A atividade cicatrizante da própolis é historicamente descrita, porém ainda não foram conduzidos experimentos que descrevam a atividade cicatrizante de amostras de própolis verde e de suas frações. Própolis é uma resina coletada por abelhas do gênero Apis sp. para diversas finalidades. Fatores fitogeográficos influenciam a composição química das amostras e diversas espécies botânicas já foram identificadas como fonte de resina para a elaboração de própolis pelas abelhas, entre elas pode-se citar a espécie B. dracunculifolia DC como origem botânica da própolis verde. Como constituintes químicos deste tipo de amostra já foram relatados flavonóides, compostos fenólicos, ácidos graxos, etc. Na análise da amostra, feita por microscopia óptica, foram identificados fragmentos vegetais que comprovam a origem botânica da própolis como B. dracunculifolia DC. Após a obtenção, o extrato hidroetanólico bruto foi fracionado, usando-se solventes de polaridade crescente, obtendo-se assim três frações: hexânica, acetato de etila e hidroetanólica. Os perfis cromatográficos em camada delgada e cromatografia líquida de alta eficiência demonstraram que houve um fracionamento químico satisfatório. O extrato hidroetanólico bruto e suas frações foram submetidos à quantificação de flavonóides totais, fenólicos totais, derivados do ácido p-cumárico, confirmando a distribuição de compostos em diferentes frações e em diferentes concentrações. Foi avaliada também a atividade antioxidante, antimicrobiana e, em ensaios in vivo em ratos, a cicatrização e a quantificação de neutrófilos e citocinas (CINC, L-Selectina, VGEF e TNF). O extrato bruto e as frações, até a concentração de 1mg/mL, não apresentaram atividade antimicrobiana frente os micro-organismos testados. Não foi observada diferença estatística significativa entre os grupos do ensaio de cicatrização, tampouco houve diferenças estatísticas entre a contagem de neutrófilos, mas foi possível delinear uma tendência de atividade anti-inflamatória nas frações hexânica e hidroetanólica. / The healing activity of propolis is historically described, but not yet experiments describing the healing activity of propolis samples and their fractions were conducted. Propolis is a resin collected by bees of the genus Apis sp. for several purposes. Phytogeographic factors influence the chemical composition of samples and various botanical species have been identified as a source of resin for the preparation of propolis by bees, among them we can mention the species B. dracunculifolia DC as botanical origin of propolis. As chemical constituents of such sample flavonoids, phenolic compounds, fatty acids, etc. have been reported. In the analysis of the sample taken by optical microscopy, plant fragments that prove the botanical origin of propolis were identified as B. dracunculifolia DC. The crude hydroethanolic extract was chemically fractionated using solvents of increasing polarity, thus obtaining three fractions: hexane, ethyl acetate and hydroethanol. The chromatographic profiles in thin-layer chromatography and high performance liquid chromatography were obtained and the chromatographic profiles showed that there was a satisfactory fractionation. The crude hydroethanolic extract and its fractions were subjected to quantification of total flavonoids, phenolic compounds, derivatives of p - coumaric acid, confirming the distribution of compounds in the different fractions at different concentrations. We also evaluated the antioxidant, antimicrobial and in vivo assays in rats, healing and quantification of neutrophils and cytokines (CINC , L- selectin , VEGF and TNF). The crude extract and the fractions until the concentration of 1mg/mL, showed no antimicrobial activity against the microorganisms tested. No statistically significant difference was observed between groups in the healing assay, there was also no statistical difference between the neutrophil count, but it was possible to delineate a trend of anti-inflammatory activity in hexane and hydroethanol fractions.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-20012015-151045 |
Date | 01 November 2013 |
Creators | Harry Leo Wysocki Junior |
Contributors | Elfriede Marianne Bacchi, Paulo Roberto Hrihorowitsch Moreno, Maria Cristina Marcucci Ribeiro |
Publisher | Universidade de São Paulo, Fármaco e Medicamentos, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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