos princípios da cenografia e do ethos discursivo. Para efetivar essa pesquisa, constituímos um corpus composto de cinco cenas genéricas selecionadas durante nosso doutorado, provenientes da Folha de S. Paulo e da revista Veja. Esse corpus passou por uma análise da cena de enunciação, em sua tripartição em cena englobante, cena genérica e cenografia, do ethos discursivo do enunciador e das formas estereotipadas de se representar o outro no discurso. Como respaldo teórico da Análise do Discurso, utilizamos, principalmente, os trabalhos de Dominique Maingueneau. Para discutirmos os estados de violência, recorremos, principalmente, a Yves Michaud e, para as considerações acerca do discurso jornalístico, buscamos os conceitos em Marcondes Filho, Medina e Charaudeau. Esta pesquisa apontou que há um discurso da violência e que ele é atópico, ficando, portanto, à margem dos outros discursos tópicos e paratópicos, mas que, por meio do interdiscurso, ele acaba impregnando o discurso jornalístico e faz com que, por meio da cenografia e do ethos discursivo, cometa-se uma série de estados de violência contra os vários grupos e atores sociais, utilizando os traços estereotípicos que repousam na memória discursiva das comunidades discursivas para tratar o outro de forma violenta. Esse discurso da violência constitui os traços do posicionamento do enunciador que pode ou não ser aderidos pelo co-enunciador, fazendo com que esse tipo de violência se perpetue

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14239
Date07 May 2012
CreatorsCano, Márcio Rogério de Oliveira
ContributorsDias, Ana Rosa Ferreira
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Língua Portuguesa, PUC-SP, BR, Língua Portuguesa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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