Orientador: Kleber Gomes Franchini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-07T12:07:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Borges_MariaCandidaCalzada_D.pdf: 3690302 bytes, checksum: 0c73a392de92a2836881cbe3034c49f5 (MD5)
Previous issue date: 2006 / Resumo: Estudos epidemiológicos têm estabelecido uma relação contínua entre a massa do ventrículo esquerdo (VE) e o risco cardiovascular na população geral e na população hipertensa. O pior prognóstico de pacientes hipertensos com aumento na massa do VE tem sido, em parte, atribuído à disfunção do miocárdio, mas permanece desconhecido se os pacientes hipertensos sem hipertrofia do VE (HVE) definida pelos critérios habituais apresentam alterações na função do miocárdio. Os índices ecocardiográficos derivados das dimensões do VE e das velocidades do fluxo mitral aferidas através do Doppler têm provado ser geralmente não específicos e insensíveis para a detecção de alterações discretas da dinâmica ventricular. O Doppler Tecidual (DT) tem demonstrado ser um método eficiente e rápido para avaliar a função do miocárdio. Nos pacientes hipertensos com hipertrofia do VE tem sido descrita redução das velocidades sistólica e diastólica inicial. Entretanto não tem sido relatada investigação da função sistólica do miocárdio do VE através do DT em pacientes hipertensos sem ou com discreta elevação da massa do VE. O presente estudo avalia se, através da velocidade sistólica e diastólica aferidas pelo DT, é possível identificar alterações na contração e relaxamento do miocárdio de indivíduos hipertensos com ou sem hipertrofia ventricular definida pelos valores de corte habituais e com fração de ejeção preservada. Para tanto indivíduos normotensos e hipertensos com ou sem hipertrofia do ventrículo esquerdo (índice de massa do VE [IMVE] > 51g/m2.7) foram avaliados através da ecocardiografia convencional e do DT em 5 segmentos do anel mitral. Os subgrupos incluíram indivíduos normotensos não obesos (n=16; idade 51 ± 9 anos; 11 feminino; pressão arterial sistólica [PAS] 109 ± 11 mmHg; índice de massa corpórea [IMC] 24 ± 2,7 Kg/m2 ; IMVE 32 ± 5.5g/m2.7), hipertensos não obesos sem HVE (n=16; idade 54 ± 12 anos ; 12 femininos; PAS 166 ± 15 mmHg; IMC 25 ± 2,7 g/m2; IMVE 42 ± 5,5 g/m2.7) e hipertensos não obesos com HVE (n=22; idade 56 ± 10 anos; 10 feminino; PAS 181 ± 19 mmHg; IMC 26 ± 2,3 g/m2; IMVE 69 ± 16 g/m2.7). A fração de ejeção foi comparável entre os subgrupos, mas a fração de encurtamento da parede média foi reduzida nos pacientes hipertensos com hipertrofia do VE (¿26%). O tempo de relaxamento isovolumétrico foi aumentado nos pacientes hipertensos com hipertrofia do VE, enquanto a velocidade A do fluxo mitral encontrou-se aumentada em indivíduos hipertensos com e sem hipertrofia do VE. A velocidade sistólica (SM) e diastólica inicial (EM) aferida através do DT ao nível do anel mitral encontraram-se significativamente reduzidas nos indivíduos hipertensos com e sem HVE quando comparadas com as dos indivíduos normotensos. Evidenciou-se correlação positiva entre SM e EM (r=0,68; p<0,0001) e correlação negativa entre essas duas variáveis e o IMVE (SM, r= -0,41; p=0,002; EM, r= -0,56; p<0,0001). Portanto a redução na velocidade sistólica e diastólica ao nível do anel mitral acompanha o aumento da massa do VE em indivíduos hipertensos, iniciando-se em níveis de IMVE que se encontram abaixo dos valores definidos clinicamente como normais / Abstract: Epidemiological studies have established a continuous relationship between the left ventricular (LV) mass and cardiovascular risk in the general and hypertensive population. The poorer prognosis of hypertensive subjects with major increases in LV mass has been, in part, attributed to myocardial dysfunction, but it remains unknown whether hypertensive subjects without clinically defined LV hypertrophy have subtle abnormalities of myocardial function. Echocardiographic indices derived from LV chamber dimensions and Doppler measurements of flow velocities have been proved to be generally nonspecific and insensitive for the detection of minor abnormalities of cardiac relaxation and contraction. Tissue Doppler imaging (TDI) has been advocated as a reliable, rapid, and efficient method to assess myocardial function. In hypertensive patients with LV hypertrophy, TDI mitral annulus systolic and diastolic velocities have been shown to be reduced. However, a comprehensive TDI approach has not been reported in hypertensive subjects without or with minor increases in LV mass. The present study examines whether, by using TDI early systolic and diastolic velocities, one might identify changes in LV myocardial contraction and relaxation in subsets of hypertensive with and without clear-cut, clinically defined LV hypertrophy and normal LV ejection fraction. Normotensive and hypertensive subjects with and without left ventricular (LV) hypertrophy (LV mass index [LVMI] =51 g/m2.7) were examined by conventional echocardiography and tissue Doppler imaging of mitral annulus motion. The subgroups included non obese normotensive subjects (n=16; age 51±9 years; 11 female; systolic blood pressure [SBP] 109±11 mm Hg, body mass index [BMI] 24±2.7 kg/m2; LVMI 32±5.5 g/m2.7), non obese hypertensive subjects without LV hypertrophy (n=16; age 54±12 years; 12 female; SBP 166±15 mm Hg; BMI 25±2.7 kg/m2; LVMI 42_5.5 g/m2.7), and hypertensive subjects with LV hypertrophy (n=22; age 56±10 years; 10 female; SBP 181±19 mm Hg; BMI 26±2.3 kg/m2; LVMI 69±16 g/m2.7). Ejection fraction was comparable among the subgroups, but midwall fractional shortening was reduced in hypertensive subjects with LV hypertrophy (¿26%). Isovolumic relaxation time was increased in subjects with LV hypertrophy, whereas mitral wave A velocity was increased in hypertensive subjects with and without LV hypertrophy. Tissue Doppler imaging mitral annulus systolic (SM) and diastolic (EM) velocities were reduced in subjects with and without LV hypertrophy compared with normotensive subjects. There was a positive correlation between SM and EM (r=0.68; P<0.0001) and negative correlations between these 2 variables and LVMI (SM, r= -0.41; P=0.002; EM, r=-0.56; P<0.0001). Thus, reductions in mitral annulus systolic and diastolic velocities parallel increases in LV mass in hypertensive subjects, beginning at LV mass within the clinically defined normal values / Doutorado / Medicina Experimental / Doutor em Fisiopatologia Medica
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/310233 |
Date | 23 June 2006 |
Creators | Borges, Maria Candida Calzada |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Franchini, Kleber Gomes, 1961-, Barbato, Alfonso Julio Guedes, Silva, Valdo Jose Dias da, Junior, Wilson Nadruz, Coelho, Otavio Rizzi |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Médica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 161p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0147 seconds