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A constituição do ethos feminino em A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga

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Previous issue date: 2015-09-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work is part of the research line Text and Discourse on Oral and Written Procedures ,
the Postgraduate Program in Portuguese at the Pontifical Catholic University of São Paulo.
The Theme of this research is The constitution of the feminine ethos in The Yellow Bag ,
Lygia Bojunga and born of the initial belief linked to the construction of social discourses. In
this paper we analyse a literary work here considered as a representation of the world through
words. In the discursive level, it is the female speech introjection that rhetorical tricks, as they
reflect the being in existence, leverage the instituting discourse and sediment, by moving the
passions, new ways of saying and understand the world. The Yellow Bag, published in 1976,
still reverberates powerfully valid one speech to think the status of women today in presenting
indisputable rhetorical force in the development of the main character s arguments, Rachel
girl. Thus, the analysis undertaken in this study adopts a perspective centered in the speech of
female character-child, by checking a rhetorical process of constituting an ethos created
fictitiously by an adult, the writer Lygia Bojunga. As we observed, handling the language the
author demonstrates enough discursive ability to move within the limits of a literary text, the
dominant discourse and create instituting apeeches that highlight the condition of being a
woman in today s world. Raquel, through the rant, makes its effective argument, causes the
pathos (passion) and the auditorium, by setting out a line originated from the interior of a
child, it becomes benevolent with the narrated facts. For present itself in the robes of a literary
text, passion compels the audience to accept one or more conclusions about a woman
nowadays. This attitude of acceptance presupposes driving through reasoning, albeit sharp
appeal to the listener s emotions. The analysis addresses, then two facets: the recreation of
speech in child communicative interaction situation and fictional view of how a child is
imposed discursively to constitute its ethos in the narrative. Constituted as an analytical base
studies of Aristotles (2000), Perelman and Olbrechts-Tyteca (2005), that guide research
Reboul (2004), Meyer (2007) and Ferreira (2010). To create the historical context, draws up
an overview of women, children and the family, through Bassanezi studies (1986), Aries
(2012) and Santarcangelo (1980). For proof of persuasive means, analyses through features
allowed by the rhetoric analisys, the efficacy of the speech by the girl-woman speaker called
Raquel. At the end of the investigation it was concluded that, in the Yellow Bag, as imagined
in the case of this study, the condition of women, historically marked by devaluation,
submission and subservience, is partially abandoned to make way for discursive construction
of a scenario that portends changes social and significant contemporany female professionals
in the act. It appears, too, that the character Rachel is constructed rhetorically to highlight an
ethos that seduces (movere) the auditorium to present as girl-child (delectare) and proposes
questions that culminate in reflections (docere) to the auditorium / Esta dissertação insere-se na linha de pesquisa Texto e Discurso nas Modalidades Oral e
Escrita , do Programa de Pós-Graduados em Língua Portuguesa da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. O tema desta pesquisa é A constituição do ethos feminino no livro A
Bolsa Amarela , de Lygia Bojunga, surgida de uma crença inicial ligada à construção dos
discursos sociais. Neste trabalho, analisamos uma obra literária aqui considerada como
representação do mundo por meio da palavra. No plano discursivo, é pela introjeção do
discurso feminino que as artimanhas retóricas, enquanto refletem o estar na existência,
potencializam o discurso instituinte e sedimentam, pelo movimentar das paixões, novas
formas de dizer e compreender o mundo. O livro A Bolsa Amarela, publicado em 1976, ainda
reverbera um discurso potentemente válido para pensar a condição da mulher em nossos dias,
ao apresentar indiscutível força retórica na elaboração dos argumentos da personagem
principal, a menina Raquel. Assim, a análise empreendida neste trabalho adota uma
perspectiva centrada na fala de uma personagem-criança do sexo feminino, por meio da
verificação de um processo retórico de constituição de um ethos criado ficticiamente por um
adulto, a escritora Lygia Bojunga. Como foi possível verificar, o manuseio da língua pela
autora demonstra habilidade discursiva suficiente para movimentar, nos limites de um texto
literário, o discurso dominante e criar discursos instituintes que ressaltam na condição de ser
mulher no mundo atual. Raquel, por meio do discurso retórico, torna sua argumentação eficaz,
provoca o pathos (paixões) e o auditório, por enunciar uma fala originada do interior de uma
criança, torna-se benevolente com os fatos narrados. Por se apresentar sob as vestes de um
texto literário, a paixão compele o auditório a aceitar uma ou mais conclusões sobre o ser
mulher na contemporaneidade. Essa atitude de aceitação pressupõe a condução por meio de
raciocínios, ainda que de nítido apelo à emoção do ouvinte. A análise aborda, então, duas
facetas: a recriação da fala infantil em situação de interação comunicativa e uma visão
ficcional da forma como uma criança se impõe discursivamente para constituir seu ethos na
narrativa. Constituíram como base analítica os estudos de Aristóteles (2000), Perelman e
Olbrechts-Tyteca (2005), que orientam as pesquisas de Reboul (2004), Meyer (2007) e
Ferreira (2010). À criação do contexto histórico, traça-se um panorama geral da mulher, da
criança e da família, por meio dos estudos de Bassanezi (1986), Ariès (2012) e Santarcangelo
(1980). À comprovação dos meios persuasivos, analisa-se, por meio de recursos permitidos
pela análise retórica, a eficácia do discurso proferido pela oradora menina-mulher chamada
Raquel. Ao término da investigação conclui-se que, em A Bolsa Amarela, como se imaginava
na hipótese deste trabalho, a condição feminina, historicamente marcada pela desvalorização,
submissão e subserviência, é parcialmente abandonada para dar lugar à edificação discursiva
de um cenário que prenuncia mudanças sociais e profissionais significativas no agir feminino
contemporâneo. Constata-se, também, que a personagem Raquel é construída retoricamente
para ressaltar um ethos que seduz (movere) o auditório ao se apresentar como menina-criança
(delectare) e propõe questionamentos que culminam em reflexões (docere) para o auditório

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14353
Date02 September 2015
CreatorsEstracieri, Elaine Aparecida dos Santos
ContributorsFerreira, Luiz Antonio
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Língua Portuguesa, PUC-SP, BR, Língua Portuguesa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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