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A fala materna dirigida ao bebê surdo implantado: entre o ouvinte suposto e o aprendiz de ouvinte

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Previous issue date: 2010-12-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / As contribuições da fala materna para a aquisição de linguagem da criança têm
sido consideradas por vários pesquisadores desde a década de 70 ( SNOW,
1989, 1997; GARTON,1992). Crianças que apresentam desenvolvimento de
linguagem atípico, como as que apresentam perda auditiva, podem trazer
expectativas diferentes sobre o seu desenvolvimento principalmente em
relação à linguagem verbal, pois a audição é um pré-requisito importante para
esse desenvolvimento. Crianças portadoras de perda auditiva encontram-se
nitidamente no grupo de risco para desenvolver problemas acentuados de
linguagem oral. A presente pesquisa tem como objetivo analisar a interação
entre uma mãe ouvinte e seu filho portador de perda auditiva, diagnosticado
desde os dois meses de vida e observar a influencia da fala materna no seu
processo de aquisição de linguagem oral, assim como observar as
modificações do bebê em seu funcionamento interativo a partir das
modificações da fala materna. Trata-se de um estudo longitudinal onde as
filmagens tiveram início aos dois meses de vida e foram até os três anos da
criança. Durante esse período em que foram realizadas as filmagens, a criança
foi protetizada e posteriormente realizou a cirurgia de implante coclear. Para
esse estudo foram selecionados recortes envolvendo aproximadamente uma
filmagem referente a cada mês de vida da criança. A criança não apresenta
outro tipo de comprometimento seja mental ou físico. As filmagens foram
realizadas na residência dos participantes em situações do dia a dia como na
hora do banho, dando a comida e em situações de brincadeira livre. A duração
das filmagens foi em média de quinze minutos e foram transcritas
integralmente da forma que era falado pelos participantes. Trata-se de uma
análise qualitativa, onde foram observados os comportamentos dos
participantes diante das situações de comunicação, o face a face
(TREVARTHEN, 1979, 2001), a atenção conjunta (TOMASELLO, 2003;
AQUINO E SALOMÀO, 2009), a fala atribuída (CAVALCANTE, 1999, 2001,
2003) pela mãe à criança, os recortes realizados pela criança da fala materna,
dentre outros aspectos. Os resultados mostraram uma mudança na fala
materna dirigida ao bebê surdo, o bebê surdo protetizado e o bebê surdo
implantado. A fala materna se mostrou muito diretiva, a mãe trazia muitas
informações em turnos curtos, tentava decidir qual a brincadeira que deveriam
seguir ao invés de apoiar o tema que a criança trazia o que em muitas ocasiões
gerou estresse por parte da criança.Assim, a mãe altera ao longo destes
momentos entre conceber um interlocutor com estato de ouvinte suposto e de
aprendiz de ouvinte . Comn os resultados espera-se poder contribuir para uma
melhor compreensão da importância dessas interações e sua influência no
desenvolvimento da criança.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6393
Date14 December 2010
CreatorsBrandão, Lavínia Wanderley Pinto
ContributorsCavalcante, Marianne Carvalho Bezerra
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Linguística, UFPB, BR, Linguística e ensino
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation4958092820187285309, 600, 600, 600, 600, 7758429552922755887, 7955259954785510783, 2075167498588264571

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